RECIFE - Pesquisadores do Instituto de Saúde Coletiva da Bahia e da Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz, em Pernambuco, além de representantes do Ministério da Saúde, debatem hoje e amanhã (24), na capital pernambucana, estratégias inovadoras que possam ajudar no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
O encontro, promovido pela Secretaria estadual de Saúde, reúne no Hotel Jangadeiro, no bairro de Boa Viagem, técnicos das secretarias de saúde dos 184 municípios de Pernambuco.
Segundo o secretário executivo de Vigilância em Saúde, Cláudio Duarte, a idéia é encontrar, novas alternativas para conter o avanço da doença, que somente este ano fez 7.106 vítimas no estado, representando um aumento de 2.530 casos, em comparação ao ano passado, quando foram contabilizadas 4.676 ocorrências da enfermidade.
Na forma hemorrágica a dengue atingiu, de janeiro a julho deste ano, 67 pernambucanos, dos quais dois morreram, um em Recife e outro em Garanhuns, no Agreste. ”Nossa expectativa é encontrar rapidamente soluções que possam resultar em ações mais eficazes”, frisou.
Duarte atribui o atual surto de dengue a falhas nas medidas de prevenção. “Uma série de fatores pode explicar o aumento de casos da doença não só em Pernambuco, mas também em outros estados da federação, como a falta de qualidade do controle vetorial, o número de agentes de saúde insuficiente, um alto nível de infestação do mosquito nos domicílios e a recusa de muitas pessoas em aceitar a visita do agente de endemias”, observou.
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Ele sugere como medida emergencial a realização de campanhas em parceria com o governo federal e as secretarias municipais de saúde, durante todo o ano, para informar a população sobre as repercussões que a dengue traz a saúde e o trabalho de combate ao mosquito, que pode ser feito em cada residência .
O secretário disse ainda que entre as novas ações a serem adotadas, a partir de setembro, está a reorganização dos planos de controle da dengue em 50 municípios do estado, onde foi registrada maior incidência da doença.
Durante o evento médicos infectologistas irão apresentar o resultado alçando até agora com as ações do programa nacional de combate a dengue, bem como questões referentes a biologia reprodutiva do aedes aegypti. Também estarão em debate o atendimento clínico aos doentes, vigilância epidemiológica e mobilização social.
O Ministério da Saúde destina anualmente R$ 500 milhões a iniciativas de controle da dengue em todo o país.
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