BRASÍLIA - A Polícia Federal desencadeou na manhã desta quinta-feira quatro operações que atingem pelo menos seis estados com a participação de 500 homens. Até agora, mais de 50 pessoas foram presas. No Pará, o objetivo da Operação Control+Alt+Del é combater os crimes cibernéticos, em Rondônia 160 policiais estão na região da fronteira com a Bolívia para prender uma quadrilha que cometia crimes contra o meio ambiente no Maranhão, o alvo da Operação Sentença é uma quadrilha de fraudadores e, em Goiás, a meta é atingir carvoarias que cometiam crimes ambientais.
Também nesta quinta-feira, a Receita Federal desencadeou uma operação em empresas de factoring.
A operação Control+Alt+Del, que já prendeu pelo menos 30 pessoas, tenta desarticular uma quadrilha envolvida com o roubo de senhas bancárias pela internet. Estão sendo cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão nos estados do Pará, Maranhão, Piauí, Goiás e São Paulo. Ao todo 215 policiais federais participam da ação. Os integrantes da quadrilha utilizavam a técnica de "Phishing" para roubar a senha de usuários de banco online. Eles enviam vários e-mails (spam) que simulam mensagens de órgãos federais e de bancos, induzindo os usuários a acessarem sites falsos, onde são capturados dados bancários como números de contas e senhas.
Com as informações, são realizadas transferências de valores para conta de laranjas e pagamentos de contas diversas. Os presos durante a operação serão indiciados pelos crimes de furto mediante fraude, formação de quadrilha, violação de sigilo bancário, interceptação telemática ilegal e lavagem de dinheiro.
A Operação Cristal Negro tenta impedir a produção e venda de carvão em vários lotes de um assentamento do Incra em Cristalina/GO. A madeira utilizada para a produção do carvão era retirada de uma área de preservação ambiental permanente e até das margens dos rios da região. As carvoarias operavam sem autorização para produção e venda do carvão e há suspeita de abuso contra os direitos dos trabalhadores destes assentamentos. Neste momento, os fornos estão sendo destruídos e os chefes das carvoarias, presos.
A operação Passagem, que tenta executar a prisão temporária de funcionários do Ibama e de empresários madeireiros, prendeu até agora nove pessoas - seis são funcionários do instituto, entre eles, a chefe do escritório regional de fronteiras em Rondônia, Cláudia Nunes Sanches. Estão sendo cumpridos também 62 mandados de busca e apreensão, sendo 32 em empresas de extração de madeira.
Os envolvidos exploravam madeira de forma ilegal das reservas indígenas de Lajes e Ribeirão, na região oeste de Rondônia. A madeira era exportada para a Bolívia passando por Guajará-Mirim. Os transportadores faziam uso de ATPFs (Autorização para Transporte de Produtos Florestais) irregulares. As autorizações eram furtadas no Ibama do Pará e vendidas em Rondônia, embora este documento não esteja mais em uso foram transformados nos atuais DOFs (documento de origem florestal) como se fossem legais.
A operação ocorre em Rondônia, nos municípios de Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Porto Velho, Ariquemes e Ji-Paraná. Policiais de vários estados, ao todo 160, participam da ação.
Operação Sentença prende 10 no MA
Já a operação Sentença, que reprime o crime previdenciário na capital maranhense, prendeu 10 pessoas até agora. A operação cumpre 25 mandados judiciais expedidos pela 2ª Vara Federal de São Luis, requeridos pela Polícia Federal, com manifestação favorável da Procuradoria da República no Estado, sendo 12 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão.
Entres as pessoas com prisão decretada há uma servidora do INSS e um empresário da capital. Quanto às buscas autorizadas, uma delas foi realizada na Agência Nazaré, da Previdência Social. O trabalho conjunto da Força-Tarefa Previdenciária no Maranhão envolveu cerca de 100 policiais federais, além dos servidores deslocados pelo Ministério da Previdência Social, e é o resultado de uma investigação iniciada há mais de um ano. O prejuízo aos cofres da União está estimado em aproximadamente de R$ 3,3 milhões.
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