Pastor cria disque central de orações

O Dia

Atualizada em 27/03/2022 às 14h25

RIO - À primeira vista, parece escritório comum. Cinco telefones na mesa, papéis espalhados, computador e Bíblia. De repente, uma ligação tem como resposta oração e o agendamento de encontro.

O corretor de imóveis e pastor Alberto Correa, 54 anos, sai às pressas de casa, em Bangu, sem rezar para vender apartamento, mas sim para ajudar pessoa enferma. Era mais um chamado para o disque-milagre, ‘serviço’ que promete curar dores de coluna e até doenças graves.

Assim que recebe o pedido de oração, o pastor vai, com seu carro repleto de adesivos, anunciando o serviço de cura até o local onde está o doente. Com as mãos na região onde está a dor, começa a vociferar uma oração e parece entrar em transe. Segundo Alberto, o disque-milagre funciona 24h e é gratuito. “Recebo de graça e dou de graça’, diz a Bíblia. Curo por amor”, justifica.

Juninho Pernambucano recebeu oração

Há dias em que percorre filas de hospitais públicos para ajudar a quem espera atendimento. Em algumas vezes, acabou expulso da unidade de saúde tamanho o tumulto que gerou. Em outras ocasiões, viaja pelo País – mas aí pede que as despesas da viagem sejam custeadas pela alma angustiada.

Um dos que receberam a oração foi Juninho Pernambucano. Em 1998, às vésperas da decisão do Mundial Interclubes entre Vasco e Real Madrid, no Japão, o jogador, hoje no Lyon, da França, sofria com torção no joelho esquerdo e corria sério risco de não jogar a final. O pastor entrou em contato com o jogador, em São Januário, e orou. Recuperado, ele jogou e fez até gol.

O jogador não se estende sobre o assunto, mas relata: “Realmente, fiz de tudo para jogar, sabia da importância daquele título para o Vasco. Tive fé na recuperação e o pensamento positivo de todos me ajudou”. O religioso garante: foi seu poder de cura. Para o pastor Alberto, é aí que está boa parte da razão da cura: na cabeça. “A maioria é problema psicológico”.

O auxílio da fé na cura começou na família do pastor há alguns anos. Mulher de Alberto, a pastora Ana já participava de programa evangélico no rádio, com orações. Passou seu número de telefone para os ouvintes e sua linha ficou congestionada. Assim, em 1997, criaram o disque-oração.

Alberto, então apenas um corretor de imóveis, acompanhava Ana nas visitas às igrejas. Numa das peregrinações, uma mulher com dores foi em direção a ele e pediu que a curasse. A partir daí, Alberto passou a crer que pode ajudar as pessoas a melhorar a saúde.

O corretor resolveu estudar e formou-se em Teologia no Instituto Teológico Latino-Americano, criou o dique-milagre e abriu a igreja Casa de Oração, em Bangu, nos fundos de sua residência. “Sou veículo de Deus. Faço a prova na hora”, garante.

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