Naufrágio causa vazamento de óleo diesel no rio Paraguai

Agência Folha

Atualizada em 27/03/2022 às 14h45

CAMPO GRANDE - O vazamento de óleo diesel de um navio que naufragou em Corumbá (MS), no domingo, deixou uma mancha de 4 km de comprimento por cerca de 50 m de largura no rio Paraguai, o principal curso de água do Pantanal, de acordo com dados passados pela PMA (Polícia Militar Ambiental).

O capitão Joilson Queiroz Sant'ana, comandante da PMA, disse que o dano foi constatado à noite, depois de a corporação receber uma denúncia anônima. A empresa Cinco & Bacia, dona do navio, admitiu o vazamento de apenas 30 litros do combustível.

Um relatório de vistoria produzido pela PMA foi repassado ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para apuração de possíveis danos ao Pantanal, declarado reserva de biosfera.

A bióloga Rosana Aparecida Cândido Pereira, analista ambiental do Ibama, disse que, por enquanto, não foi constatada morte de animais nas margens ou de peixes no rio. "Possíveis danos ambientais ainda são investigados", declarou Pereira.

Naufrágio

Embora o vazamento tenha ocorrido no domingo, o naufrágio ocorreu às 5h do dia 4 de maio no porto Sobramil, a 30 m do cais. O navio rebocador e empurrador Ipê, de 90 t e 15,5 m de comprimento, era usado para a manobra de seis barcaças no porto.

A empresa Cinco & Bacia opera ao menos 20 navios e 250 barcaças que transportam líquidos, grãos e minério pelo rio Paraguai. No dia 5, segundo a empresa, foram retirados 6.000 litros de óleo diesel dos tanques do navio que, após o naufrágio, ficou com o casco para o alto. Segundo o Ibama, não houve derramamento de combustível nessa operação.

De acordo com a empresa, o naufrágio foi provocado pela inundação da praça de máquinas e parte dos tanques "por causas desconhecidas", segundo relatório enviado no último dia 11 à Capitania dos Portos do Pantanal, órgão da Marinha.

O vazamento de combustível ocorreu durante a operação de resgate do navio. Também por meio de nota, a Cinco & Bacia informou que o vazamento ocorreu devido ao "bombeamento [retirada] de água e injeção de ar nos tanques do casco naufragado".

Com isso, "um bolsão de óleo, com aproximadamente 30 litros, veio a escapar." A injeção de ar visava a trazer a embarcação de volta para a superfície. A operação de resgate não tem data definida para ser concluída.

Segundo a analista ambiental do Ibama, sete dias após a retirada da embarcação será feito um novo monitoramento das águas e nas margens do rio. Nesta segunda-feira, uma equipe do Ibama e da PMA voltaram ao rio. Segundo o capitão Joilson, foram localizadas manchas de óleo em camalotes --plantas que descem o rio.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.