BELÉM - Acusado de ser o intermediário no assassinato da missionária Dorothy Stang, Amair Feijoli da Cunha, o Tato, confirmou na acareação com Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, que o pagamento pela morte de Stang seria dividido entre Regivaldo e Bida, caracterizando assim a formação de um consórcio na execução da freira. Regivaldo e Bida já seriam velhos conhecidos. Taradão teria vendido a Bida terras griladas em áreas destinadas à implantação do Programa de Desenvolvimentro Sustentável. Na presença dos delegados Waldir Freire, da Polícia Civil, e Ualame Machado, da Polícia Federal, e de promotores do Ministério Público, Tato reiterou que os R$ 50 mil reais, que seriam usados para pagar os pistoleiros Rayfran das Neves e Clodoaldo Batista, seriam de Regivaldo e Vitalmiro. Cada um pagaria R$ 25 mil.
- Para mim não resta dúvida de que Bida e Taradão são mandantes deste crime - disse o promotor Lauro Freitas, que preferiu não falar em consórcio. - Há claramente cinco pessoas envolvidas nesse caso, que são os dois executores, o intermediário e os dois mandantes que seriam os financiadores da execução, mas não dá para falar ainda em outros nomes.
O promotor Sávio Brabo de Araújo, que também acompanha o caso, vai mais além. Para ele, o consórcio é real.
- Fica comprovada a existência de um consórcio nesse caso - disse.
A acareação entre Tato e Taradão foi feita no complexo penitenciário de Americano, no município de Santa Izabel, Região Metropolitana de Belém.
Taradão negou todas as acusações. Disse que nada tinha contra a freira e que compareceu espontaneamente para prestar depoimento. Ele teve prisão preventiva pedida para 30 dias, mas que poderá ser prorrogada por mais 30 dias. Ele está preso desde a quinta-feira no Centro de Recuperação do Coqueiro, no município de Ananindeua, próximo a Belém. O fazendeiro Luís Ungaratti, citado por Bida em um bilhete, prestou depoimento nesta sexta-feira à Polícia Federal e mais uma vez negou ter tido qualquer participação no assassinato da missionária.
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