SÃO PAULO - Os setores de serviços, vestuário e agropecuária são os que têm maior potencial para criar empregos no país.
A conclusão é do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), ao analisar 41 setores da economia, com dados do IBGE de 2001, atualizados até março deste ano.
Para elaborar o ranking dos setores com maior e menor potencial, o banco considerou a hipótese de cada um receber uma injeção de R$ 10 milhões na produção.
O estudo levou em conta o emprego direto, o indireto e o criado a partir do efeito renda. Se estimulado com R$ 10 milhões, o setor de serviços prestados à família --saúde privada, educação, lazer (restaurante) e estética (cabeleireira)-- criaria 1.080 postos de trabalho.
Em segundo lugar no ranking está o setor de artigo para vestuário, com mil empregos. Em seguida está o da agropecuária, com 828.
Já as indústrias de refino do petróleo, de comunicações e metalúrgicas não-ferrosas têm menor potencial para empregar.
Para representantes da construção civil, apesar de o setor não estar entre os primeiros do ranking, ele ainda é importante para a criação de postos de trabalho.
"Ninguém inventou obra sem trabalhador ainda. Por mais máquinas que o setor venha a utilizar, sempre vai precisar de trabalhador, só que cada vez mais qualificado", diz Eduardo Zaidan, vice-presidente do Sinduscon-SP, que reúne a indústria paulista da construção.
O empresário afirma que o setor ainda não sentiu o impacto dos investimentos anunciados pelo governo federal para estimular obras em saneamento e habitação.
"Se tudo o que foi anunciado por este e por outros governos tivesse sido liberado, já teríamos resolvido até o déficit habitacional do país [cerca de 6 milhões de moradias]", diz Zaidan. Segundo ele, o impacto desses recursos no nível de emprego não é imediato. "Após a liberação do dinheiro, demora no mínimo seis meses para que os recursos virem empregos."
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