Localizada a caixa-preta de avião que caiu na Amazônia

O Globo

Atualizada em 27/03/2022 às 15h04

BRASÍLIA - O comandante do Corpo de Bombeiros do Amazonas, Franz Marinho de Alcântara, informou no início da noite deste sábado que os bombeiros que atuam na busca aos corpos das 33 vítimas do acidente com o avião da companhia Rico Linhas Aéreas, em Manaus, encontraram a caixa-preta da aeronave. O equipamento foi entregue à Aeronáutica. Em 30 dias, o conteúdo deverá ser conhecido e poderá ajudar a esclarecer as causas da queda do avião Brasília. As buscas foram interrompidas e serão retomadas na manhã deste domingo.

Doze dos 33 corpos foram transportados neste sábado para Manaus em lanchas da Marinha e da Polícia Militar. Segundo o major Alcântara, será difícil fazer a identificação dos corpos, que ficaram mutilados. O militar acredita que o avião possa ter explodido ao bater nas árvores, devido ao estado das vítimas. Há destroços espalhados num raio de um quilômetro. O trabalho de resgate dos corpos é dificultado pelo fato de a aeronave ter caído em área de mata fechada, em Tarumã, região impossível de se chegar por terra. O acidente aconteceu a 40 quilômetros do Aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus.

- A área é de mata densa e o Exército só chega via rapel - disse o gerente da Rico Linhas Aéreas, Lucas Frade.

O avião tinha decolado de São Paulo de Olivença, região da divisa do Amazonas com a Colômbia, e deveria fazer escala em São Gabriel da Cachoeira, mas não pousou e nem fez mais contato com as torres do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). Quando se preparava para aterrissar no Aeroporto Eduardo Gomes, recebeu ordem da torre de comando para dar prioridade a outro avião, que transportava um doente. Após retornar para a rota de aterrissagem, o Brasília caiu.

Entre os passageiros estavam a juíza federal de Tabatinga Fabíola Bernardi e o delegado Carlos Barros, da Polícia Civil de São Paulo. Ele morava na cidade de Olivença (SP). A falta de informações deixou os parentes dos passageiros em desespero. Muitos se aglomeraram no balcão da Rico à espera de dados concretos sobre o desaparecimento do avião.

- Os parentes estão agoniados - relatou Adevaldo Cardoso, funcionário da Infraero. A empresa aérea dona do avião contratou psicólogos e médicos para acompanhar no aeroporto os parentes dos passageiros.

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