SÃO PAULO - A promotora Mildres Gonçales Campos informou nesta sexta-feira que foram encontradas na mansão do publicitário Luiz Carlos Rugai impressões digitais que não são das vítimas nem de Gil Rugai. Gil cumpre prisão temporária e é suspeito de ter participado do assassinato do pai. O publicitário foi assassinado no dia 28 de março junto com a mulher, Alessandra Troitiño. Um vigia da rua de trás da mansão, que fica no bairro Pacaembu, confirmou nesta quinta-feira à Justiça que viu Gil saindo da casa entre cinco e sete minutos depois dos tiros, acompanhado de uma outra pessoa.
- Encontramos no vidro da porta da entrada da cozinha, onde Alessandra foi encontrada morta, impressões digitais que não são das vítimas, nem de Gil ou de pessoas relacionadas com o convívio. Estamos trabalhando para tentar identificar - afirmou a promotora.
Laudos do Instituto de Criminalística mostraram que o casal foi executado. Luiz Carlos Rugai recebeu quatro tiros, um deles na nuca e dois na cabeça, o que configura execução. Alessandra foi morta com cinco tiros. Recebeu primeiro um no olho, um no tórax e outro no braço. Depois de ter caído, recebeu mais dois tiros, nas costas e na nuca. Os laudos mostraram ainda que o casal não tinha consumido álcool ou drogas.
Nos pertences de Gil Rugai foi encontrado um bilhete com nomes de substâncias de efeito paralisante.
Os advogados de defesa de Gil Rugai entraram na Justiça na quinta-feira com pedido de revogação da prisão temporária do rapaz. Gil está preso desde sexta-feira da semana passada, quando se apresentou à polícia. Não há prazo para a Justiça analisar o pedido. Segundo o advogado, o pedido foi feito porque não há provas materiais de participação de Gil Rugai no crime.
O vigia que disse ter visto Gil trabalhava numa cabine que ficava a 70 metros do portão dos fundos da casa. Esta cabine foi destruída e arbustos teriam sido cortados. Ele afirmou à Justiça que está sendo ameaçado.
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