BRASÍLIA - A divulgação de uma fita em que o subprocurador da República, José Roberto Santoro, tenta convencer o empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, a divulgar a fita de vídeo em que ele aparece sendo extorquido pelo então assessor do Palácio do Planalto Waldomiro Diniz, esquentou o debate político hoje em Brasília.
A conversa, divulgada ontem, aconteceu no início do mês de fevereiro, no escritório de Santoro na Procuradoria Geral da República, antes de o escândalo vir a público.
O deputado Arlindo Chinaglia criticou a conduta do subprocurador e reclamou que, em nenhum momento durante a gravação, o subprocurador fala em prender Carlinhos Cachoeira, mas em atingir o governo do PT. "Me pareceu uma atividade clandestina, ilegal e com uma dose de motivação política que também deve ser investigada para o bem da imagem do próprio Ministério Público". Chinaglia critica também o fato do Ministério Público ter denunciado a atual diretoria da Caixa Econômica Federal, antes de concluir o inquérito que apura a renovação do contrato com a empresa Gtech.
Para o líder do PFL na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (BA), as críticas do líder do PT à atuação do subprocurador são uma tentativa de desqualificar o Ministério Público. Segundo ele, a conversa gravada entre Santoro e Cachoeira reforça a necessidade de uma CPI. "Portanto, o Governo não deve tentar amordaçar o Ministério Público. Esta tentativa de amordaçar o Ministério Público só reforça a necessidade do Congresso Nacional implantar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar toda a extensão da improbidade e da corrupção implantada pelo senhor Waldomiro como representante do Governo Lula", declarou.
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