RECIFE - Detentas da Colônia Penal Feminina do Recife, antiga Bom Pastor, no Engenho do Meio, realizaram uma rebelião, ontem por volta das 19h. O motim aconteceu em função da greve dos agentes penitenciários, decretada no último sábado. Com a paralisação os agentes estão mantendo os serviços considerados essenciais, como alimentação, enfermaria e segurança.
As presas queriam a volta das visitas conjugais que foram suspensas com a greve. Uma outra reivindicação referiu-se à volta de alimentos trazidos por parentes, serviço que necessita de uma revista e também não está sendo prestado pelos grevistas. O clima ficou tenso no presídio e, por volta das 19h30, o Batalhão de Choque da Polícia Militar chegou ao local. Uma suspeita de fuga mobilizou agentes para os portões de trás da Penitenciária.
Na revolta, as presas queimaram colchões, quebraram as lâmpadas do pátio, rasgaram os livros da escola que funciona dentro do presídio e danificaram os computadores. Algumas revoltosas acusavam a Superintendência do Sistema Penitenciária (Susipe) de agredir os seus familiares.
Foram quase três horas de negociações que envolveram a diretora da unidade, Ana Moura, o representante da Susipe, Coronel Severino Barbosa, e uma comissão de presas. Após receberem caixas de cigarros, as detentas concordaram em voltar às celas, com a promessas de perdão do castigo de duas presas que haviam brigado pela manhã. Também ficou acertado que a Colônia irá estudar uma maneira de reativar as visitas conjugais. Uma reunião entre os agentes penitenciários e a Secretaria de Defesa Social está agendada para a próxima quarta-feira.
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