Presidente do TST defende reforma trabalhista em 2005

Atualizada em 27/03/2022 às 15h12

BRASÍLIA - O presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho) defendeu hoje o adiamento da reforma trabalhista para 2005 devido às eleições municipais do próximo ano.

A proposta foi feita ontem pelo presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP) e já gerou discussão no governo.

"Neste ano será impossível e será muito difícil em 2004 porque é um ano eleitoral", afirmou.

Fausto disse que a prioridade do governo deve ser a reforma do Judiciário, que tramita no Congresso há mais de dez anos.

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"Todo juiz quer essa reforma há mais de dez anos", declarou, citando que as denúncias de corrupção contra juízes feitas pela Operação Anaconda não deve impulsionar o andamento da reforma.

"Esses novos acontecimentos apenas indicam que é preciso de algum outro mecanismo para resolver o problema das irregularidades cometidas pelos magistrados. Não é possível realizarmos a reforma do Poder Judiciário a partir de uma situação crítica como essa, pois não é assim que se trata um poder de Estado", disse.

O líder do governo na Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), declarou hoje que ainda não há nenhuma decisão do governo federal ou da presidência da Casa sobre o adiamento da reforma trabalhista e sindical, indo de encontro às declarações de João Paulo.

"O presidente João Paulo deu uma opinião respeitável mas ela ainda não se constituiu em decisão sobre o assunto", afirmou o líder do governo.

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