SCD-1 supera previsão inicial de funcionamento e completa 10 anos em órbita

Lana Cristina, Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 15h23

Brasília - O primeiro satélite brasileiro a ir ao espaço completa dez anos em órbita, no próximo dia 9. Projetado para uma vida útil de um ano, o Satélite de Coleta de Dados (SCD-1), tem aplicação no monitoramento de dados pluviais e fluviais de bacias hidrográficas brasileiras e dados florestais. Os dados são adquiridos pelas plataformas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e também por universidades, centros de pesquisa e órgãos de governo que precisam desse tipo de dados. Ao todo, são 550 Plataformas de Coleta de Dados (PCD's) espalhadas por todo o país, no continente e também no mar.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) realizará, nos dias 10 e 11, uma série de eventos em comemoração à performance do SCD-1. Dentre eles, uma oficina de trabalho, no dia 11, onde serão apresentados dados sobre o sistema do satélite e sua operação; sobre a coleta, o processamento e distribuição de dados; sobre a rede de plataformas; as aplicações científicas dos dados coletados; a manutenção do sistema e as aplicações institucionais.

O SCD-1 tem um metro de diâmetro e 1,45 metro de altura. Pesa 115 quilos e sua órbita é circular. Ele está a uma altura de 750 quilômetros de altitude. Os técnicos do Inpe, onde o satélite foi projetado, desligam o aparelho depois de sua passagem pelo Brasil, desde que o sistema de baterias passou a apresentar problemas há oito anos. O SCD-1 percorre o território brasileiro oito vezes ao dia, dando ao todo 11 horas de visibilidade. O satélite capta níveis de gás carbônico, oxigênio, ozônio e outros elementos da atmosfera e seus usuários podem usar esses dados para identificar áreas desmatadas, reflorestadas ou níveis de queimadas em determinadas regiões.

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