O senador José Sarney (PMDB-AP) convidou os integrantes do bloco dissidente para um jantar esta noite em sua casa em Brasília (DF).
No encontro deve se discutir a composição do PMDB para as lideranças na Câmara, Senado e Mesas Diretoras das duas Casas.
No Senado, os dissidentes apóiam o senador Pedro Simon (RS) para a liderança do PMDB. O cargo, no entanto, estaria reservado para o atual líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), que desistiu de disputar a presidência da Casa com Sarney para fechar um acordo de unificação partidária.
Para a liderança do PMDB na Câmara, os dissidentes apóiam o deputado federal Barbosa Neto (GO). A 1ª vice-presidência da Mesa Diretora também é alvo de disputa. Os dissidentes cogitam a indicação dos deputados Gustavo Fruet (PR) e Pinotti (SP).
O ex-presidente do PMDB, Paes de Andrade (CE), integrante do grupo dissidente_ disse que não haverá disputa pelas lideranças do PMDB no Senado e na Câmara. Segundo ele, o acordo que fechou o nome de Sarney para a presidência do Senado também definiu os nomes dos líderes do PMDB no Congresso e na 1ª vice-presidência da Câmara.
Andrade disse que Calheiros será reconduzido à liderança do PMDB no Senado e que na Câmara o cargo será ocupado pelo deputado federal Eunício de Oliveira (CE). A primeira vice-presidência da Câmara iria para o deputado Geddel Vieira Lima (BA). Todos pertencem ao bloco do presidente do PMDB, Michel Temer (SP), rival dos dissidentes do PMDB.
Quércia afirmou que insiste na manutenção da disputa por todos os cargos. A definição seria feita na reunião do PMDB, marcada para as 10h de amanhã.
O jantar de hoje na casa de Sarney deverá antecipar a definição dos nomes que serão levados para a reunião de amanhã.
Antes do jantar, Quércia se encontra às 20h com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu. No encontro, o ex-governador pedirá para que o Planalto não interfira nas decisões internas do PMDB. Na semana passada, Quércia disse que havia setores do governo trabalhando em favor da manutenção de Calheiros na liderança do PMDB no Senado.
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