O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, está sendo operado neste momento no Hospital de Davos, após ter fraturado o tornozelo esquerdo em conseqüência de uma queda na calçada coberta de neve, próxima ao hotel onde está hospedado.
Meirelles está em Davos participando do 33º Fórum Econômico Mundial e teve que cancelar a audiência marcada com a vice-presidente do Fundo Monetário Internacional, Anne Krueger, devido ao acidente.
Segundo o médico cirurgião responsável pelo Hospital, Christian Ryf - que também irá coordenar a cirurgia de Meirelles - a operação deve durar cerca de uma hora.
O presidente do Banco Central deverá ficar no hospital por cinco ou seis dias após a operação, e só poderá voltar a caminhar normalmente daqui a seis ou oito semanas - no início, apoiado por uma bengala.
Meirelles fraturou a tíbia em três partes (a média, a anterior e a lateral) e, de acordo com o médico, poderá implantar uma pequena placa de titânio no local lesionado, caso isso seja necessário.
A técnica do implante foi desenvolvida na própria cidade de Davos e já é exportada a diversos países do mundo.
O médico Christian Ryf informou, ainda, que o presidente do Banco Central não precisará colocar gesso depois da operação, mas deverá passar por diversas sessões de fisioterapia para que os movimentos do pé voltem à normalidade.
O hospital de Davos é público, mas os gastos da cirurgia deverão ser pagos pelo presidente do Banco Central, uma vez que ele não está integrado no sistema de saúde do país europeu.
De acordo com o diretor do Hospital, Markus Hehli, a operação deve custar entre US$ 4.500 e US$ 6 mil.
O diretor do hospital lembrou, ainda, que quedas na neve semelhantes à ocorrida com Henrique Meirelles são bastante comuns no inverno suíço.
Anualmente, entre 200 e 300 pessoas são operadas no Hospital de Davos em conseqüência de tombos no gelo.
"Já tivemos vários participantes do Fórum Econômico internados aqui devido a quedas na neve", revelou Hehli.
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