O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Jayme Chemello, afirmou nesta tarde que a entidade é contrária à inclusão do Brasil na Alca (Área de Livre Comércio das Américas) se o acordo para este fim for nos mesmos moldes do Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte).
Ele lembrou que os Estados Unidos foi o único país da região beneficiado, e que outros, como o México, tiveram aumento da desigualdade na distribuição de renda.
"Se a Alca seguir o mesmo padrão do Nafta, então não serve para o Brasil", disse dom Chemello.
A CNBB apóia o plebiscito sobre a Alca, que será realizado em todo o país à partir do próximo domingo (1º).
O plebiscito é uma iniciativa das pastorais da Igreja Católica e de partidos políticos da oposição.
Segundo dom Chemello, que é bispo em Pelotas (RS), o principal objetivo da consulta à população é informar sobre a Alca.
"Nós não podemos entrar [na Alca], uma nação inteira, sem saber o que está acontecendo. Daí a razão do plebiscito", afirmou.
"A tendência é que, nos termos atuais [do acordo da Alca], a situação [do país] fique ainda pior", disse o presidente da CNBB.
De acordo com dom Chemello, 30% do Brasil está numa situação comparada à Alemanha e aos Estados Unidos. "E os outros 70%?", indagou.
O resultado do plebiscito sobre a Alca deverá ser divulgado no dia 17 de setembro.
A cédula de votação tem três perguntas: se o cidadão é contrário à Alca, se é contra a participação do Brasil nas negociações para a área de livre comércio e se concorda com a cessão aos Estados Unidos da Base Espacial de Alcântara (MA).
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