BACABAL – Sete detentos que participaram de um motim, nesse domingo (19), e tentaram matar outros dois internos na Unidade Prisional de Bacabal tiveram a prisão preventiva decretada.
De acordo com a Polícia Civil, um grupo de internos tentou assassinar outros dois que teriam relações sexuais homoafetivas dentro de uma das celas do presídio.
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Inicialmente, segundo informações policiais, os internos utilizaram barras de ferro para tentar matar as vítimas. Eles também usaram colchões e blocos de concreto nas bases das camas das celas para imprensar as vítimas e asfixiá-las contra as grades do Pavilhão B do presídio. Diante da quantidade de concreto que pressionavam os corpos das vítimas, o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados.
Os bombeiros cortaram algumas barras das grades que dão acesso à saída do pavilhão para que pudessem salvar a vida dos dois internos.
Como não conseguiu concretizar o crime, o grupo iniciou uma rebelião na UPR, que foi contida pela polícia penal. Ontem, o comando da Polícia Militar do Maranhão informou que a rebelião foi causada por insatisfação dos detentos com a situação da unidade prisional e com o diretor da casa.
Todos os responsáveis pelos crimes - tentativa de duplo homicídio qualificado por motivo torpe, racismo por orientação sexual e identidade de gênero, motim de presos e associação criminosa - foram identificados e encaminhados à Delegacia Regional de Bacabal. O procedimento foi encerrado às 5h desta segunda-feira (20).
Leia a nota enviada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap):
"A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) informa que, no último domingo (19), após a finalização da visita social houve um princípio de tumulto entre os internos da UPR de Bacabal, que ocasionou uma agressão entre dois deles. A situação foi, imediatamente, contida pela equipe de segurança da Unidade e demais forças operacionais.
Nesse sentido, a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e o SAMU, também foram acionados para dar suporte à ação.
Para cumprimento de procedimento padrão, vítimas e agressores foram encaminhados à Delegacia.
Além disso, a carceragem do estabelecimento penal passou por vistoria completa, e, em seguida, os internos foram redirecionados às suas respectivas celas."
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