Feminicídio

Suspeitos de matar mulher trans indígena Rubi são presos

As investigações sobre a morte de Rubi indicam que houve desentendimento e ameaças à vítima.

Imirante, com informações da PC-MA

Atualizada em 08/10/2025 às 09h25

ARAME - Dois suspeitos de matar a mulher trans indígena Rubi foram presos, no fim da tarde dessa terça-feira (7), na Aldeia Macaúba, na região do município de Arame, no Maranhão. 

O feminicídio é investigado pela Delegacia de Arame, que representou pela prisão temporária dos dois suspeitos após as investigações indicarem um desentendimento e ameaças feitos por ambos à vítima.

Corpo da indígena trans Rubi foi encontrado perto da Aldeia Capim Queimado

Rubi morava em uma comunidade indígena da região de Arame. (Foto: Reprodução)

O corpo da indígena trans Rubi foi encontrado, no último dia 29 de setembro, em uma estrada vicinal de pouca movimentação, nas proximidades da Aldeia Capim Queimado, a cerca de 10 km da sede do município, na saída em direção a Grajaú. Moradores de uma fazenda acionaram as autoridades após localizarem o cadáver.

As prisões são resultado de uma operação conjunta da Polícia Civil em Arame e da Força Estadual de Segurança. Um inquérito policial foi instaurado pela Delegacia de Arame com o objetivo de elucidar as circunstâncias do crime.

Rubi vivia em situação de vulnerabilidade e já tinha sofrido violências

Informações colhidas durante as investigações apontam que a vítima vivia em situação de vulnerabilidade social, já havia sofrido violências anteriores e, por algum tempo, chegou a residir em um veículo estacionado em via pública do município de Arame.

A investigação prossegue com o objetivo de identificar outras pessoas envolvidas e reunir elementos que subsidiem eventual denúncia por parte do Ministério Público.

Mortes de pessoas LGBTQIA+ no Maranhão

A Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) informou que, de acordo com dados do Dossiê – Mortes e Violências Contra LGBTQIA+ no Brasil, foram registradas, em 2023, oito mortes no Maranhão que vitimaram pessoas LGBTQIA+, e em 2024, sete mortes. Os dados de 2025 ainda estão sendo compilados.

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