Censo do IBGE

Maranhão tem 2º maior população quilombola do Brasil, e Alcântara é a cidade mais quilombola

Os dados são do Censo do IBGE divulgados nesta quinta-feira (27).

Imirante, com informações do g1 MA

Atualizada em 27/07/2023 às 10h41
Alcântara (MA) é a cidade com a maior proporção de população quilombola do Brasil. (Foto: Divulgação/Daniel 9D)

ALCÂNTARA - O Maranhão tem a segunda maior população quilombola do Brasil, de acordo com dados do Censo do IBGE divulgados nesta quinta-feira (27). O Estado possui 269.074 mil pessoas que se autodeclaram quilombolas e vivem em 32 municípios maranhenses.

O Maranhão fica atrás somente da Bahia que conta com uma população de 397.059 quilombolas. O Nordeste é a região brasileira que mais conta com o maior percentual e números absolutos de moradores que autodeclaram quilombolas. Ao todo, 905.415 pessoas vivem na região.

Alcântara é a cidade com a maior proporção de população quilombola do Brasil, ainda segundo o Censo do IBGE. Ao todo, 84,6% dos moradores, cerca de 15.616 pessoas, se autodeclaram quilombolas. No total, a cidade possui 18.466 habitantes, segundo dados do Censo de 2022.

Veja o ranking (por proporção):

  • Alcântara (MA): 84,6% da população é quilombola (15.616 pessoas)
  • Berilo (MG): 58,4% (5.735)
  • Cavalcante (GO): 57,1% (5.473)
  • Serrano do Maranhão (MA): 55,7% (5.687)
  • Bonito (BA): 50,3% (7.967)
  • Central do Maranhão (MA): 48,4% (3.433)
  • São Vicente Ferrer (MA): 47,5% (9.255)
  • Mirinzal (MA): 46,7% (6.530)
  • Bacurituba (MA): 44,5% (2.338)
  • Mateiros (TO): 43,3% (1.190)

 

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Alcântara também possui, em termos absolutos, a terceira maior população quilombola do Brasil, ficando atrás de Senhor do Bonfim (BA) e de Salvador (BA).

A maior parte da população que se autodeclara quilombola no Maranhão está concentrada fora de territórios quilombolas titulados. 

Veja o ranking completo (em números absolutos):

  • Senhor do Bonfim (BA): 15.999 quilombolas
  • Salvador (BA): 15.897
  • Alcântara (MA): 15.616
  • Januária (MG): 15.000
  • Abaetetuba (PA): 14.526
  • Itapecuru Mirim (MA): 14.488
  • Baião (PA): 12.857
  • Campo Formoso (BA): 12.735
  • Feira de Santana (BA): 12.190
  • Vitória da Conquista (BA): 12.057

 

Historicamente, os quilombos eram espaços de liberdade e resistência onde viviam comunidades de escravos fugitivos entre os séculos XVI e XIX. Cem anos depois da abolição da escravidão, a Constituição de 1988 criou a nomenclatura “comunidades remanescentes de quilombos” - expressão que foi sendo substituída pelo termo "quilombola" ao longo dos anos.

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