AÇAILÂNDIA - Um grupo de estudantes e servidores do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), campus Açailândia desenvolveram há cerca de dois meses o aplicativo Arborizar. Projeto lançado durante a 5ª Semana de Meio Ambiente do Campus tem como objetivo transmitir de maneira interativa informações reunidas em um banco de dados, referentes a espécies arbóreas que possam ser melhor utilizadas na paisagem urbana.
O professor do IFMA Felipe Rizzo, idealizador e coordenador do desenvolvimento do software explica que a principal motivação para a criação do Arborizar foi a busca de diversificação das espécies de árvores plantadas nas ruas de Açailândia.
“Na maioria dos municípios não se tem ouvido falar de um inventário sobre arborização, e as pessoas plantam as espécies de árvores que encontram, como jambeiro, mangueira, cajueiro”, disse.
Felipe Rizzo informou ainda que o plantio aleatório pode trazer diversos problemas se as árvores escolhidas não for em adequadas às condições do ambiente. Dessa forma, o Arborizar filtra espécies condizentes com as informações fornecidas pelo usuário, tais como a eventual existência de fiações elétricas e dimensões do terreno.
O programa recomenda que não se plantem quaisquer espécies em calçadas muito estreitas (abaixo de 1,5 metros) ou áreas com encanamento, em vista do impedimento à circulação de pedestres e do risco de dano causado pelo crescimento da raiz.
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Inicialmente, foram cadastradas 92 espécies arbóreas, identificadas conforme as características (altura, porte da copa e da folhagem, espessura do tronco, crescimento da raiz, dentre outros).
Sobre as perspectivas de utilização do Arborizar, Felipe Rizzo disse que existe a intenção de propor às prefeituras utilizar o aplicativo para melhorar o aspecto paisagístico e minimizar os problemas urbanos decorrentes do plantio inadequado de árvores. A equipe procura parcerias para desenvolver a ideia em negócio, além de vir desenvolvendo, com o apoio de turmas do curso de Automação, uma estufa que fornecerá mudas de diferentes espécies, para distribuição em feiras e outros eventos científicos em que ocorrer a divulgação do aplicativo.
Atualmente, a aplicabilidade não depende do uso da internet, o que possibilita ao usuário utilizar o Arborizar em diferentes regiões da cidade. No entanto, a proposta é disponibilizar o banco de dados na rede, de forma a facilitar futuras atualizações, sem que seja necessário carregar todas as informações no telefone celular, sobrecarregando o equipamento. Há também o plano de construir versões do programa adaptados a outras plataformas além do Android.
Com o coordenador, participam do projeto os servidores técnicos de laboratório Welington Galvão Rodrigues (Informática), envolvido com a programação do aplicativo, e Jalesmar Vieira do Prado (Solos), além de cinco estudantes do terceiro período do curso técnico de Florestas (Bianca Santos, Janayna Oliveira, João Lucas Reis, Milena Roseno e Suyane Farias).
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