
PH: José Aparecido Valadão no Grand Cru
E mais: Carybé no cinema

Amazônia e desafio
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, afirmou em Belém que um dos desafios da Amazônia é combater o que chamou de macrocriminalidade, que tem o crime organizado como principal expressão.
O foco, segundo ele, que participa da Conferência de Alto Nível da ONU, deve ser o combate às facções que operam internacionalmente, interligando atividades como o tráfico de drogas, exploração ilegal de recursos naturais, tráfico de pessoas, desmatamento ilegal, contrabando de armas e outras violações de direitos humanos.
Cidadania italiana
Tome nota: a partir de agora o direito será concedido somente a quem comprovar que um dos pais ou avós nasceu no país europeu. As restrições passaram a valer desde o final do mês passado, quando foi anunciado Pacote Cidadania pelo Conselho de Ministros.
O Brasil é o país com o maior número de ítalo-descendentes, numa história que começa com a chegada de 380 italianos em Vitória, no Espírito Santo, no dia 17 de fevereiro de 1874. De lá pra cá, estima-se que 15% dos brasileiros, ou seja, 30 milhões de pessoas, tenham direito à cidadania pelo país europeu.
No Rio Grande do Sul, 4 milhões de gaúchos tinham direito a solicitar a cidadania italiana em janeiro deste ano. Mas mudanças no processo de obtenção da cidadania tendem a reduzir esse número.
No dia 28 de março, o Conselho de Ministros da Itália anunciou o Pacote Cidadania, em que restringe as condições para reconhecimento da nacionalidade e limita a possibilidade de obtenção da cidadania italiana para quem nasce fora do território do país a apenas duas gerações posteriores.
Anistia e política
A Lei da Anistia de 1979 perdoou opositores do regime militar e agentes do Estado responsáveis por tortura e assassinatos.
Já os manifestantes de 8 de janeiro, acusados de violar a democracia, enfrentam punições severas, apesar de seus crimes não se compararem às violações de direitos humanos do passado.
Perdoou-se crimes hediondos em nome da paz, mas hoje se nega anistia sob justificativas políticas.
A Justiça deve ser coerente, garantindo liberdade e proporcionalidade para não se tornar mero instrumento do poder.
Quem gritava por anistia entre 1964/1985, hoje grita por restrição às liberdades.
Silicone imposto
Está tramitando na Câmara Federal projeto de lei que garante isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na compra de próteses de silicone destinadas à reconstrução mamária de mulheres que passaram por mastectomia total ou parcial, em razão do câncer de mama.
De acordo com a proposta, a isenção será concedida “mediante a apresentação de laudo médico emitido por profissional especializado, atestando a realização da mastectomia, a necessidade do uso de prótese mamária de silicone e a recomendação para reconstrução mamária”.
Além disso, será necessária documentação pessoal da paciente e da instituição médica responsável pelo tratamento.
Investimento internacional
O Maranhão será um dos estados beneficiados pelo programa “Investe Mais Estados”, lançado em Brasília, na semana passada, pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O programa foi criado para facilitar o acesso das regiões brasileiras a investimentos estrangeiros e captar recursos para promover soluções sustentáveis, com ênfase no desenvolvimento regional do País.
A avaliação dos especialistas é que, com a realização da COP 30 no vizinho estado do Pará, os empreendedores da região terão uma oportunidade única para atrair investimentos sustentáveis.
O programa inclui ações, como visitas de investidores potenciais; análise da captação de investimentos externos; mapeamento de oportunidades; orientação na estruturação de projetos; prospecção de financiadores; entre outras iniciativas.
DE RELANCE
Alvo de discussão
Noite dessas um jovem empresário, para demonstrar conhecimento avançado das novas tecnologias, explicava a um grupo de amigos como transformar imagens enviadas para o ChatGPT em desenhos utilizando o traçado de animações japonesas do Studio Ghibli, uma novidade que virou fenômeno nas redes sociais.
Porém, o que ele não sabe é que a prática esbarra em questões sobre o uso da ferramenta. Quem é minimamente conectado, certamente deparou-se, nos últimos dias, com fotos transformadas em desenhos. Está sendo um fenômeno nas redes sociais.
A trend – algo que ganha popularidade rapidamente – costuma durar alguns dias, até que se esgota. Neste caso, com tempo suficiente para levantar discussões éticas e legais sobre a prática.
Alvo de discussão...2
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Esta tendência transforma imagens enviadas para o ChatGPT em desenhos utilizando o traçado das animações do Studio Ghibli, estúdio japonês responsável por obras como A Viagem de Chihiro (2001), Meu Amigo Totoro (1988) e O Menino e a Garça (2023). Um dos diferenciais da produtora é defender os desenhos feitos à mão – bem diferente do que representa a inteligência artificial (IA).
Na enxurrada de imagens simulando a técnica, levantou-se a questão: afinal, isto não é apropriação? Onde entram os direitos autorais? O cofundador do Studio Ghibli, Hayao Miyazaki, em entrevista de 2016, já havia rejeitado o uso desse tipo de ferramenta para se criar arte, afirmando estar “enojado”, alegando que este tipo de tecnologia oferece “coisas assustadoras” e que nunca a empregaria em seu trabalho.
Alvo de discussão...3
Corta para 2025 e o próprio legado de Miyazaki está sendo utilizado pelas máquinas e por uma grande big tech – a OpenAI, no caso, dona do Chat GPT – para gerar entretenimento passageiro e monetização, sem o consentimento do artista e sem a mão humana por trás.
O “artista” por trás é o GPT-4o, um poderoso gerador de imagens utilizado pela gigante da inteligência artificial em sua mais famosa ferramenta.
O legal e o ético
Nas redes sociais, enquanto muitos aderiram à trend – entregando os seus dados para ajudar a alimentar o banco de dados da IA – , alguns protestaram, denunciando ser mais do que uma simples brincadeira.
A classe artística reclamou da apropriação da técnica tão manual e humana quando empregada pelo Ghibli para conceber as suas animações.
– Foi um movimento estratégico, pegando o Studio Ghibli, que evoca essa coisa mais infantil, por ser mais fácil de viralizar. Todo mundo, mesmo quem não conhece o trabalho do estúdio, quis entrar na trend e mostrar como ficava fofinho. Só que é um tremendo desrespeito, principalmente com o Miyazaki, que já disse que não compactua com formas tecnológicas de se trabalhar a arte.
E isso foi feito para sinalizar para o mercado que as pessoas estão priorizando mais o resultado do que a arte – diz Róger Goulart, ilustrador e concept artist.
Novas soluções
A palavra mais surrada dos dias de hoje é inovação. Parece que até o padeiro da esquina, se não inovar, não vai mais conseguir fazer o pão quentinho.
Todos têm que inovar, todo mundo busca a inovação, você diz que já está inovando. Mas, na grande maioria dos casos, marcas e empresas estão, na verdade, evoluindo. Descobrindo novos processos, criando formas melhores de se fazer a mesma coisa, inventando outros caminhos de se chegar mais rápido no mesmo lugar.
Porque inovação não é sobre tecnologia, é sobre mentalidade. Não se render ao problema, não repetir-se, não deixar que o processo seja maior do que o resultado. Porque inovação e resultado são irmãos siameses, seres simbióticos que se alimentam de talento, audácia e conhecimento.
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Empresas e profissionais precisam, nestes tempos de quebra de paradigmas e construção de valores, produtos e mercados que até há pouco não existiam, de uma (re)invenção. Sair um pouco deste congestionamento cotidiano e se deixar levar por palestras, debates, rodadas de negócios e relacionamentos com convidados nacionais e internacionais pode ser um bom jeito de achar novos caminhos – e, talvez, até alguns atalhos.
Nos primórdios, para se matar a fome, foi preciso primeiro inventar o fogo, além de armas para a caça. A inovação, desde sempre, foi mãe dos avanços. O genial designer Phillipe Starck resumiu bem o porquê: “ninguém precisa de uma nova cadeira, mas todo mundo precisa de uma nova solução”.
Carybé no cinema
Um mergulho no universo do artista plástico Héctor Julio Páride Bernabó, o Carybé, grande amigo de Jorge Amado e com quem convivi em minhas andanças em Paris.
Esse é o resumo do novo longa ficcional da Têm Dendê Produções em coprodução com o diretor argentino Miguel Kohan, Na Pele de Carybé, em fase de desenvolvimento e pesquisa.
O projeto será ambientado entre Salvador – cidade escolhida pelo artista para viver – e Argentina, seu país de origem.
O filme apresenta a história de Pierre, um ator que está passando por uma crise amorosa que o afeta profissionalmente.
Para escrever na pedra:
“A inveja é o mau hálito da alma”. Do economista e ex-ministro Roberto Campos.
TRIVIAL VARIADO
Republicano: promotores federais dos EUA pediram que o ex-deputado republicano George Santos seja condenado a sete anos e três meses de prisão. A sentença sairá no dia 25. Filho de brasileiros, Santos, que foi expulso da Câmara em 2023, responde por mentir sobre a própria biografia e falsificar dados da arrecadação de campanha.
PAC Seleções: nova modalidade vai financiar até R$ 500 milhões em projetos voltados ao abastecimento de água em áreas com estiagem.
Minha Casa, Minha Vida: moradias para a “faixa 4” do programa – famílias com renda entre R$ 8 mil e R$ 12 mil – serão financiadas com dinheiro do FGTS.
Esporte: profissionais e organizações que desenvolvem iniciativas sociais com foco no esporte podem se inscrever para qualificação gratuita da Rede Capacitação e Transformação, projeto dedicado à qualificação de empreendedores sociais esportivos para a utilização da Lei Federal de Incentivo ao Esporte. As inscrições vão até o dia 15 de abril.
Saiba Mais
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