Arte e ciência

Documentário mostra descoberta científica do físico Joaquim da Costa Ribeiro

Em 'Termodielétrico', cineasta Ana Costa Ribeiro, neta do pesquisador, vai além da biografia científica e faz um mergulho intimista na vida e obra do avô.

Evandro Júnior / Na Mira

Joaquim da Costa Ribeiro (Foto: Divulgação)

O documentário ‘Termodielétrico’ (2023), da cineasta e artista Ana Costa Ribeiro, acaba de estrear na Itaú Cultural Play, plataforma de streaming gratuita de cinema brasileiro. O filme, cujo projeto foi contemplado pelo edital Rumos Itaú Cultural na edição 2019-2020, é uma viagem poética e sensorial pela vida e obra do físico carioca Joaquim da Costa Ribeiro (1906-1960), avô da cineasta e descobridor, em 1944, do fenômeno termodielétrico – processo que revela a geração de correntes elétricas associadas à mudança de estado físico de certos materiais.

O acesso à Itaú Cultural Play é gratuito, disponível em www.itauculturalplay.com.br, nas smart TVs da Samsung, LG e Apple TV, nos aplicativos para dispositivos móveis (Android e iOS) e Chromecast.

Termodielétrico (2023) teve sua première mundial no Festival Internacional de Documentários de Amsterdã (IDFA), na Holanda, e já passou pelo Festival do Rio e pela Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Distribuído pela Embaúba Filmes, o documentário, primeiro longa-metragem dirigido por Ana Costa Ribeiro, mescla imagens de arquivo público e pessoal, ultrapassando os limites da biografia científica para abordar temas universais como pertencimento, memória e perda.

Sua estrutura experimental entrelaça arte e ciência, sobrepondo imagens de arquivo a gravações inéditas, como imagens atuais das paisagens brasileiras. Narrado em off pela cineasta, Termodielétrico também levanta questões políticas sobre o papel da ciência na sociedade contemporânea, refletindo sobre o atual cenário de desvalorização da ciência no Brasil.

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 Sobre Ana Costa Ribeiro

Artista, cineasta e escritora independente. Doutora em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ, Master of Fine Arts em Cinema pela San Francisco State University e Bacharel em Comunicação Social pela UFRJ. Foi artista residente no Lab Cinema Expandido (Laboratório de Videoinstalação/Cinemateca do MAM), no LabVerde (Programa de Imersão em Arte e Ecologia) e na Walden (Residência de Criação Documental); e realizou duas exposições individuais: A Casa é Quando A Gente Volta (Galeria do Ateliê da Imagem) e Além do Ponto de Fusão (Espaço Vazio/Largo das Artes). 

Como diretora, realizou sete curtas-metragens, entre eles Arpoador, e cinco séries documentais, entre elas Educação e Sociedade no Brasil. Trabalha como montadora há 24 anos, tendo colaborado com diversos artistas e cineastas em videoinstalações e filmes documentários. Seus ensaios foram publicados em revistas no Brasil e em Portugal. É professora há 15 anos, em cursos livres de documentário, linguagem cinematográfica, montagem, narrativas audiovisuais e processo criativo, entre outros. 

Em 2023, finalizou seu primeiro longa-metragem como diretora, Termodielétrico, sobre um fenômeno natural descoberto por seu avô, um físico experimental. O filme teve sua estreia nacional no Festival do Rio e sua estreia internacional no IDFA - International Documentary Film Festival Amsterdam; e foi lançado nos cinemas do Brasil em outubro de 2024.

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