9º aniversário do "Samba do Peixe" anuncia programação especial em alusão ao Dia Nacional do Samba
Evento acontece hoje (2) e contará com uma gravação audiovisual com participação de diversos sambistas.
SÃO LUÍS - Nesta segunda-feira (2) o bairro Caratatiua será palco de uma celebração especial: 9º aniversário do "Samba do Peixe". O evento, ministrado pelo saudoso Mestre Zé Pivó da Mangueira e por Renato Guimarães, se estabeleceu como um movimento de resistência do samba em São Luís. E em todas as segundas-feiras, o "Samba do Peixe" realiza uma roda de samba que atrai um público cada vez mais apaixonado pelo gênero.
Ao longos dos anos, o projeto não buscou apenas promover o samba, mas também criou um lugar onde a cultural e a tradição se entrelaçam intensamente. A comemoração do 9º aniversário ainda será marcado por uma gravação audiovisual que capturará a essência e a energia do samba com os Sambistas: Serrinha, Allysson Ribeiro, João Marcus, Diego Silva, Grupo Tendência, Joquinha do Golpe do Baú, Neguinho Maravilha e Cilos Brown.
O "Samba do Peixe" é uma oportunidade para o público vivenciar a magia do samba e celebrar a continuidade deste importante movimento cultural no Dia Nacional do Samba, que é comemorado no dia 2 de dezembro.
Dia Nacional do Samba - 2 de dezembro
O dia 2 de dezembro ficou marcado para os brasileiros ao reconhecer que o samba faz parte da cultura nacional. A Lei nº 14.567, de 4 de maio de 2023, passou a reconhecer as escolas de samba – seus desfiles, sua música, suas práticas, suas tradições como uma importante manifestação da cultura nacional. Anteriormente, a Lei nº 13.557, de 21 de dezembro de 2017 já instituía o Dia Nacional do Samba de Roda, a ser comemorado no dia 25 de novembro de cada ano.
Contudo, o dia 2 de dezembro já figurava há muitos anos, do calendário oficial de datas culturais no Brasil como o Dia do Samba. A sua comemoração, no entanto, era restrita a algumas cidades, em especial o Rio de Janeiro e Salvador.
O Projeto de Lei nº 1.713-A, de 2007, de autoria de Indio da Costa, deputado à época, se propôs a decretar oficialmente em todo o território brasileiro o Dia Nacional do Samba. O autor em seu projeto trazia a seguinte argumentação:
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“Por tradição, que os historiadores da nossa música popular não sabem precisar com certeza, o Dia Nacional do Samba já é comemorado oficialmente em bom número das Unidades da Federação na data de 2 de dezembro. Dizem que o Dia do Samba remete a uma visita de Ary Barroso à Bahia, num 2 de dezembro; outros, afirmam que a data se prende ao Trem do Samba, ocupado pela Velha Guarda da Portela na Central do Brasil, e cuja primeira edição ocorreu em 1996...”
“Se o samba nasceu ou não no Brasil, é uma questão acadêmica, hoje reduzida apenas à sua importância musicológica. O fato, incontestável, é que o samba é do Brasil, e o seu Dia Nacional vem sendo comemorado na data de 2 de dezembro...”
Mais à frente, em 2013, o deputado Marcus Pestana iniciou também um projeto de lei que em seu texto alertava que "inexiste assim qualquer lei de âmbito federal que institua o Dia Nacional do Samba, diferentemente do gênero musical “choro”, objeto da Lei n° 10.000, de 4 de setembro de 2000, resultante do PLS n° 39/99, de autoria do Senador Artur da Távola, que instituiu o dia 23 de abril como o Dia Nacional do Choro. Dessa forma, é oportuno o surgimento de um ato legal que venha a oficializar, em nível nacional, uma data que o mundo do samba já comemora, em todo o país, desde 1963."
O samba pioneiro
Um estilo musical cheio de gingado e melodia que encanta pelas danças e também pela execução que exige harmonia e talento de todos os músicos envolvidos na roda de samba. "Pelo telefone", composição de Donga datada de 1916, é considerado o primeiro samba brasileiro, por substituir o maxixe. Nessa época, já se podiam gravar as músicas em discos.
Na mesma ocasião, surgiram muitos compositores de grande talento, como Pixinguinha, João da Baiana, Sinhô e Heitor dos Prazeres.O samba foi tomando uma expressão urbana e moderna. Começou a ser tocado nas rádios, se espalhou pelos morros cariocas e nos bairros da zona sul, conquistando um público de classe média também.
Mais tarde, em meados do século 20, Dorival Caymmi e João Gilberto deram uma nuance sofisticada para o samba, misturando-o com outras influências musicais.
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