Pergentino Holanda: Medalha para José Sarney
E mais: Exposição em homenagem a Sarney
Medalha para José Sarney
O maior e mais significativo acontecimento desta quarta-feira em São Luís é a homenagem que o ex-presidente da República e escritor José Sarney, de 94 anos, receberá da Assembleia Legislativa do Maranhão.
Proposta pelo deputado Roberto Costa (MDB), a Assembleia vai homenageá-lo com a entrega da mais alta honraria do Poder Legislativo. a Medalha do Mérito Legislativo “Manuel Beckman”, que será entrega em sessão solene, às 10h, no Plenário Nagib Haickel, da Alema.
“José Sarney tem uma história e um legado reconhecidos no mundo todo. É um maranhense dono de uma trajetória vitoriosa, de dedicação ao Maranhão e a seu povo, além de ser autor de dezenas de livros. A Assembleia presta essa homenagem como forma de reconhecer esse trabalho do homem, do político e do escritor José Sarney”, pontuou a presidente do Parlamento Estadual, deputada Iracema Vale (PSB).
Para o deputado Roberto Costa, a concessão da Medalha “Manuel Beckman” é um marco na história da Casa. Também é uma forma de reconhecer em vida o legado de José Sarney para o Maranhão, tanto na política quanto nas letras.
Exposição em homenagem a Sarney
A homenagem ao ex-Presidente da República será antecedida pela abertura da exposição “Hoje é Dia de… José Sarney”, às 9h, realizada em parceria com a Fundação da Memória Republicana Brasileira, e composta por painéis que retratam capas de obras essenciais do autor, trechos desses títulos e críticas de destaque através dos tempos.
A exposição será instalada no hall de entrada do Plenário Nagib Haickel e destaca parte da produção literária do imortal decano das Academias Brasileira (ABL) e Maranhense de Letras (AML).
Sarney é autor de 120 obras, entre as quais “Norte das águas (contos, 1969), “Marimbondos de fogo” (poesia, 1978), “Sexta-feira, Folha (1994, crônica), “O dono do mar” (romance, 1995), “Saraminda” (romance, 2000) e “A duquesa vale uma missa” (romance, 2007).
Na área política, também ocupou os cargos de deputado federal, governador do Maranhão, senador pelo Maranhão e pelo Amapá, presidente do Congresso Nacional, vice-presidente da República e Presidente da República.
Trajetória de José Sarney
José Sarney de Araújo Costa é advogado, nascido na cidade de Pinheiro (MA), em 24 de abril de 1930. Filho de Sarney de Araújo Costa e de Kiola Ferreira de Araújo Costa. É casado com Marly Macieira Sarney, com quem tem três filhos – Roseana, Fernando e Sarney Filho. Em 1953 bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Maranhão. No mesmo ano ingressou na Academia Maranhense de Letras.
Mais longevo politico em atividade no Brasil, Sarney entrou para a vida política em 1954. Oficial judiciário e diretor da Secretaria do Tribunal de Justiça do Maranhão. Professor da Faculdade de Serviço Social da Universidade Católica do Maranhão (1957).
Elegeu-se suplente de deputado federal pelo Partido Social Democrático (PSD), assumindo o mandato em 1956 e 1957.
Trajetória de José Sarney…2
Presidente da União Democrática Nacional - UDN/MA (1958-1965). Deputado federal pelas Oposições Coligadas, legenda integrada pela UDN, Partido Democrata Cristão - PDC e Partido Republicano - PR (1959-1966). Vice-líder da UDN na Câmara dos Deputados (1959-1960). Vice-presidente nacional da UDN (1961-1963).
Com a extinção dos partidos políticos e a imposição do bipartidarismo pelo AI-2, em 27 de outubro de 1965, ingressou na Arena, partido de sustentação do regime militar. Elegeu-se governador do Maranhão (1966-1970).
Senador pela Aliança Renovadora Nacional - ARENA/MA (1971-1979). Presidente do Instituto de Pesquisas e Assessoria do Congresso - Ipeac (1971-1983). Tornou-se presidente da Arena em 1979 e, no ano seguinte, com a instalação do pluripartidarismo, do Partido Democrático Social (PDS). Vice-líder da maioria no Senado (1978-1979).
Um dos fundadores do Partido Democrático Social - PDS (1979) e senador por essa legenda (1979-1985). Presidente da Comissão Diretora Nacional Provisória do PDS (1980).
Presidente nacional do PDS (1980-1984).
Sarney na Academia Brasileira de Letras
Em 1980, Sarney foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Em 1984, juntamente com outros dissidentes do PDS, passou a integrar a Frente Liberal, que o lançou como vice-presidente da República na chapa de Tancredo Neves, do PMDB, tendo sido eleito pelo Colégio Eleitoral em janeiro de 1985.
Assumiu interinamente a presidência, em 15 de março de 1985, em virtude da doença de Tancredo Neves e, com a morte de Tancredo, em 21 de abril do mesmo ano, foi efetivado no cargo.
Após o término de seu mandato presidencial, elegeu-se duas vezes senador pelo estado do Amapá (1991 e 1999). Presidente do Senado no período de 1995 a 1996 e 2003 e 2004.
Principais obras de Sarney
Sarney fez sua estreia na literatura em 1952 com o livro de poesias “A Canção Inicial”. Em 1969 publicou “Norte das águas” (contos). Em 1995 lançou o seu primeiro romance, “O dono do mar”. Em 2000 lançou o seu segundo romance, “Saraminda”. Em 2007 lançou o terceiro romance, “A duquesa vale uma missa”. O quarto romance, “Maranhão - sonhos e realidades”, saiu em 2010.
Sarney publicou vários livros de ensaios, poesia, contos, discursos, crônicas, história, etc.
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DE RELANCE
O poder do impresso
Faço coro com o escritor e jornalista Nilson Souza quando diz que sempre sofre quando morre um jornal, como ocorreu na semana passada com o centenário Diário Popular, de Pelotas (RS).
Na sua última edição, o bravo periódico saiu com uma capa totalmente preta, com as datas de fundação e extinção em números brancos abaixo do logotipo, exatamente como se fosse um anúncio fúnebre.
Vi a imagem numa rede social, no formato digital. Não pude deixar de pensar que a vítima estava usando a visibilidade do carrasco para anunciar a própria morte.
O poder do impresso…2
Não sei por quanto tempo os jornais de papel vão resistir à atração sempre crescente do público pela instantaneidade e pela interatividade das telinhas luminosas.
Nesse contexto, me consola a constatação de que o jornalismo resiste, até porque a cada dia faz melhor uso da tecnologia para levar aos cidadãos informações verdadeiras e opiniões plurais, em contraponto às publicações irresponsáveis, anônimas e mentirosas que proliferam no meio digital.
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Além disso, não ignoro que os impressos têm leitores fiéis e que os jornais mais inovadores flertam de forma promissora com os jovens.
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Mas tem um aspecto do velho jornalismo impresso que ainda me parece insubstituível: o registro histórico, organizado e confiável dos fatos.
As pesquisas eram trabalhosas, mas, com os avanços da digitalização, hoje podemos consultar facilmente coleções de jornais antigos e recuperar de suas páginas acontecimentos passados, com a sensação de termos praticamente presenciado os fatos descritos.
Por isso, quando um jornal morre, fica a impressão de que a própria História está sendo interrompida.
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O texto impresso tem o poder da permanência, um poder quase sobrenatural.
Veja-se, por exemplo, a recente descoberta feita por um pesquisador brasileiro numa biblioteca de Hamburgo, na Alemanha.
Ele e seus colegas de pesquisa toparam com um fragmento de papiro egípcio do século 4 ou 5, digitalizado, com um registro sobre a infância de Jesus Cristo, retirado do evangelho de São Tomé.
Aos cinco anos, brincando na beira de um lago, o menino moldou 12 pardais de barro. Quando seu pai José observou que ele não devia estar em atividade num sábado sagrado, o garotinho bateu palmas e os pássaros voaram, ganhando vida.
A história da vivificação dos pássaros não está na Bíblia, mas é tão encantadora que merecia mesmo atravessar os séculos até sair nos jornais.
Fim definitivo do orçamento secreto
O ministro maranhense Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a realização de audiência de conciliação sob alegação de que, até agora, o governo federal e o Congresso Nacional “não demonstraram de forma cabal” o cumprimento da decisão que declarou inconstitucional o orçamento secreto, em 2022.
O ministro alegou que “todas as práticas viabilizadoras do orçamento secreto devem ser definitivamente afastadas”.
A audiência será realizada no dia 1º de agosto.
Fim definitivo do orçamento secreto…2
“Fica evidenciado que não importa a embalagem ou o rótulo (RP 2, RP 8, emendas pizza etc.). A mera mudança de nomenclatura não constitucionaliza uma prática classificada como inconstitucional”, escreveu Dino, que passou a ser relator do processo porque sucedeu a ministra Rosa Weber na Corte.
O ministro foi acionado pela Associação Contas Abertas, pela Transparência Brasil e pela Transparência Internacional. As entidades noticiaram “elementos que configuram a persistência do descumprimento da decisão adotada por esta Corte”.
Dentre esses elementos, está o uso indevido das emendas do relator-geral do orçamento para incluir novas despesas no orçamento, as “emendas Pix” (distribuídas com baixa transparência e controle) e o descumprimento da determinação de publicar informações relativas à autoria e aplicação das emendas RP 9.
Volta várias vezes adiada
Ana Karin Andrade já remarcou três vezes sua passagem para voltar a São Paulo, onde reside, mas os compromissos em São Luís são tantos que ela ainda não conseguiu viajar.
Segunda-feira, a ex-prefeita de Cruzeiro (SP), foi homenageada com jantar no restaurante Cabana do Sol.
Na mesa estavam seus amigos Benjamin Franklin Alves, o ex-secretário de Indústria e Comércio e atual Presidente da MA Parcerias, Cassiano Pereira Júnior, Emmanuel Marcos Barbosa com a esposa Francisca e este Repórter PH.
Clima junino no Blue Tree
O hotel Blue Tree São Luís entrou no clima junino com uma decoração temática nos seus principais espaços, proporcionando aos visitantes uma imersão na cultura popular da principal festa maranhense.
Este ano, a direção do hotel optou pela cor laranja numa alusão ao fogo da tradicional fogueira de São João, que simboliza o nascimento de João Batista.
A recepção do hotel e o Oito Restaurante foram decorados com elementos que remetem à cultura maranhense como o bumba-meu-boi, o chapéu do caboclo de pena, personagem característico do boi de matraca, acessórios de fitas e cubos suspensos com bandeiras laranjas que representam o fogo.
“A nossa decoração é mais uma exposição de elementos da cultura popular do Maranhão”, explica o chef Rilson Tiburtino, responsável pela decoração.
O Blue Tree São Luís também caprichou na gastronomia e lançou um menu junino que é composto por entrada, prato principal e sobremesa. O menu está disponível durante todo o mês de junho no horário do almoço. Além disso, o café da manhã e a tradicional feijoada do hotel receberam estações com comidas típicas.
Para escrever na pedra:
“As pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo”.
TRIVIAL VARIADO
Desconfiança: relatório publicado pelo Instituto Reuters mostra que 52% dos norte-americanos não confiam em conteúdos produzidos por IA (Inteligência Artificial).
Missa de igreja lotada marcou o trigésimo dia do falecimento de Teresa Soares Pflueger, ontem, na Igreja de São Luís Rei de França, no Calhau.
Emmanuel Márcio Barbosa e Alípio Moraes estão comemorando o sucesso do Arraial do Ipem, que eles estão administrando, com ótimas atrações do folclore maranhense todos os dias.
Terezinha e Baltazar Miranda atravessaram o Atlântico esta semana e foram visitar a filha Patrícia e o genro Dieter Albicker, que moram na Alemanha. Só voltam em julho.
Saiba Mais
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