Leitura

Livro faz retrato literário sobre a hipocrisia

No drama contemporâneo ‘O Cidadão de Bem’, Maurício Gomyde narra história que perpassa a dualidade do bem e do mal.

Evandro Júnior / Na Mira

Capa do livro (Foto: Divulgação)

Sem perder a essência de instigar o leitor a desvendar um mistério no decorrer das páginas, em ‘O Cidadão de Bem’, o escritor Maurício Gomyde evidencia a polarização por meio de dois personagens principais, que, embora amigos, têm posições antagônicas e divergem em quase tudo.

Para o mundo, Dr. Roberto é um profissional sério e respeitado, mas em casa e nas redes sociais se manifesta como um defensor fervoroso do armamento civil, que não esconde o preconceito contra negros e homossexuais, além das atitudes elitistas. Resistindo a cidadãos como ele, o leitor conhece Rafael, um jornalista que sonha se tornar escritor e que, mesmo tendo falhado com a família no passado, luta por um mundo mais pacífico e tolerante, não apenas para ele, mas principalmente para as filhas e as gerações futuras.

A incógnita da narrativa é revelada pelo autor em doses homeopáticas. Cada abertura de capítulo é composta por um trecho do relatório de um inquérito policial, que detalha as informações de um crime envolvendo arma de fogo. Quem levou o tiro? Quem disparou a arma? E, como o incidente ocorreu? Essas e outras perguntas são respondidas ao fim da obra, quando o leitor junta todos os fragmentos da investigação criminal.

Com protagonistas intensos e complexos, Gomyde entrelaça as vidas dos personagens, suas esposas, filhos e amigos. Nesta publicação pela Qualis Editora, o autor propõe a refletir sobre o bom e o mau indivíduo em uma sociedade cada vez menos preocupada com o coletivo.


 

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