“Pássaras e Bicharada Nativa de Upaon-Açu”

Exposição reúne ilustrações e esculturas de aves e bichos nativos de São Luís

A mostra de arte do artista Cláudio Lima está sendo exibida no Centro Cultural do Ministério Público do Maranhão.

Na Mira

Exposição reúne ilustrações e esculturas de aves e bichos nativas de São Luís. (Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS - O contato com a natureza, por meio dos passeios de bicicleta, e a observação da fauna presente na ilha de São Luís, serviram como inspiração para o artista Cláudio Lima produzir as exposições “Pássaras e Bicharada Nativa de Upaon-Açu”, inauguradas nessa quarta-feira (5), no Centro Cultural do Ministério Público do Maranhão, no Centro da capital maranhense. O público pode conhecer os trabalhos de segunda a sexta-feira, das 8 às 15h, até o dia 31 de julho.

“Pássaras” reúne 33 ilustrações de aves observadas, na região do Araçagy, nos últimos dois anos pelo expositor. Ao lado de cada ilustração, o artista, que é designer gráfico, ceramista, ilustrador e cantor, destacou o nome da ave em tupi, como era originalmente chamada pelos indígenas e popularmente conhecida até hoje. “Optei por não usar o nome colonial”, explicou Cláudio Lima.

O processo criativo da exposição foi iniciado quando ele, ao andar de bicicleta nos arredores da Praia da Raposa, se encantou com o canto do pitiguari. O fascínio se seguiu com a pipira vermelha, corruíra, juruviara, cambacica, juriti, suindara, siricora, guriatã, piriguará, bebeô, araçari, dentre outras espécies de pássaros.

Entretanto, foi a admiração com os sons da fêmea do pitiguari, que despertou a atenção do artista e inspirou o nome da exposição “Pássaras”, sugestão do poeta Celso Borges, falecido no ano passado. “O canto dela tem mais variação melódica e é mais longo que o do macho”, destacou o expositor.

Todas as ilustrações foram criadas com caneta hidrográfica com digitalização, vetorização e pintura digital. A impressão foi feita em fine art, ou seja, em alta qualidade, com tinta pigmentada que não desbota e em papel canson fosco. Todas as peças têm formato 30 x 30 cm.

Bicharada

A segunda exposição é formada por esculturas de cerâmica dos bichos da amazônica. Dentre os animais representados, estão japim, marajoara, paca, jaguarundi, cutia, preá, catitu, tatu peba, bacurau, sapo cururu e jurupari. Além da fauna, há representações humanizadas de entidades da cultura originária: a Mãe d’Água, a Kuracanga e o Curupira.

“As duas exposições têm inspiração nos fragmentos de floresta que eu encontro nas margens da cidade. Eu encontro esses animais e os trouxe, nas obras, para mostrar o que está na floresta e a gente ignora”, informou Lima.

A modelagem das peças, com uso da argila, foi aprendida pelo artista quando ele tinha 15 anos, com o ceramista Luiz Carlos Lima. A tinta utilizada nas esculturas foi obtida com resina vegetal.

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