Pergentino Holanda: José Sarney recebe a 'Medalha Décio Antônio Erpen'
E mais: Comitiva da ONU em Belém
Medalha para José Sarney
O ex-presidente José Sarney foi agraciado com a Medalha de Honra ao Mérito Décio Antônio Erpen, conferida pelo Colégio Permanente de Corregedoras e Corregedores-Gerais dos Tribunais de Justiça do Brasil. A condecoração foi entregue durante visita do presidente do TJMA, desembargador Paulo Vélten, acompanhado dos desembargadores Antônio Bayma e José de Ribamar Froz Sobrinho
Sábado tem eclipse solar
Eclipse solar: saiba que horas o fenômeno poderá ser visto em São Luís e outras capitais no sábado (14).
No próximo sábado, portanto, um eclipse solar estará visível em todo o Brasil. Em certas regiões do Norte e Nordeste esse fenômeno se manifestará com uma visibilidade anular, criando uma espécie de “anel de fogo” em função da posição relativa da Lua, Terra e Sol.
A anularidade poderá ser vista em regiões do Maranhão, Amazonas, Tocantins, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e no Pará poderão apreciar o eclipse anular.
No restante do país, o fenômeno será visível como parcial. Em São Luís, o eclipse solar poderá ser visto a partir das 16h37, seguindo o horário de Brasília.
O último eclipse anular do Sol aconteceu em junho de 2021, mas não pôde ser visto do Brasil. O próximo, após o de 14 de outubro, ocorrerá somente em 2 de outubro de 2024.
ANS e Câncer
Em reunião extraordinária, a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a incorporação ao rol de procedimentos cobertos por planos de saúde dois tratamentos para câncer.
Agora estão contemplados também os medicamentos para câncer de pele melanoma e câncer de endométrio, que terão sua cobertura obrigatória pelos planos de saúde a partir de novembro.
Elis, Tom e o Brasil
É difícil sair indiferente do cinema depois de assistir ao documentário Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você.
Decidi trazer o tema para a coluna, porque o filme dirigido por Roberto de Oliveira não é uma película qualquer. É um retrato da força criativa do Brasil e do que somos capazes. Faz bem revisitar nossa história e ter orgulho dela.
Incrível perceber como um disco gravado em 1974, às vésperas de completar cinco décadas, pode ser tão impactante e ainda dizer tanto.
Em um tempo marcado por sucessos voláteis, fórmulas prontas e canções feitas sob medida para viralizar no TikTok, Elis Regina e Tom Jobim criaram algo que ultrapassa modismos. Nem tudo é efêmero, afinal.
Elis, Tom e o Brasil…2
Curioso é saber que o histórico disco, por pouco, não ficou no “quase”. Nas imagens originais da gravação, feitas em Los Angeles por Oliveira (empresário de Elis à época), fica clara a tensão permanente no estúdio. É como se saísse faísca.
Tom acreditava que o disco era dele. Elis tinha certeza de que era dela, e os dois “não se bicavam”. No fim, a mágica se fez: um gênio sabe reconhecer quando está diante de um igual. O resultado da junção é o melhor dos mundos.
Como escreveu o jornalista Arthur de Faria, autor de Elis – Uma Biografia Musical, vale cada segundo. Vá ver, mesmo se você não conhece o disco ou só ouviu Águas de Março. É talento em estado puro.
Comitiva da ONU em Belém
Chegou ontem à vizinha capital, Belém do Pará, a comitiva da Organização das Nações Unidas para conhecer os projetos que vão preparar a cidade para receber a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em 2025.
A agenda da comitiva não foi divulgada, mas os técnicos vão querer saber detalhes das obras que estão em planejamento, especialmente as de logística, mobilidade e hospedagem, que são as principais preocupações, já que a cidade deve receber mais de 50 mil pessoas do mundo inteiro durante o evento.
A comitiva da ONU fica em Belém até sexta-feira (13).
DE RELANCE
Alok chora pelo pai
Sob o título Alok Chora, Carpinejar foi cirúrgico ao analisar a crise de Israel. Alok amanheceu chorando pelo pai, que não via havia meses e que se encontrava refugiado depois do ataque do movimento islâmico armado Hamas, em Israel.
Seu pai, DJ Juarez Petrillo, participava do festival Universo Paralello no último sábado. Estava prestes a se apresentar no palco quando houve o bombardeio.
O festival de rave, que acontecia próximo da Faixa de Gaza, foi o estopim do conflito armado.
Alok chora pelo pai …2
Hamas explodiu bombas sobre civis no badalado evento de música eletrônica, que reunia 3 mil pessoas. Há registro de 260 mortes e centenas de desaparecidos. Durante o ataque inesperado, integrantes armados atiraram para matar e sequestraram civis com o objetivo de criar uma rede de reféns para negociar exigências.
A violência deflagrada se mostrou maquiavelicamente planejada.
Nada mais estarrecedor do que levar as sombras da morte à celebração da vida.
Não há atenuantes. Não há compaixão. Não há piedade.
Alok chora pelo pai …3
Existem inimigos mortais do outro lado, não importando as particularidades - se a vítima é adolescente, se é da paz, se é turista, se está grávida.
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Guerra não pede carteira de identidade. É truculência no seu estado mais primitivo e irracional. Os filhos são os mártires prediletos.
A invasão a uma festa onde se dançava e cantava despreocupadamente evidencia o extremismo da causa.
É como declarar em alto e bom som a ausência completa de exceções.
Alok chora pelo pai …4
Abre-se uma frente de terror num lugar marcado pelo pacifismo, numa festa de aproximação, de amizade e de amor, num marco de conexão social.
Quebra-se a vitrine da estabilidade e da segurança, para arrancar a possibilidade de neutralidade. Qualquer um é obrigado a opinar.
O bom senso morre entre o islamismo e o judaísmo. Porque ideologia se discute, religião não, fanatismo muito menos.
A organização islâmica defende a criação de um Estado palestino, não reconhecendo a existência de Israel (conforme sua carta fundadora de 1988).
Alok chora pelo pai …5
A Faixa de Gaza é minada de contradições, pois representa um território apertado, com várias pulsões étnicas. Limítrofe entre Israel, Egito e o Mar Mediterrâneo, tem 365 quilômetros quadrados e cerca de 2,3 milhões de habitantes, uma das maiores densidades populacionais do mundo.
O terrorismo não poderia procurar diferente cenário para chamar a atenção a suas crenças. Tem o claro interesse de expor a debilidade da existência em alvos de alegria.
Massacres sanguinários se sustentam da covardia, de presas fáceis e desprovidas de defesa. Quanto maior a vulnerabilidade, maior a propagação da revolta e da reação. A diplomacia torna-se inútil.
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Todas as tragédias que comovem a opinião pública envolvem a perda prematura de jovens, seja em escola, seja em acampamento ou balada.
É a ruptura monstruosa de regras humanitárias, atingindo o funcionamento da base familiar.
Alok chora de impotência. Isso que não perdeu ninguém como tantos outros.
Para saber mais do Oriente Médio
Desconfie de quem simplifica a história e vocifera certezas absolutas sobre a guerra no Oriente Médio. Para evitar as “cascas de banana” e não sair compartilhando desinformação, a dica é buscar conhecimento. Sugiro dois livros:
1) Uma História dos Povos Árabes (Editora Companhia de Bolso, 704 páginas), de Albert Hourani. Publicada originalmente em 1991, a obra virou um clássico em diferentes idiomas. Nela, Hourani, que foi professor em Oxford, narra os principais fatos da história do mundo islâmico, do século sétimo aos anos de 1990.
2) O Grande Oriente Médio (Editora Atlas, 336 páginas), do gaúcho Paulo Visentini. Professor titular de relações internacionais da UFRGS, Visentini é um especialista no tema. Publicado em 2014, o livro ajuda a compreender a região e a sua história.
É duro ser judeu
O Estado de Israel já errou, todos os envolvidos já erraram. O atual governo vai no sentido oposto da paz. Israel está cindido ao meio contra os desatinos de seu primeiro-ministro. Porém, alguns dos oponentes de Israel têm como fundamento político que ele desapareça. Como lidar com isso?
Nos dois lados da fronteira entre Espanha e França, viveram os agotes, um povo discriminado. Eram iguais ao resto da população de então: mesma religião católica, língua, sotaque, costume. Fisicamente ninguém os diferenciaria, não fosse a indumentária identificadora. Viviam fora das aldeias. Eram proibidos de se casar com os outros. Era um apartheid medieval.
Não se sabe sua origem e por que eram malditos. Se existem várias hipóteses sobre um povo, é porque ninguém os decifrou. Eram como os intocáveis da Índia, malditos porque nasceram malditos.
Trago-os para lembrar que os humanos, na falta de um inimigo, inventam um. Alguém tem que ser o Outro, que será moralmente inferior, insidioso, perigoso e portanto odiado. É duro ser judeu.
Para escrever na pedra:
“Muitas pessoas irão entrar e sair da sua vida, mas somente verdadeiros amigos deixarão pegadas no seu coração”. De autor desconhecido.
TRIVIAL VARIADO
Nesta data, em 1939, nasceu a tenista brasileira Maria Esther Bueno. E morreu, em 1996, o cantor e fundador da banda Legião Urbana, Renato Russo.
A morte de Cléa Furtado Duailibe deixou um enorme vazio na vida social de São Luís. Embora já estivesse afastada dos eventos sociais há vários anos, deixou uma aura de luz que faz dela uma pessoa eterna.
Usar maconha vai deixar de ser crime? Entenda. Substância está a um voto de ser descriminalizada pelo STF.
Comportamento financeiro: apenas 39% dos pais brasileiros têm o hábito de dar mesada aos filhos, aponta pesquisa realizada pela Serasa.
Conflito no Oriente Médio: os brasileiros que forem repatriados poderão trazer seus cães e gatos sem a apresentação do Certificado Veterinário Internacional (CVI).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística começou a coleta de dados para a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde.
A meta é fazer um raio-x sobre demografia e saúde física, mental e reprodutiva de mulheres e homens, além da saúde e nutrição de crianças. Pela primeira vez serão levantados dados sobre identidade de gênero e orientação sexual.
Saiba Mais
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