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Pergentino Holanda
O colunista aborda em sua página diária os acontecimentos sociais do Maranhão e traz, também, notícias sobre outros estados e países, incluindo informações das áreas econômica e política.
Pergentino Holanda

PH Revista: Há 50 anos a América perdia Pablo Neruda

E mais: Um recado oportuno

PH

Atualizada em 23/09/2023 às 08h55
Capa do PH Revista

 Há 50 anos a América Latina perdia o seu maior poeta: Pablo Neruda, laureado com o Prêmio Nobel de Literatura. Neste fim de semana, ele é o destaque de Capa do PH Revista

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Dino no STF?

O governador Carlos Brandão acompanha à distância – mas com substancial interesse – a novela que envolve a possível ida do ministro Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal.

Por enquanto, tudo ainda é mera especulação, mas em Brasília muitos dão como certa a indicação do nome do maranhense para o STF.

E, claro, o fato, uma vez concretizado, interessa diretamente ao governador do Maranhão.

Fora do tabuleiro

Brandão sabe que uma ida de Flávio Dino para o STF muda toda a configuração política no Maranhão de agora.

Hoje, Dino é a grande liderança política do estado, e foi o responsável direto pela engenharia que levou Brandão ao Palácio dos Leões.

Com Dino fora do tabuleiro político, o governador assume integralmente o comando político do Maranhão.

Nasce um novo líder?

Uma das consequências quase inevitáveis de uma ida de Flávio Dino para o STF será o sepultamento de uma eventual candidatura de Felipe Camarão ao governo do estado em 2026.

E por uma razão óbvia: Camarão é ligado umbilicalmente a Dino e está hoje como vice-governador por uma imposição do atual ministro da Justiça.

Com Dino longe da política, o governador Carlos Brandão sentir-se-á muito à vontade para montar uma sucessão em 2026 conforme o seu interesse – e os interesses do novo grupo formado sob a liderança dele.

Prêmio para Ana Paula

A premiação mais robusta numa eventual ida de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal recairá sobre a cabeça de Ana Paula Lobato.

Hoje ela ocupa uma cadeira no Senado Federal, mas na condição de suplente de Dino.

Com ele no STF, a esposa de Othelino Neto vai se aboletar em definitivo na Câmara Alta da República.

Síndrome petista

Parte dos integrantes do Partido dos Trabalhadores padece de síndromes que a ciência ainda haverá de estudá-las no futuro.

O PT dá-se ao trabalho de fritar talvez o quadro mais expressivo do governo Lula, o único ministro capaz de sair em defesa do presidente, de forma mais articulada.

E por que a fritura? Porque Dino, dentre os ministros de Lula, é aquele que de maior engajamento popular e que conquista a simpatia das variadas correntes da esquerda e classe artística.   

O Rei Roberto Carlos veio a São Luís, cantou e encantou e, como sempre, distribuiu rosas vermelhas e brancas para as fãs

Um recado oportuno

Jornalista e cronista política gaúcha das mais talentosas, Rosane de Oliveira, me despertou nesta manhã com este recado:

Quando acordarmos na manhã deste sábado já estaremos na primavera, desde sempre a minha estação preferida. Pelas flores em si, pela brotação das árvores, pelo canto dos sabiás. Desta vez, a primavera está começando em meio ao assombro com as notícias dos últimos dias e as previsões para os próximos. Nunca antes na história deste planeta tivemos um agosto tão quente. Nunca o Rio Taquari foi tão longe na violação de suas margens. Nunca as temperaturas no Brasil foram tão elevadas durante o inverno”. 

Um recado oportuno...2

Continua Rosane: “Os cientistas dizem e repetem que essas mudanças climáticas são consequências do aquecimento global, mas em nome do desenvolvimento os países não querem desacelerar. Estamos sendo avisados por diferentes formas que a natureza tem de se comunicar: as geleiras que derretem no verão e não conseguem se recompor no inverno, a neve que escasseia nas cordilheiras, a terra a ferver (e a espalhar o fogo) na América, na África, na Europa, na Ásia e na Oceania, a falta e o excesso de chuva se alternando”.

Um recado oportuno...3

E vai mais fundo: “O que antes era ficção dos chamados filmes de catástrofe (lembra O dia depois de amanhã?) começa a encontrar conexão com a realidade: os cientistas sendo ignorados, os governos fazendo vista grossa para as alterações climáticas, as consequências batendo à porta quando já não há mais o que fazer”.

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E encerra com uma interrogação desolada: “Será que ainda temos tempo de salvar o planeta? Que ações nos cabem neste mundo como cidadãos? Falo de coisas simples, como plantar árvores, em vez de cortá-las, de separar o lixo corretamente, dar preferência às energias renováveis, economizar água, preservar nascentes, recompor a mata ciliar da beira dos rios e arroios. Ou entramos todos em um pacto global sem medo do carimbo de ecochatos ou deixaremos um planeta em chamas para os que vierem depois de nós”.

Na plateia de Roberto Carlos, Ana Elizabeth Fecury e Fábio Braga com o Repórter PH

 DE RELANCE

Todo Francisco é Chico?

Alguns nomes próprios dão a impressão de virem já com um apelido embutido. É o caso de crianças registradas com o nome Francisco, que quase certamente serão chamadas de “Chico” em alguma fase da vida. 

Mas de onde surgiu este apelido? O nome Francisco vem do latim Franciscus que, por sua vez, vem do nome germânico Frank. A palavra, na verdade, une Franco (que quer dizer “livre”) e o sufixo isk, que é usado para denotar a nacionalidade de alguém. Juntando tudo, Francisco quer dizer “francês livre”.

O nome surgiu no século XIII, com um homem italiano nascido na cidade de Assis. Quando seu filho nasceu, ele, que era um admirador da França, resolveu colocar o nome do filho de “Francesco”. A criança cresceu e se tornou ninguém menos que São Francisco de Assis, o fundador da Ordem Franciscana e santo conhecido por sua humildade e por seu amor aos animais.

Todo Francisco é Chico?...2

Mas engana-se quem pensa que todo Francisco é Chico. Na verdade, este apelido só é comum no Brasil e no Paraguai, e significa “pequeno”.

Em outros países de língua espanhola, Francisco costuma ganhar o apelido de Paco ou Paquito. Já na Itália, as pessoas de nome Francesco podem ser apelidadas carinhosamente de Franco. No francês, o nome aparece pela variante de François (ou Françoise, no caso das mulheres).

A razão do surgimento de Chico é etimológica. Nas línguas oriundas do tupi-guarani, há algumas consoantes que não existem. Por isso, os povos indígenas não conseguiam pronunciar Francisco.

Quando os jesuítas levaram a imagem de São Francisco de Assis até eles, acabavam se enrolando e falando "São Chico", o que acabou pegando.

Todo Francisco é Chico?...3

Mas, além de ser apelido para Francisco, Chico também adquiriu diferentes significados na cultura. Uma forma popular, que parece estar caindo em desuso, é se referir à menstruação como “ficar de chico”. Assim, uma mulher que estivesse menstruada estaria “de chico”.

Nem todo mundo sabe a origem dessa expressão com esse sentido, mas vale saber que ela não é positiva. No português europeu falado em Portugal, que foi onde nasceu esse uso, “chico” é um sinônimo de porco. É daí, por exemplo, que nasce a palavra “chiqueiro”.

Ou seja, a expressão “estar de chico” remete a uma ideia ancestral de que o período menstrual da mulher era considerado sujo, e posto com um impedimento para as relações sexuais.

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A razão desse pensamento tem a ver com os dogmas preconizados pela Igreja Católica, que desencorajava qualquer atividade sexual que não fosse para a reprodução.

Assim, ao fazer circular a ideia de que mulheres menstruadas eram sujas, além de desestimular o sexo, difundia-se a percepção de uma concepção bastante nociva quanto ao corpo feminino como algo inferior e poluído em relação aos homens.

Melhor, então, permanecer com o Chico de Francisco mesmo.

O vereador de Presidente Dutra, André Jardins, na moldura de Keilla Gella (leia-se Fast Frame) e sua mãe, a bioquímica e empresária Nilza Miranda de Melo, ambas da cidade de Tuntum

Novo exame para Alzheimer

Chega ao Brasil nesta semana o exame americano PrecivityAD2, que, a partir de amostra de sangue simples, ajuda a identificar a doença de Alzheimer em estágios precoces.

A iniciativa de colocar o teste no mercado brasileiro é do Grupo Fleury. O procedimento vai custar R$ 3,6 mil e, por ora, não há cobertura dos convênios.

A disponibilidade de um exame de sangue para diagnóstico da doença é importante para tornar esse processo mais acessível. Ele é quase três vezes mais barato que o PET amiloide (exame de imagem), que custa cerca de R$ 9 mil e é considerado o padrão-ouro para a identificação do quadro.

Ao mesmo tempo, é menos invasivo do que o teste de líquor (esse custa ao redor de R$ 3,5 mil), que depende de punção na lombar, ou seja, uma agulha é usada para coletar o líquido da medula espinhal.

– Esse exame é uma análise de proteínas que estão relacionadas à doença de Alzheimer, a beta-amiloide, tau e tau fosforilada. É feito no plasma (do sangue) e com técnica mais recente, que a gente chama de espectometria de massa e é capaz de detectar mínimas variações nessas proteínas – descreve Aurélio Pimenta Dutra, neurologista do Fleury Medicina e Saúde.

Novo exame para Alzheimer...2

Segundo Aurélio Dutra, o que diferencia o PrecivityAD2 de outros testes de sangue já disponíveis no Brasil é a capacidade de captar alterações na tau e também na tau fosforilada.

Os demais exames, explica, focam apenas na beta-amieloide e, por isso, só predizem risco de um quadro clínico estar associado à doença e não têm “capacidade diagnóstica”.

O teste está disponível nas unidades da marca Fleury que ficam no Estado de São Paulo, mas, de acordo com Edgar Gil Rizzatti, representante da empresa, em breve deve chegar a todas as unidades do grupo, inclusive no Maranhão.

O exame pode ser realizado mediante pedido médico, e o resultado é liberado em cerca de 20 dias.

Para escrever na pedra:

“Todos pensam em mudar a humanidade, e ninguém pensa em mudar a si mesmo”. De Leon Tolstói (1828-1910), russo que, além da fama como escritor, tornou-se, na velhice, um pacifista cujos textos e ideias contrastavam com as de igrejas e governos, pregando uma vida simples e em proximidade à natureza.

 TRIVIAL VARIADO

Um ato natural, vital e simples virou artigo de luxo. A velha máxima atribuída a Benjamin Franklin – “time is Money” – está superada. O “novo petróleo” é uma boa noite de sono.

Dormir está cada vez mais difícil. E nunca foi tão necessário e caro. Falta tempo. Sobra ansiedade.

Escrevo enquanto a cidade lá fora dorme – ou revira-se na cama tentando pregar os olhos. Vejo janelas com luzes acesas. Tenho ouvido cada vez mais relatos de gente atormentada pela insônia.

E o que é mais grave: até as crianças andam com problemas para “desligar”. As pessoas não conseguem mais cair nos braços de Morfeu como outrora, e os bocejos prosperam.

A vida atribulada, o sedentarismo, a má alimentação, o estresse e o excesso de telas são armadilhas incontornáveis.

A falta de tempo para uma lista infindável de compromissos e a corrida maluca que inventamos para ganhar dinheiro (e pagar por coisas das quais não precisamos) conspiram contra o repouso.

Não foi à toa que Byung-Chul Han deu o nome de “sociedade do cansaço” à multidão de zumbis que nos tornamos.

Há um livro incrível, de 2019, escrito pelo neurocientista Sidarta Ribeiro, chamado O Oráculo da Noite. Com maestria, o pesquisador apresenta uma história da mente humana que tem o sonho como fio condutor.

Sidarta explica que, despertos, vivemos sobretudo “fora da mente”, porque nossos atos e percepções estão ligados ao mundo além de nós. É dormindo que experimentamos o curioso estado de “viver para dentro”, tão essencial à saúde física quanto à mental.

Para muitos, o sono se apresenta como uma “não vida”, uma pequena morte cotidiana, ainda que isso não seja verdade. O professor lembra que Hipnos, o deus grego do sono, é irmão gêmeo de Tânatos, deus da morte, ambos filhos da deusa Nix, a noite. Definido como “transitório e em geral prazeroso”, Hipnos é profundamente necessário.

Só que, como tudo na vida, a humanidade subverteu até mesmo o ato de cochilar. A falta de tempo para adormecer e sonhar, na avaliação do autor, é crucial para explicar o mal-estar permanente da civilização contemporânea.

Hoje, a Confraria do Mocotó, presidida por Maurício Macedo, volta a se reunir para saborear o delicioso prato que é servido no restaurante Cabana do Sol, da Ponta do Farol, sempre aos sábados.

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