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Pergentino Holanda
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Pergentino Holanda

PH Revista: Luanne Holanda brilha na nossa capa

E mais: Existencial de Agosto, 50 anos depois

PH

Atualizada em 26/08/2023 às 11h25
Digital influencer mais bonita, mais charmosa e mais elegante do Maranhão, a jovem e bem antenada Luanne Holanda é o destaque de capa da edição do PH Revista deste fim de semana

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Nova Idade de Marcone Rocha

O engenheiro Marcone Athayde Rocha e sua esposa Kátia, mais as filhas Ana Clara, Daniella e Camilla (com o marido Carlos Eduardo Bandeira) foram os corretos anfitriões da última terça-feira, no sempre charmoso e agradável bistrô Grand Cru, para um jantar regado a ótimos vinhos e com a presença de amigos muito especiais.

Numa noite em que circularam no local muitos nomes que dão charme e prestígio aos ambientes sociais da cidade, os Rocha proporcionaram uma noitada muito agradável, com a boa música de Adriana Bonsaito e o correto serviço da casa.

 

Marcone Rocha e Kátia com as filhas Ana Clara, Daniella e Camila (esta, com o marido Carlos Eduardo)

DE RELANCE

Existencial de Agosto, 50 anos depois

Assim como toda família espera a primeira palavra com o coração na mão de tanta ansiedade, no jornalismo fomos empurrados para a criação de um estilo, ou seja, a linguagem conquistada com esforço, diante de uma plateia de leitores radicais, os colegas da redação. Foi nessa luta com a primeira palavra que inaugura um texto para se destacar do rebanho, e que define uma identidade sem esperança de que ela terá permanência, que trafeguei entre jornalismo e literatura, como vasos comunicantes que jamais se negam.

Era a maneira de encarar os dois ofícios como um só, limpando de cada trabalho toda a veleidade que transforma sonho em papel datado.

Existencial de Agosto, 50 anos depois…2

Durante esta última semana de agosto, fui, mais uma vez, poeta o tempo inteiro, cada minuto de Lua, cada porção do teu cheiro. Diga que sim. É a única forma de haver poesia.

Em 23 de agosto de 1973, lancei o meu primeiro livro de poesias, “Existencial de Agosto”. A capa era do Endros Nagy Lajos. O prefacio foi de Nauro Machado. As orelhas do Pe. João Mohana, Jomar Moraes e Fernando Braga, todos já falecidos. Um quinteto que só existe na saudade e como retratos na parede, como diria Drummond.

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Não há como esquecer daquela noite de Lua Cheia, Erasmo Dias discursando com sua voz rouca e sábia. Murilo Ferreira também. Josué Montello e João Mohana no meio da multidão. A Fonte do Ribeirão jorrava ritmos na crônica do José Chagas para pedir desculpas por não ter comparecido por problemas de última hora. “Não juro em nome da Lua que é inconstante, mas em nome da Poesia que é fiel e eterna”, se desculpou pela ausência sentida.

Saí da Fonte sem um livro nas mãos. Compraram todos. Autografei muitos. Depois escrevi para Virgínia, que também não foi. E lhe disse: visitei tua galeria. Sempre te achei uma pintura. Melhor não mexer com as curvas. Elas se encrespam quando você não alisa. Deixei em meu lugar a poesia. É o melhor de mim, para você.

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Pensei, em vão, que ela tivesse desistido de mim. Cada barco seguindo seu rumo. Eu prefiria assim. Consegui ser seu em minha fantasia. Ela sentiu medo, é natural. Se arrependeu como uma neblina. Fui a gota de chuva em sua língua.

Ela levou os versos que guardei para o inverno. Agora senti frio, sem verbo. Procurei nos pássaros o assobio noturno. O que te atrai em ruas encardidas. Somos poucos, em rodízio. Amargamos a solidão do clima. Pode ir agora, já dissolvi a banda. Vê se não desmorona, meu encanto, clamei. Repartimos momentos. Todos para ela, eu fiquei só olhando-a. Não a chamei de querida, não éramos tão íntimos. Mas de musa, de outra vida. Não posso deixar de dizer, mesmo que queira. Temo esquecer o que te beija.

Abordo tuas personagens. Mas quero tocar a intenção que faz a arte. Não esqueça. Hoje é dia de pegar o que desejas. Esse último eu solto na beira. Jogo na primeira base. Não para fazer pontos, mas porque ali te abres. Se a fonte da tua beleza molhar meu beijo, tudo o que eu disser será eterno. Não podes escapar, clássica. Sou o historiador da tua arte.

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Invente o espaço onde me queiras. Que lá já estou, divina. Teu rosto é molde de deusas. O Olimpo está cheio de tuas curvas. Habito o sonho em que estamos juntos. Não se afaste nem por um minuto. Pena não sermos as criaturas que imaginamos. Não outra pessoa, mas contigo pendurada no meu ombro.

Sei que te recolheste, me deixando na sombra. Mas tenho a memória da tua imagem no espelho. Lá mora a luz, amante. Saciada, repousas. É quanto te atinjo ao meio

Sobreviver foi o erro. Deveria estar preso no século eterno. Mas cruzei o umbral e eis-me no ermo, a solidão do futuro. Sobreviventes não merecem homenagens. Principalmente se estiver pronto para o bote do poema. Não me lembre, não sou poeta póstumo. Nasço amanhã, quando estiveres a postos.

Ressaca da Lua. Balada do sábado foi super. Hoje ela está anônima no céu. Pediu auxílio às nuvens.

A segunda edição, 50 anos depois da primeira, de meu livro de estreia na literatura, agora com o título de “Existencial de Agosto & Outras Viagens Poéticas”

Juízo

Inquieto-me: por quê se multiplicam 'igrejas', 'templos', 'terreiros'? Esta crença? Aquela outra?

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São tantas e tantas que se perde a conta, enquanto o povo procura alguma coisa que ainda não encontrou.

Talvez, porque antigamente, todos os caminhos levavam a Roma.

Hoje, o chavão é outro: 'Com dinheiro se vai ao céu. Somente com dinheiro.' Quase pergunto por que o governo não se mete e não acaba com a festa? Desisto.

Pensando bem, falariam na Constituição, nos direitos, na cidadania, na liberdade de culto e religião.

Mudo de canal. É outro 'pastor'.

O busto de Nefertiti

Há pouco mais de 100 anos, mais precisamente em 1912, uma expedição de arqueólogos alemães, a Deutsche Orient-Gesellschaft, sob a direção de Ludwig Borchardt, encontrava em Amarna, no Egito, no ateliê do importante escultor do reinado de Akhenaton, Tutmés, uma das peças artísticas que carregam das maiores auras na atualidade: o busto de Nefertiti, um dos bustos mais fascinantes do mundo. Nefertiti (na foto acima) é uma escultura de calcário de cerca de 3,4 mil anos, com 49 centímetros de altura, que teria sido criada pelo escultor Tutmés por volta do ano de 1345 a.C.

Ele está para o Neues Museum (o nome em alemão para o Novo Museu ou Museu Egípcio) assim como a Mona Lisa está para o Museu do Louvre, em Paris.

A imagem representa a rainha egípcia que foi esposa do faraó Akhenaton e só foi localizada em 1912. Desde então, o que torna a obra tão especial e chamativa é o seu colorido, único neste estado de conservação, o que confere ao retrato uma vitalidade incomparável.

O exército de terracota

Foi uma das grandes descobertas do século 20, feita por acaso, em 1974, por agricultores que cavavam poços na província de Xian, na China.

Sob o solo, eles encontraram o mausoléu do imperador Qin Shi Huang, que viveu entre os anos de 260 e 210 antes de Cristo.

O local – uma majestosa pirâmide subterrânea – é guardado por um exército esculpido em terracota (foto).

São mais de 8 mil guerreiros com armas de bronze, 520 cavalos e 130 de carruagens, tudo feito de forma artesanal, em tamanho natural.

Cada peça é única, traz uma beleza enigmática e eleva a arte funerária a um novo patamar.

 

A beleza enigmática do exército de terracota

Para escrever na pedra:

“A saudade é uma tatuagem na alma: só nos livramos dela perdendo um pedaço de nós.“ De Mia Couto, grande escritor moçambicano.

 TRIVIAL VARIADO

 O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria na tarde de sexta-feira para reconhecer a omissão do Congresso em não regulamentar a representação de cada Estado na Câmara.

O número de cadeiras (513) permanecerá inalterado. O que mudará é a quantidade de deputados por Estado. O critério para a revisão deve ser o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Constituição prevê que o número de parlamentares eleitos por unidade da federação deve variar entre oito e 70, mas a quantidade de cadeiras por Estado não é atualizada desde 1993.

Com base no Censo de 2022, 14 Estados podem sofrer variação no tamanho das bancadas na Câmara. No caso do Maranhão, não deverá sofrer alteração.

A Expoema 2023, maior evento do agro maranhense começa no da3 de setembro mirando bons resultados, de público e de faturamento. Queda de preços e dificuldade de crédito são obstáculos para os negócios. |

 

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