Caso emblemático

Assassinato de Ângela Diniz vai virar minissérie

Obra contará a história de um caso que mobilizou as atenções do país nos anos 1970.

Evandro Júnior / Na Mira

Atualizada em 22/03/2023 às 08h56
Atriz Marjorie Estiano vai interpretar Ângela Diniz (Foto: Divulgação)

Um dos casos mais famosos de “true crime” brasileiro, o assassinato da socialite Ângela Diniz, que mobilizou as atenções do país nos anos 1970, vai virar minissérie. 

O projeto começou de forma independente no ano passado, com produção da Conspiração Filmes e a definição dos principais envolvidos nas gravações, que vão marcar um reencontro entre o diretor Andrucha Waddington, criador de “Sob Pressão”, com a estrela daquela série, Marjorie Estiano. A atriz vai interpretar Ângela Diniz, morta em 1976 pelo marido, Doca Street.

A morte de Ângela Diniz foi um divisor de águas no movimento feminista e no Direito brasileiros. Durante o julgamento de Doca, que deu quatro tiros no rosto da companheira, durante uma discussão do casal na Praia dos Ossos, em Búzios, Rio de Janeiro, a defesa alegou “legítima defesa da honra” para tentar absolvê-lo do caso. Ele alegou ter matado “por amor”.

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O argumento gerou polêmica. Militantes feministas organizaram um movimento cujo slogan – “quem ama não mata” – tornou-se, anos mais tarde, o título de uma minissérie da Globo.

Até o grande poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) se manifestou. “Aquela moça continua sendo assassinada todos os dias e de diferentes maneiras”, disse sobre a estratégia da defesa de culpar Ângela Diniz por seu próprio assassinato.

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