COLUNA
Pergentino Holanda
O colunista aborda em sua página diária os acontecimentos sociais do Maranhão e traz, também, notícias sobre outros estados e países, incluindo informações das áreas econômica e política.
Pergentino Holanda

Volta de Gisele Bündchen

Mais: Vem aí a 31ª edição do Almoço do PH Revista.

PH

Atualizada em 02/05/2023 às 23h36
A uber model Gisele Bündchen está voltando em grande estilo à cena fashion

 Volta de Gisele

“Ela voltou, e com tudo!”. Essa é a frase que define o clima atual nos bastidores da moda, e no caso com relação ao retorno triunfal da brasileira Gisele Bündchen à cena fashion como estrela de uma campanha global de uma grande maison.

Afastada parcialmente do métier desde 2015, quando se aposentou das passarelas para dedicar a maior parte de seu tempo aos filhos e ao então marido, Tom Brady, a top das tops passou esses 8 anos na expectativa de que o astro do futebol americano fizesse o mesmo, mas como desse mato não saiu coelho os dois acabaram se divorciando.

E agora La Bündchen ressurgiu como uma das estrelas da Louis Vuitton, marca de luxo para a qual já prestou serviços no passado e que acaba de lançar uma colaboração com a artista plástica japonesa Yayoi Kusama, que aos 93 anos continua produzindo como nunca.

Se reinventar é preciso

Reencontros à parte, não foi só Bündchen que entrou em ritmo de revival nessa.

É que, exatos 11 anos depois de desenhar seus icônicos poás sobre o igualmente icônico monograma da LV, na época sob a direção de Marc Jacobs, a nonagenária Kusama voltou a colaborar com a gigante francesa, que desde sua fundação, em 1854, tem por costume convidar grandes nomes do universo artsy para dar um novo visual – ainda que provisório – aos seus produtos mais famosos.

Porque se reinventar é preciso, como Bündchen bem deve saber.

Kosama e o PH Revista

Para quem tem memória curta, vale lembrar que a obra de Yayoi Kusama serviu de inspiração para a designer Cintia Klamt Motta criar a decoração da 25ª edição do almoço do PH Revista, realizado em 2014.

Nessa edição, Cintia executou, mais uma vez, com sua marca de arrojo e requinte o layout da festa carnavalesca oferecida por este Repórter PH e que foi suspensa nos últimos dois anos, 2021 e 2022, por causa da pandemia da Covid-19.

O trabalho da artista japonesa Yayoi Kusama se tornou mais conhecido do grande público desde que sua exposição “Obsessão Infinita” começou a rodar os principais museus do Planeta (inclusive no Brasil) e que inspirou uma coleção para a Louis Vuitton.

31ª edição do Almoço do PH Revista

Agora em 2023 o Almoço do PH Revista volta em grande estilo, com sua 31ª edição, no dia 11 de fevereiro (sábado), num dos endereços de maior charme e glamour de São Luís: o Palazzo Eventos.

Para essa tarde/noite de Beleza e alegria, reunindo o creme do creme da sociedade maranhense, a designer Cintia Klamt Motta está criando uma decoração inspirada na arte e na magia da cultura mexicana.

É claro que ela dará ênfase a outro ícone das artes plásticas e um dos nomes mais expressivos da moderna pintura latino-americana: Frida Kahlo, nascida na primeira década do século passado, no México.

Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón ficou mais conhecida pelos seus muitos retratos, autorretratos, e obras inspiradas na natureza e artefactos mexicanos.

MEI e aumento de taxa

Passa a valer em fevereiro o novo valor da taxa paga mensalmente pelos cerca de 14 milhões de microempreendedores individuais (MEI) do País como contribuição para a Previdência Social.

A nova taxa será de R$ 66. O percentual de aumento de 8,91% é o mesmo concedido ao salário mínimo, que passou de R$ 1.212 para R$ 1.320 este ano.

Os boletos de janeiro seguem com o valor antigo: R$ 60,60.

No centro das discussões

A Amazônia começa o ano no centro das discussões sobre seu importante papel na questão da mudança climática.

Em seu discurso de posse, a ministra Marina Silva, que volta à pasta, confirmou que vai criar a autoridade para a mudança climática do Brasil, área para a qual um dos nomes indicados deve ser o da bióloga Izabella Teixeira, que também foi ministra do Meio Ambiente no governo de Dilma Rousseff, e hoje é copresidente do Painel de Recursos Naturais da Organização das Nações Unidas (ONU).

A aposta no nome de Izabella é feita por muitos analistas políticos, pela proximidade dela com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

BC faz alerta de golpe

O Banco Central emitiu alerta de golpes usando o nome da instituição. Os golpistas entram em contato com pessoas e informam que elas têm valores a receber, enviam link para ser acessado e receber o dinheiro imediatamente via Pix, mas a ação acaba abrindo portas para que os criminosos furtem senhas das redes sociais e instalem vírus e programas espiões que permitem, por exemplo, capturar dados bancários.

“O Banco Central não envia links, nem entra em contato com você para tratar sobre valores a receber ou para confirmar seus dados pessoais”, alertou o banco em sua página oficial.

 

A maranhense Sônia Guajajaras decidiu adiar sua posse no ministério de Lula

Posse de Sônia adiada

Prevista para esta terça-feira, a posse da titular do recém-criado Ministério dos Povos Indígenas, a maranhense Sônia Guajajara, precisou ser adiada por causa dos atos em Brasília, domingo.

Não há informações precisas sobre o tamanho do estrago provocado na sede do Poder Executivo, mas imagens divulgadas pelos próprios autores dos atos, nas redes sociais, mostram um cenário de destruição, com móveis e janelas e luminárias quebradas e salões alagados.

Não há nova data para a cerimônia.

DE RELANCE

Sarney Filho saiu antes da tragédia

O ex-ministro Sarney Filho, que até o começo deste mês era secretário do Meio Ambiente do Distrito Federal, deixou o governo Ibaneis Rocha na semana passada, para tratar de assuntos particulares.

Ou seja, ele saiu bem antes dos lastimáveis atos de violência contra o patrimônio público que ocorreram domingo em Brasília.

Esses fatos, aliás, receberam total desaprovação por parte do ex-secretário do DF.

Sarney Filho deixou a equipe de governo do Distrito Federal bem antes dos atos violentos do ultimo domingo

As marcas da violência

Leitor desta coluna que visitou os locais invadidos no domingo pela turba de vândalos, em Brasília, conta que no fundo do mostruário do Museu do Senado Federal, depositada na diagonal, a Constituição do Brasil repousa amassada, com páginas dobradas e com um pedaço pontiagudo de vidro sobre sua capa.

A Carta Magna resistiu. Foi poupada da água, quando os splinkers foram acionados no interior do prédio do Congresso Nacional, encharcando obras de arte, tapetes e móveis do Senado Federal.

O rastro de destruição: alguns quadros dos presidentes da Casa, do Império à República, estavam pelo chão. Os rostos estavam separados das molduras. Em outro canto, o brasão dourado da República foi partido em três.

As marcas da violência…2

Praticamente todos os vidros da frente do Congresso foram danificados. Em algumas janelas, é possível passar do interior do prédio para a área externa sem maiores dificuldades.

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Circular pela frente do Congresso permite reconhecer cenas do dia anterior, quase como um dejá vu. Ali, radicais desfilaram a ira que envergonhou a nação.

Na chapelaria, não há sequer um vidro inteiro. Estão estilhaçados, tornando a caminhada perigosa.

As marcas da violência…3

No interior do Congresso, as marcas da ação dos vândalos estão nas paredes espelhadas aos pedaços e na terra retirada das folhagens e espalhada pelo tapete do Salão Azul, tradicional ponto de articulações entre senadores em dias de votação.

No plenário, símbolo maior da Câmara alta do parlamento, ativistas brincaram de escorregar sobre a bandeira brasileira pintada sobre o carpete. Centenas de garrafas d´água acumuladas pelos cantos, mais vidros quebrados e muito lixo.

Havia também camisetas e moletons perdidos sobre os assentos dos senadores ou as placas indicativas de seus nomes. Ali, pelo menos 30 ativistas foram detidos pela Polícia Legislativa.

As marcas da violência…4

Próximo à mesa do Senado, uma estátua de mulher negra, aparentemente presente de um governo africano ao Congresso brasileiro, ficou danificada. Às pressas, no butim que se abateu sobre os três principais prédios da República, alguém a esqueceu sobre o púlpito. Ou não reconheceu seu devido valor e sua intenção era apenas destruí-la.

Na Sala Senador Luiz Henrique da Silveira, onde parlamentares costumam fazer a pausa para cafezinho, uma trincheira foi erguida com mesas e cadeiras impedindo o acesso ao resto do Salão Azul. Não se sabe por quem.

As marcas da violência…5

Perto dali, no Palácio do Planalto, o cenário não era muito diferente. Mas o sentido de urgência prevaleceu na sede do Executivo: trabalhadores acelerados limpavam a rampa com água e sabão, enquanto operários colocavam ao chão o que sobrou de vidros estourados.

Cada estrondo das enormes vidraças que cairam ao chão ainda ecoa pela Praça dos Três Poderes esvaziada. O Comitê de Imprensa fora poupado, mas a sala dos fotógrafos foi arrombada. Equipamentos foram levados, e, em mais uma marca do domingo insano, ativistas defecaram no local.

Agora, tudo está limpo, mas faltam HDs, equipamentos fotográficos e computadores que foram roubados.

As marcas da violência…6

Além da destruição parcial da estrutura de prédios históricos de Brasília, no domingo, os extremistas também danificaram obras de arte guardadas nos três poderes e expostas ao público.

Trabalhos de artistas foram deliberadamente atacados pelos radicais. Obras entregues como presentes aos três poderes por lideranças e representantes de outros países também foram destruídas.

Entre o patrimônio público e histórico destruído pelos que invadiram os três poderes, uma das perdas chama atenção pelo simbolismo: a perfuração – a estocadas – da obra As mulatas, de Di Cavalcanti.

Registre-se que uma das mulatas preferidas por Di Cavalcanti para posar como modelo de suas obras era Marina Montini, que se tornou grande amiga deste Repórter PH e até desfilou uma coleção de moda em São Luís, atendendo a um convite nosso. Ela morreu em março de 2006.

As marcas da violência…7

Ícone do modernismo da década de 1920 no país, Di Cavalcanti (1897-1976) foi um pintor do povo. Ao longo de sua trajetória, o carioca retratou um Brasil miscigenado e popular, mirando na construção de uma “arte nacional”, identificada com a realidade brasileira.

Nos traços de Di Cavalcanti, a estrela é o Brasil das favelas, das pessoas negras e mulatas, dos operários, dos candangos, do samba e do carnaval. Nas tintas de cores fortes, havia compromisso social e uma posição política bem definida.

Por mais que alguns detestem Di Cavalcanti, ele marcou a história da arte brasileira contemporânea e levou o nome do país aos principais centros de arte do mundo.

Não bastasse isso, o painel deflorado no Palácio do Planalto é patrimônio público estimado em milhões de reais – a título de comparação, em 2019, um outro mural do autor, intitulado Bumba Meu Boi (inspirado na dança maranhense que é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade), foi avaliado em R$ 20 milhões em uma feira de arte em São Paulo.

As marcas da violência…8

Ao invadirem o Supremo Tribunal Federal (STF), os vândalos pegaram uma réplica da Constituição de 1988, exposta no Salão Branco da Suprema Corte. O exemplar original, segundo o STF, está guardado no museu do órgão.

O brasão da República do plenário do STF foi removido do local e levado para fora do prédio.

Muitas telas foram destruídas ou pichadas pelos vândalos. O Relógio de Balthazar Martinot, peça do Século 17 que foi presenteado pela Corte Francesa a Dom João VI, foi destruído.

TJMA subscreveu nota

O Tribunal de Justiça do Maranhão subscreveu a nota pública do Conselho de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil em repúdio ao que classificou de “atos violentos”.

“Manifestações políticas pacíficas fazem parte da democracia, mas vandalismo e destruição do patrimônio público é crime e os responsáveis devem ser identificados e responder com o rigor da lei”.

A nota foi assinada pelo presidente do Conselho, José Laurindo de Souza Neto, após consulta aos chefes dos Tribunais em todos os Estados brasileiros. 

 

Oftalmologista dos mais aplaudidos desta Capital, Fábio Lúcio dos Santos em pintura recente feita por um artista de São Paulo

Para escrever na pedra:

“A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”. De Jean-Paul Sartre.

TRIVIAL VARIADO

Apesar de incertezas, dólar encerra 2022 com o maior saldo de entradas no país em sete anos. Expectativa de retorno para investimentos em ativos socioecológicos devem dar novo impulso à moeda estrangeira, facilitar viagens e retirar pressões adicionais sobre o preço dos alimentos.

Para 2023, os atos violentos em Brasília no domingo (8) acrescentam componente extra às incertezas, mas, na avaliação de analistas, não devem comprometer uma série de expectativas que já pairam no horizonte dos investidores.

Um dos analistas anota que volumes elevados de dólares na economia ajudam a valorizar o real e a reduzir a precificação local da moeda estrangeira.

Pais e mães têm reclamado da alta excessiva nos preços dos materiais escolares. A ordem é pesquisar. Leitora da coluna conta que, de um estabelecimento para outro, a diferença de preços pode chegar a até 50%.

Crianças de cinco a 11 anos que tomaram a segunda dose da vacina contra a covid-19, há mais de quatro meses, devem tomar a terceira dose a partir de hoje.

Aliados já cobram a demora de escolhas no segundo escalão de Lula. Correios, Iphan, INSS, Incra e agências reguladoras esperam.

Anvisa veta pomade. Explico: a venda e a fabricação do produto para trançar cabelos Cassu Braids estão proibidas, após casos de irritação nos olhos.

 

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