PH Revista: História de amor duradoura
Mais: Os croatas eram favoritos
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O destaque da CAPA
Um romance que dura mais de 70 anos sempre pede flores. E é destaque de capa do PH Revista deste fim de semana.
Foi com um buquê de flores que o ex-presidente José Sarney, 92 anos, homenageou sua amada Marly Sarney no dia em que ela comemorou seus 91 anos.
Tudo muito intimista e de acordo com o estilo de vida desse casal maranhense que é o mais vitorioso da nossa História.
E agora, Brasil?
Para os adoradores da estatística, o goleiro croata fez quatro ou cinco grandes defesas e só o Brasil teve chance nos 90 minutos. Para esta mesma estatística, a Croácia só teve uma chance em 120 minutos e, ao convertê-la, tirou o sonho do hexa dos brasileiros.
Nos pênaltis, os jogadores já entraram derrotados. O emocional foi ao chão, o gol croata restou como penúltimo lance do jogo. Não havia tempo hábil de resgate. Coletivamente, enquanto com pernas, a Croácia amordaçou o Brasil por um tempo inteiro.
No segundo tempo, as trocas do Tite funcionaram, a criação aconteceu, mas o desperdício gritou. Na prorrogação, só houve o lance antológico de Neymar e seu golaço. Depois, uma exaustão emocional que rendeu o erro brasileiro não forçado no campo croata, o chute desviado em Marquinhos e o fim.
O Brasil tinha boas ideias e bons valores. Um extraclasse. Não chegou a ser um crime a eliminação brasileira. Era a vice-campeã mundial do outro lado.
Mas o ciclo fechou. Com outro técnico e provavelmente sem Neymar, o Brasil vai começar de novo.
Quartas de cinzas
Com esse título, o poeta e cronista Carpinejar foi preciso: “Não procure culpados. Não procure vilões. O futebol é exato. O futebol não permite distrações ou relaxamentos. O futebol derruba unanimidades e instaura mitos improváveis em minutos”.
Realmente, a devastação que todo brasileiro sente com a desclassificação da Seleção diante da Croácia é a prova da força desse matemático e insano esporte coletivo. Um coliseu de zebras, não leões, esses animais subestimados que correm 65 km/h como cavalos incansáveis.
Uma disputa racional, cerebrina, de sangue-frio, de concentração, de foco, de semideuses despidos pela soberba.
O fato de a Croácia ter empatado nos últimos minutos da prorrogação concedeu a ela a vantagem nos pênaltis. Obteve a superioridade emocional da redenção súbita.
Os croatas eram favoritos
É assim sempre que o Brasil entra em campo em Mundiais: é o favorito. Para os brasileiros – que acham sempre que será um passeio até à final – e para os amantes do futebol no planeta, que acham sempre que a equipe com os melhores jogadores, com mais talento para jogar a bola, acaba sempre ganhando.
Mas se já se quebrou a grande regra de que o futebol são 11 contra 11 e no fim ganha a Alemanha, ninguém se lembra que o Brasil não ganha nada desde 2002 e, desde aí, tirando o Mundial em casa em que chegou às quartas de final (mas perdeu 7x1 para a Alemanha), ficou-se sempre pelas quartas de final. Desta vez, voltou a ser assim.
Ou seja, todo o entusiasmo em relação ao Brasil, assenta num passado glorioso que distrai do presente sofrível. O certo é que nos últimos 20 anos, nossa Seleção nunca conseguiu nada que justifique os píncaros de entusiasmo cada vez que se aproxima um Mundial, nem a profunda depressão quando os resultados não correspondem ao grau de euforia.
O Brasil não percebeu
A Seleção Canarinho pode ser a que pratica o melhor futebol, mas nem sempre quem tem o melhor futebol, ganha. Veja-se a Seleção de 1982, que encantou o mundo e terminou vergada pela capacidade de resistência italiana e o hat-trick de Paolo Rossi (são minhas primeiras memórias de um Mundial, que acompanhei pela TV, em Paris, e como me entristeceu que Sócrates não tivesse chegado mais longe).
E as últimas décadas seriam razão suficiente para assumir o jogo de ontem contra a Croácia de outra maneira.
Em primeiro lugar, porque o Brasil chegava às quartas-de-final, que têm sido nas últimas duas décadas a sua barreira de som. Em segundo, porque todo mundo se esqueceu que do outro lado estava a Croácia. Uma seleção que é mais que as suas camisas xadrezes. É a vice-campeã da Europa e do mundo, liderada por um capitão que foi Bola de Ouro em 2018 e, ao contrário do que se poderia pensar, ainda continua, aos 37 anos, senhor das suas extraordinárias capacidades futebolísticas.
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A derrota começou a se desenhar para os brasileiros, ao acreditar que o sorteio lhes havia posto uma porta aberta para as semi-finais e que só faltava fintar o porteiro croata.
O gol de Neymar na prorrogação permitiu o suspiro de alívio para os que não acreditavam em outro resultado (chegava tarde, mas vinha apenas confirmar o prognosticado); o empate de Petkovic a três minutos do fim veio como demonstração: alguém pode ser vice-campeão mundial por sorte; ninguém é vice-campeão europeu e mundial sem qualidades.
Quando chegaram aos pênaltis, os brasileiros estavam aturdidos pela realidade; os croatas mantinham-se croatas, crentes em si próprios, sólidos, lutadores, concentrados, focados e inspirados por um grandioso capitão.
Portugal pode ser o azarão
Em relação aos brasileiros, os portugueses têm, agora, uma enorme vantagem para enfrentar os croatas (se ambos conseguirem superar os seus adversários até chegar à final).
É que nesse caso a Croácia é forçosamente a favorita: perdeu duas finais consecutivas de grandes certames e é a última oportunidade para Modric ganhar um grande título de seleções.
E Portugal gosta mesmo é de ser o azarão.
Roubo no Casarão de Genu
Os piauienses despertaram ontem com uma dupla ressaca: a eliminação da Seleção do Brasil na Copa do Catar e o roubo no casarão histórico que pertencia a Genu Moraes, de onde foram levados diversos objetos da escritora, jornalista, cerimonialista e importante personalidade da política e da sociedade piauiense que morreu em 2015 aos 87 anos.
A família ainda está contabilizando o que foi levado pelos bandidos, mas verificou inicialmente a ausência de alguns objetos de grande valor histórico e afetivo, como um faqueiro de prata, quadros e a coleção de chapéus de Genu Moraes.
“É um pedaço dela que tiraram da gente. Levaram os chapéus, que é uma coisa que ela gostava tanto. Objetos e antiguidades dela que estavam ali. É uma grande tristeza saber que não podemos ter mais nem as recordações dos nossos entes queridos que vem bandidos e arrancam da gente”, disse a filha, Lydia Moraes, que mora no Rio.
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Revoltada com a situação, Lydia Moraes afirmou que os pertences da mãe guardam a história do prédio e da família. Ela cobra mais segurança nas ruas do Centro de Teresina e mantém esperança de recuperar pelo menos a coleção de chapéus e o quadro da avó.
“São lembranças. Minha mãe nasceu naquela casa e ela dizia que só saía de lá para o cemitério. Ali tem coisa desde que meu avô construiu a casa, antes dela nascer. Ela nunca jogou fora nada. A gente achou um cartão do meu avô convidando minha avó para ir ao cinema. Eu adoraria poder reaver pelo menos os chapéus de volta”, concluiu Lydia.
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Genu Moraes era filha do ex-governador Eurípedes de Aguiar (1916-1920), nascido em São José dos Matões, no Maranhão.
Extrovertida, Genu Moraes foi a primeira mulher a ter carteira de motorista no Piauí. Na década de 1940, tomou gosto pela política. Anos mais tarde, já casada com Antonio Moraes Correia e morando em São Luís, encontrou outra paixão: o jornalismo.
Dividindo-se entre a política e o jornalismo, foi eleita vereadora desta Capital, com votação recorde para a época.
No início da década de 1980, ficou viúva após o marido sofrer um AVC. Em 1987, a convite do governador Alberto Silva, assumiu a chefia do cerimonial do Palácio de Karnak. E exerceu o cargo também a partir de 1995, quando Mão Santa administrou o Estado.
DE RELANCE
Novo fármaco mais caro do mundo
O fármaco Hemgenix foi recentemente aprovado pela autoridade que regula os medicamentos nos Estados Unidos (a FDA) e tornou-se também o novo medicamento mais caro do mundo.
Custa 3,5 milhões de dólares (18,3 milhões de reais) e servirá para tratar adultos com hemofilia B.
O fármaco, para quem não sabe, é o princípio ativo do medicamento, ou seja, é a substância que garante o efeito esperado da fórmula, aquela que vai garantir a ação terapêutica.
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“A terapia genética para a hemofilia tem estado nos planos há mais de duas décadas. Apesar dos avanços no tratamento de hemofilia, a prevenção e tratamento dos episódios de hemorragias podem afetar negativamente a qualidade de vida dos indivíduos”, afirmou em comunicado Peter Marks, diretor do Centro para Investigação e avaliação Biológica da FDA, a propósito da aprovação do Hemgenix em novembro.
“Agora a aprovação dá-nos uma nova opção de tratamento para doentes com hemofilia B e representa um importante progresso no desenvolvimento de terapias inovadoras”.
Doença hemorrágica
A hemofilia é uma doença hemorrágica que pode ser hereditária ou resultar de uma mutação genética espontânea.
Trata-se de uma deficiência no processo de coagulação do sangue, que é mais demorado ou inexistente, provocando hemorragias frequentes, principalmente a nível das articulações.
Existem dois tipos de hemofilia de acordo com o tipo de fator da coagulação diminuído, o fator VIII no caso da hemofilia A, e o IX, na hemofilia B.
Para o tratamento do último tipo, a FDA autorizou o Hemgenix, que é um vetor viral adenoassociado.
É administrado por injecção e, uma vez introduzido, leva ao organismo de pessoas com hemofilia B um componente sanguíneo que lhe falta.
Menos tributos sobre o consumo
A Federação Nacional dos Servidores das Fazendas estaduais entregou ontem a carta sobre a “Reforma Tributária Solidária” ao coordenador dos grupos técnicos do Gabinete de Transição do governo eleito, Aloizio Mercadante.
A “Carta ao Presidente da República, Parlamentares e Sociedade” defende. entre outros pontos, a diminuição dos tributos sobre o consumo, o alívio da carga de impostos que pesa sobre os mais pobres.
Os melhores do planeta
A revista internacional de turismo Condé Nast Traveller, divulgou os vencedores de 2022 do prêmio Readers’ Choice Awards, com os melhores resorts do planeta.
Entre os 20 mais, três brasileiros.
São dois na Bahia, o Uxua Casa Hotel & SPA e o Fasano, ambos em Trancoso, Porto Seguro, e o Fasano de Porto Feliz, São Paulo.
O Chef suíço Daniel Romy está comemorando o sucesso do seu aplaudido Menu Degustação do seu bistrô Chez Romy, de quarta a sábado
Os sinais de Lula
Não houve novidades no anúncio dos cinco primeiros nomes do ministério de Luiz Inácio Lula da Silva, tanto que já era possível confirmar Fernando Haddad, Flávio Dino, Rui Costa, José Múcio Monteiro e Mauro Vieira antes mesmo de o presidente eleito chegar ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
Por isso, o mais importante são os sinais que Lula emite ao fazer o pronunciamento uma hora e quinze antes do início do jogo da Seleção Brasileira na Copa.
E esses indicadores apontam para os dois mais sensíveis ministérios: Fazenda e Defesa.
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Primeiro dos novos ministros a ser anunciado no palco, no final da manhã de sexta-feira, Fernando Haddad liderará a Fazenda desmembrada do “superministério” de Paulo Guedes (com Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Planejamento, Orçamento e Gestão separados).
Para um presidente cujo princípio da confiança é valor fundamental, o ex-prefeito de São Paulo chega à Esplanada tendo passado por semanas de testes.
Ei-los: COP-27, no Egito, viagem a Portugal, hard talk com a Febraban e pelos corredores de Brasília.
Ministro desde o início
Flávio Dino talvez seja o único que entrou na transição ministro e sairá dela como tal. Era tido como certo na Justiça e Segurança Pública.
Por enquanto, o ministério não será dividido, mas Lula sinalizou que pode fazê-lo.
O ex-governador do Maranhão e senador eleito terá como um dos desafios revogar os decretos que facilitaram compra e porte de armas.
Na saída do CCBB, confirmou ter indicado a Lula o nome do delegado gaúcho Andrei Rodrigues, chefe da segurança do presidente eleito, para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal (PF).
Luciano Gomes está em Minas Gerais curtindo a temperatura amena e a programação de Natal da cidade histórica de Tiradentes
Projeto de marketing educacional
O Acervo Público do Estado do Maranhão (APEM) guarda preciosidades sobre a cultura e a história do estado.
Para divulgar esse tesouro, estudantes do curso Assistente Administrativo do SENAI Monte Castelo, em São Luís, pesquisaram sobre o Acervo, os métodos de restauração e guarda de documentos, além de produzirem vídeo, maquete e um plano de negócios para divulgar o Acervo Público. O objetivo é manter a história viva e compartilhada.
No Acervo Público há documentos recuperados e conservados que datam do século XVII. Há registros da Câmara de Vereadores de São Luís, de atos da Secretaria de Governo, da Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS), coleção de partituras adquiridas pelo escritor João Mohana, da Arquidiocese do Maranhão, da Prefeitura de São Luís e sobre muitos temas como carnaval, escravidão e povos indígenas.
Para escrever na pedra:
“A cada quatro anos, a Seleção nos lembra do que o Brasil é feito: da garra do seu povo que nunca desiste!”. De autor desconhecido.
TRIVIAL VARIADO
Passada a euforia da torcida com a Copa do Mundo, agora é agendar uma bela festa de Réveillon. Samyra Show, Pedro Guerra, DJ Edy, CDC, Argumento, bateria do Marabloco e suas mulatas que não estão no mapa, Feijoada Completa e a dupla sertaneja Fernando & Franco estão confirmados no Réveillon Ilha Poty, na noite de 31 de dezembro.
Nas áreas da piscina e nos salões internos do Rio Poty Hotel & Resort, na Ponta d'Areia, o réveillon será realizado em três espaços: Espaço Ocean e Espaço Onda, na área terra, e Espaço Pérola by PH – este, assinado por este Repórter PH, com decoração da designer Cintia Klamt Motta.
Em tempo: Samyra Show vai agitar o público com muito forró. O paraibano Pedro Guerra completa o combo do forró com suas músicas autorais e homenagens. Outro convidado é o DJ Edy, que acumula 30 anos de carreira nos salões elegantes de Brasília.
Tem mais: um passeio pelos sambas mais dançantes, além de MPM, pop, rock, axé e forró, sempre com arranjos autorais, terá os grupos CDC, Argumento, liderada por Victor Hugo, Marabloco, Feijoada Completa, e os irmãos Fernando & Franco, considerados a melhor dupla sertaneja em plena atividade no Maranhão.
Bem-humorado no anúncio dos primeiros ministros, Lula puxou uma garrafinha de água ao constatar que, por não ter tomado posse ainda, ninguém providenciara um copo d´água. “– Meu adversário achava que era cachaça. Mesmo no tempo em que eu gostava, tomava no copo e não na garrafa” – brincou.
À coluna, empresários contam que a Copa do Mundo afetou negativamente o setor, salvo segmentos com produtos típicos. Com a eliminação do Brasil, apesar de chateados, alguns ficam aliviados pelas vendas. Um deles disse: “Agora, é foco no Natal”.
Saiba Mais
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