BRASIL - O Museu das Favelas abre suas portas ao público neste sábado (26). A instituição abre com a exposição Favela-Raiz uma ocupação-manifesto que representa o primeiro movimento de transformação do Palácio dos Campos Elíseos, reverenciando a memória e as heranças das lutas dos que vieram antes e dos que seguem resistindo na construção desta história.
A exposição que abre o Museu surge em forma de ocupação-manifesto, evocando as raízes da favela. É um símbolo de saudação às tradições, à ancestralidade, à maternidade, aos abrigos materiais e afetivos que envolvem os habitantes e a tudo o que ali foi semeado e colhido. A ocupação é composta por cinco partes, sendo três internas e duas externas.
No hall de entrada há esculturas tecidas em crochê, criadas pela artista Lidia Lisbôa com a colaboração de 7 mulheres do Coletivo Tem Sentimento e da Cooperativa Sin Fronteras, grupos de mulheres da vizinhança do Museu.
A sala expositiva lateral traz uma instalação audiovisual sensorial cuja curadoria selecionou imagens de 20 fotógrafos e produtores de conteúdos de diferentes periferias do Brasil. A instalação, chamada “Visão Periférica", revela aos visitantes a multiplicidade das experiências nas favelas, despertando memórias afetivas por meio do cruzamento de linguagens.
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No final do percurso interno da exposição, haverá uma instalação no salão de espelhos do palácio, com criação sonora do rapper Kayode, exaltando os diferentes modos de se pensar a beleza.
No ambiente externo, haverá uma instalação que sintetiza a história do Palácio dos Campos Elíseos, com pesquisa de História da Disputa e produzido com artes em serigrafia pelo Coletivo XiloCeasa.
Nos jardins, Paulo Nazareth - conhecido por suas andanças ao redor do mundo e seu trabalho que questiona os limites da performance como linguagem artística - traz uma das instalações de seu projeto “Corte Seco”, em homenagem à Maria Beatriz Nascimento: uma escultura de alumínio, de seis metros de altura, retratando essa que é uma mulher negra, historiadora, poeta, intelectual e ativista.
Para o final de semana, o Instituto SulAmérica, organização sem fins lucrativos cujo objetivo é possibilitar o acesso de pessoas em situação de vulnerabilidade social ao cuidado de saúde emocional, apresenta a programação de abertura com atividades culturais e educativas.
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