PH Revista: Máscaras da saudade
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É outro fevereiro medroso, realmente! E reticente, esquivado de tudo e de todos. Continuamos com medo de sair de casa e até mesmo de abraçar um amigo. E isto no mais sarcástico e safado de todos os meses.
Quem poderia imaginar que, em 2022, Momo não reinaria absoluto, com sua alegria incessante e aquela vontade perene de rir de si mesmo, das pessoas e da realidade?
Máscaras da saudade...2
Há dois anos, no auge da batucada, um personagem invisível já estava no meio do cortejo. Era ele mesmo: o Coronavírus. Lá estava ele, fantasiado de morte e tragédia, como se anunciasse que o fim do mundo vinha ali, na última das alas. Muitos com ele se contaminaram, mas nem se deram conta.
Saltitantes, embriagados e sem ligar para ninguém, os foliões de 2020 adentravam o cordão, enroscavam-se com a multidão e o vírus, pulando de ala em ala, fazia a festa. Era como se anunciasse um luto iminente.
Saía de cena o bloco da alegria e pedia passagem o da tristeza.
Máscaras da saudade...3
Tudo começou há dois anos, meus caros! E justamente numa época em que costumamos ser mais felizes.
Como se sabe, a festa mais popular do Brasil sempre teve esse poder de transubstanciar qualquer coisa. Os tímidos abrem aquele sorriso, os medrosos criam coragem e os solitários encontram sempre algum anônimo para abraçar.
Mas este ano, a avenida está interditada e as máscaras permitidas no baile da saudade não são as máscaras do Pierrot ou da Colombina. São justamente estas que usamos neste momento: as máscaras que continuam nos protegendo do novo Coronavírus.
Saída pela tangente
A senadora Eliziane Gama, submetida a uma encruzilhada nas eleições do Maranhão de outubro deste ano, parece ter encontrado o álibi necessário para sair de cena.
Para não parecer desleal ao amigo Flávio Dino, que ajudou a elegê-la senadora, Eliziane deve ficar distante da campanha de Weverton Rocha ao governo.
Provável candidata a vice-presidente na chapa de João Dória, ela deve permanecer longe do Maranhão nos próximos meses.
Birra de vereadores
Os vereadores de São Luís estão tentando inviabilizar a gestão do prefeito Eduardo Braide.
Volta e meia Braide se encontra diante de embaraços – muitos deles, irrelevantes, fora de propósito – criado pela Câmara Municipal.
Não se sabe ainda até onde vai essa birra e também quem, de fato, está ganhando com ela.
O povo de São Luís certamente não é.
Braide sob pressão
Há uma pressão imensa do PDT para que o prefeito de São Luís declare apoio público à pré-candidatura de Weverton Rocha ao governo estadual.
São muitas esparrelas criadas com o intuito de convencer Eduardo Braide de que o PDT, a mando de Weverton, é o único partido capaz de defender a Prefeitura das armadilhas da Câmara.
O prefeito, até o momento, ainda não caiu no embuste.
Romaria no TJ
É grande a romaria de desempregados nos gabinetes dos desembargadores que irão compor a nova mesa diretora do Tribunal de Justiça do Maranhão.
Paulo Velten, Ricardo Duialibe e Froz Sobrinho andam atordoados com a quantidade de pedidos de cargos em comissão que chegam diariamente aos seus ouvidos.
Fisicamente inalcançáveis, na maioria das vezes, agora estão diante do bombardeio de mensagens nas suas caixas de Whatsapp.
Ainda a pandemia
É impressionante a velocidade de contagio da variante Ômicron da Covid-19.
Difícil encontrar alguém que não tenha um amigo ou parente já infectado pelo vírus.
O empresário e presidente da Academia Maranhense de Letras, Carlos Gaspar, por exemplo, passou a semana em casa de repouso porque testou positivo. Mas apenas com sintomas leves.
Já o ex-deputado Chico Coelho, também infectado, precisou ser intubado nos últimos dias, em Brasília.
Musical da Alcione
Começou esta semana e vai até o dia 20 de fevereiro, no Teatro Arthur Azevedo, o curso de teatro musical com vistas à formação de elenco para o espetáculo “Alcione, o musical”.
Idealizado pelo ator e produtor cultural Jô Santana, o curso será ministrado por Miguel Falabella, Iléa Ferraz e Diego Baffi.
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Os quatro alunos que mais se destacarem no curso serão incluídos no elenco do musical sobre a “Marrom”, que tem estreia prevista para agosto, em São Paulo.
DE RELANCE
Monocultura da soja
A divulgação pela Conab da produção de grãos no Maranhão na safra 2021/22 expõe uma realidade preocupante: a agricultura estadual concentra-se basicamente no cultivo da soja.
De um total de 1,7 milhão de hectares de áreas cultivadas no Estado, nada menos de um 1,45 milhões são cultivados pela soja. As plantações de arroz se estendem por pouco mais de 5 mil hectares. O algodão, concentrado na região de Tassoo Fragoso, ocupa pouco mais de 27 mil hectares.
Não podemos esquecer que a quase monucultura da soja tem um preço: a devastação do bioma do Cerrado nos gerais de Balsas e outros municípios do sul maranhense.
Tempos loucos
O Brasil vive um tempo tão tresloucado que até mesmo o nazismo, essa doutrina repugnante responsável pelo maior genocídio da história moderna, passou a ocupar, na semana passada, o centro das discussões nas redes sociais e na imprensa.
Tudo começou com a defesa do apresentador Bruno Aiub, o Monark, de que nazistas deveriam ter direito a um partido e que antijudeus podem se manifestar. Felizmente, as críticas contra o apresentador, que perdeu o emprego por isso, foram unânimes, da direita à esquerda.
É bom lembrar que apesar de a liberdade de expressão ser um direito fundamental, ela é limitada pela legislação brasileira. Estão proibidas condutas que promovam a discriminação de certos grupos ou segmentos da população. Defender o nazismo é crime.
Geração desocupada
Estudo recém-saído do forno mostra que as regiões Norte e Nordeste concentram atualmente 48% de todos os jovens de 15 a 29 anos que não estudam nem trabalham.
Pobreza, mercado de trabalho menos dinâmico e escolas públicas precárias estão entre as causas desse fenômeno.
Ao todo, o Brasil tem 11,6 milhões de jovens sem estudo e sem trabalho. Entre os Estados com índices mais preocupantes está o Maranhão, com 36% da juventude nessa situação desesperançosa.
Um pulo em Brasília
O ex-presidente José Sarney deixou o refúgio em São Luís para uma breve passagem por Brasília na semana passada.
Durante os cinco dias em que permaneceu na capital federal, recebeu uma romaria de visitantes dos três poderes da República. De ministros dos tribunais superiores a políticos de alto coturno, todos foram cumprimentar e ouvir uma palavra do velho líder.
Já em São Luís, Sarney participa, nos bastidores, dos movimentos políticos visando as eleições de outubro.
Exportação de frango
Chega a quase 20% o volume de crescimento dos embarques de carne de frango do Brasil para o exterior, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
O número de 2020, calculado em 291 mil toneladas, saltou ano passado para 349 mil toneladas, considerando todos os produtos, entre in natura e os processados em métodos industriais cada vez mais sofisticados.
Sucesso da Suzano
A empresa Suzano, que desde 2015 tem uma unidade em Imperatriz, inaugurada pela ex-presidente Dilma Rousseff, acaba de viver um ano histórico, segundo seu presidente, Walter Schalka.
Beneficiada por preços de celulose e papel mais elevados, maior volume de vendas e pelo câmbio desvalorizado, a empresa encerrou 2021 com resultado operacional de R$ 23, 47 bilhões, mais de 50% acima do obtido no ano anterior.
A geração de caixa operacional de R$ 18,8 bilhões superou em 63% o registrado em 2020 e é maior do que os R$ 13,6 bilhões que a empresa pretende investir este ano.
O salto do Mateus
O Grupo Mateus, do balsense Ilson Mateus Rodrigues, inaugurou na última quinta-feira suas primeiras unidades na Bahia e Pernambuco (em Juazeiro e Petrolina), marcando a entrada da empresa em seis novos Estados neste ano.
No total, o Mateus pretende abrir até 50 novas unidades em 2022.
A rede de supermercados nunca inaugurou tantas lojas em um ano, em áreas não exploradas. E isso em um ano de crise, com inflação e juros altos.
Observe-se que o grupo já conta com 212 unidades no Maranhão, Pará, Piauí e Ceará.
Para escrever na pedra:
“Os otimistas são incapazes de entender o que é adorar o impossível” – De Orson Welles, cineasta.
TRIVIAL VARIADO
Ana Lúcia e Amaro Santana Leite recebem hoje a visita do filho primogênito dele, Alan Leite, que mora em São Paulo e veio passar uma semana revendo São Luís e, em especial, a família.
O jovem empresário Eric Rodrigues Murad está investindo pesado na agropecuária. Primeiro adquiriu uma fazenda no sul do Estado. Agora, comprou outra no município de Santa Rita. E assim divide os negócios com produção de vidros e criação de gado de raça.
Em tempo: a EM Vidros, de Eric Murad, se destaca em São Luís no segmento de fabricação de vidros para a construção civil, com uma fábrica moderna na Raposa e uma ampla loja no bairro do Angelim, para a comodidade de sua clientela.
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