Natal dos Sarney com a família reunida
E mais: Márcio Gomes Assub é o aniversariante desta segunda-feira e Ana Karin Andrade comemorou sua nova idade com amigos em São Paulo.
Diferente dos dois últimos anos com a pandemia da Covid-19 batendo na nossa porta, o ex-presidente José Sarney e Dona Marly passaram a noite do último Natal em São Luís, no seu apartamento da Ponta d´Areia.
Com a alegria e a simpatia de sempre eles celebraram a data com os filhos Roseana, Fernando e Sarney Filho, com o genro Jorge Murad e as noras Teresa Cristina e Camila, e quase todos os netos e bisnetos.
Seguindo a tradição das noites natalinas da família, Sarney leu trechos da Bíblia e agradeceu a Deus pelas graças alcançadas.
Uma tradição que caiu em desuso
Resquício da época da monarquia, trazida para o Brasil pela corte portuguesa, os governantes do Maranhão cultivavam até bem pouco tempo atrás, a prática do beija-mão, em que as autoridades e as figuras representativas da sociedade, em dia programado nos finais de ano, dirigiam-se ao Palácio dos Leões para apresentar suas saudações ao chefe do Poder Executivo e vice-versa.
Lamentavelmente essa tradição caiu em desuso.
Mesmo assim, e sem estar exercendo nenhum cargo político, o ex-presidente José Sarney, quando passa as festas de fim de ano em São Luís, faz renascer essa prática.
Às vésperas de Natal e de Ano Novo, os amigos e admiradores costumam ir, espontaneamente, como fizeram no último dia 24, à residência dele para saudá-lo e também à sua filha e ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney.
O médico Márcio Gomes Assub é o aniversariante desta segunda-feira. E como acontece todos os anos, vai reunir amigos, com a esposa Layla, para festejar a data
Ana Karin Andrade foi motivo de festa no domingo em São Paulo. A presidente do Grupo Mulheres Solidárias mudou de idade e foi homenageada pelos numerosos amigos na capital paulista
Restou uma luz sombria no Natal
Não, o Natal que passou não foi o Natal que os maranhenses esperavam há apenas três ou quatro semanas. Entramos de novo num período em que a única coisa certa do presente é a sua própria incerteza. Vivemos outra vez um Natal de abraços contidos, de emoções reservadas, de festejos tímidos e de ansiedades várias.
Os números da pandemia, conjugados com o razoável desconhecimento da variante Ómicron, obrigaram a desmarcar encontros, temperar afetos e a congelar de novo os desejos de compartilhar que sublinham os traços maiores da nossa humanidade.
E a batalha contra o vírus continua
Ainda assim, seja pelo lado da celebração religiosa, seja pelo simbolismo cultural e social da data, não lhe viramos o rosto.
Até nos momentos mais sombrios, que certamente pesaram em todos os que esperavam rever filhos, pais, avós ou amigos e pesam ainda mais nos que estão infectados, é sempre possível ver uma réstia da sua luz.
No ano passado, o Natal não se salvou por completo, mas, ainda assim, foi possível celebrar a data com a sensação de que a parte mais dura da batalha tinha sido ganha.
Que a luz regresse em breve
Sabemos muito bem que nesses momentos se pode olhar para o mesmo copo de água e vê-lo meio cheio ou meio vazio.
Seja qual for o estado de espírito de cada um, mais ou menos pessimista, importa é ter a noção de que esse foi apenas mais um Natal sombrio. Mais um capítulo negro no duro confronto com a pandemia. Que exige, de todos, sensibilidade e empenho na proteção dos mais velhos, dos mais frágeis ou das vítimas dos contágios.
Mas que exige também a certeza da esperança de melhores dias. Que, como soubemos pelo passado recente, certamente virão.
Celebração da esperança
É claro que na noite de Natal deste ano, aproveitei ao máximo a celebração da amizade, da família ou da esperança, por escassa e contida que fosse.
Encarei as regras de segurança como um direito e a proteção dos mais próximos como um dever.
Acreditei que esses dias foram, como todos, transitórios. Que as sombras que o escureceram existem para que a luz regresse em breve.
Vivemos um Natal diferente
O Natal que passou foi um Natal diferente, por todas as experiências afetivas que foram vividas depois da celebração de 2020, em que tivemos com o isolamento social das famílias e amigos por conta da pandemia.
Quem de nós, adultos, crianças, pais ou filhos, não sentimos saudades daquele espírito alegre de Natal registrado em nossa infância?
Não há como negar que natais e finais de ano sempre tiveram um significado muito especial para crianças e adultos, demonstrando término de ciclos e mudanças, expectativas para o novo, que está por vir e para ser vivido.
Significado para todas as idades
Com certeza o nosso Natal de 2021 foi cheio de significados especiais. Sobrevivemos a uma pandemia, perdemos amigos e familiares, fomos vacinados, precisamos nos recriar na forma de trabalhar, de ensinar, de aprender e estamos, aos poucos, retomando antigas rotinas e o prazer de reencontrar.
O Natal de 2020 não teve a magia da festa, das visitas do Papai Noel, das luzes e das cores pelas ruas da cidade. Estávamos reservados em nossas casas, com muitas dúvidas e medos frente a tudo que vivemos de forma tão perplexa.
Parece que estamos retomando mesmo, aos poucos vem o prazer de confraternizar e de viver um Natal mais seguro, que permite sonhar e entrar na magia a que esta data nos remete. Podemos alimentar expectativas e desejos frente a um novo momento, um novo tempo. Talvez um tempo em que os encontros, os espaços abertos, os amigos e os familiares sejam ainda mais valorizados.
Nasce uma outra forma de sonhar
É certo que as crianças aprenderam a se relacionar de outra forma com o Papai Noel dos shoppings, com máscara, sem o beijo, sem o toque. Entregam cartinhas numa distância segura. Nasce uma outra forma de sonhar.
A fantasia do Papai Noel segue permitindo que a criança habite por algum tempo um mundo mágico, onde conceitos sobre o bem e o mal, o certo e o errado são vividos e aprendidos de forma muito natural.
Esse bom velhinho, no imaginário infantil, é aquele ser bondoso, que conhece cada criança e suas necessidades, traz o presente desejado para os que foram bons, traz a alegria e a recompensa de ter cumprido seus deveres durante o ano.
Podemos estimular a imaginação das crianças na primeira infância, para que eles possam entender suas emoções e entender seu papel na sociedade e tornarem-se indivíduos que venham fazer a diferença.
Síndrome da caverna
A pandemia obrigou grande parte das pessoas a se isolar em casa. Agora, muitas começam a sair, mas têm dificuldade em retomar o contato com quem não era bastante próximo. Ficamos mais introspectivos?
A pandemia foi um convite para selecionarmos e revisarmos nossas relações sociais e laborais. Quando passa um tempo, você nota que muitas pessoas não fazem tanta falta assim. Outras, pelo contrário, que você via menos, passam a crescer dentro da avaliação subjetiva.
Para quem ficou estritamente em casa e usou máscara, ver aquele vizinho que era legal saindo o tempo todo gerou uma raiva invejosa. Isso cria um abalo nas relações.
O Natal passado foi muito tenso: representou um choque de políticas entre pessoas que a princípio se gostam.
Quando alguém foi naquela festa e não usou máscara, portanto furou minha quarentena enquanto eu fazia um enorme sacrifício para manter a máscara e minha quarentena.
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E há uma síndrome da caverna: sair de casa depois de tanto tempo não permite que você se porte da mesma maneira, as coisas não acontecem ao mesmo tempo, você tem que pegar fila, a outra pessoa se atrasa.
Introspecção na retomada
Se você não está com grande empolgação para festas de fim de ano e o Carnaval, tranquilize-se – há mais pessoas assim.
Nos últimos meses, cada vez mais terapeutas escutam em consultório o mesmo relato: muitos brasileiros, após passarem quase dois anos imersos em maratonas de Netflix em meio a algum grau de isolamento, encontram dificuldade em socializar na retomada aos contatos presenciais.
Em um momento no qual a Covid-19 apresenta níveis mais baixos de transmissão e ao menos 70% da população maranhense tomou duas doses, finalmente especialistas em saúde afirmam em consenso que é seguro e, inclusive, saudável, reencontrar pessoas, com preferência aos ambientes ao ar livre e bem ventilados – e, claro, evitando aglomerações.
Introspecção na retomada...2
Todavia, se muitos brasileiros estavam ávidos para rever o maior número de amigos, outros (privilegiados, que puderam isolar-se em casa) agora enfrentam um dilema: não desejam rever todo mundo.
A maior dificuldade é deixar o lar para cumprir a etiqueta social do trabalho presencial e encontrar amizades que não fizeram parte daquele círculo mais restrito visto ao longo da pandemia, nos momentos de maior vulnerabilidade.
Um sinal de luz contra o vírus
Dói muito relembrar que em março de 2021, o cenário era de desespero. A cada dia, a cada hora, multiplicavam-se os casos de coronavírus em todo o país. Novos pacientes eram internados sem parar em leitos de enfermaria, outros rumavam às pressas para unidades de terapia intensiva com falta de ar, e as cifras de mortos subiam em escala geométrica.
Aos poucos, graças a um esforço inédito da ciência, o número de doentes começou a baixar, os leitos foram ficando vagos e a triste contagem de vítimas passou a somar quantidades cada vez menores de vidas perdidas para o vírus.
Enquanto a curva da pandemia voltava a apontar para baixo, os índices de vacinação subiam em sentido contrário e ajudavam a colocar um freio na covid-19 ao lado da manutenção de medidas como distanciamento social e uso de máscaras.
Investimento maciço de recursos e ajustes de protocolos científicos, que permitiram acelerar a produção dos imunizantes sem pular nenhuma etapa de segurança, resultaram em um feito histórico: em menos de um ano, a humanidade tinha uma arma capaz de fazer frente a um dos mais danosos vírus dos últimos séculos.
DE RELANCE
E a legalização dos jogos de azar?
E em que pé ficou o projeto que legaliza os jogos de azar no Brasil?
A resposta é simples: como ocorre há mais de três décadas, mais uma vez empurraram com a barriga, e mais uma vez por pressão da bancada evangélica, que é ferrenhamente contra.
Ou melhor, dia 16 último, a Câmara votou o pedido de urgência para a apreciação em plenário do Projeto 442/91 (tem 30 anos tramitando). Mas a tal urgência aí não é tão urgente assim.
Ficou para fevereiro
Demagogia nacional A situação reflete uma demagogia nacional. Jogo existe com as loterias oficiais, tem também outros particulares como Sílvio Santos, que viveu a vida toda disso, sem falar numa infinidade de opções particulares.
Mas legalizar o jogo do bicho e permitir cassinos, não.
O projeto em vias de finalização no Congresso prevê a criação do Sistema Nacional dos Jogos e Apostas que vai servir para regular o mercado por meio de um órgão composto por operadores de jogos, jockeys clubes, bookmakers e crupiês, empresas de auditoria.
Ressurgimento do projeto
Essa é a novidade. Em 2018 outro projeto, estava em vias de aprovação quando o então senador capixaba Magno Malta barrou a finalização do Senado.
Malta perdeu a reeleição e o projeto ressurgiu agora. Será que vai? Os evangélicos continuam reagindo, mas a turma a favor, na votação da urgência, ganhou de 293 a 138.
Vontade para mudar
Na década de 1990, quando a reeleição foi aprovada, diziam que um mandato era pouco para implementar uma plataforma de mudanças e evoluções.
Hoje, questiona-se esse mesmo mecanismo, porque, por mais estranho que pareça, a única forma de conseguir exercer o poder com relativa tranquilidade é prometer não se beneficiar eleitoralmente com eventuais sucessos.
Se um mandato é pouco e dois é demais, fica fácil concluir que o problema não é esse, mas sim a forma como disputamos e enxergamos o poder.
E aí, não há lei, sistema de governo ou decreto que imponha uma transformação cultural, que costuma levar uma geração para se solidificar. Desde que exista mesmo vontade e investimento para mudar.
Para escrever na pedra:
"Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos". (De Cora Coralina).
TRIVIAL VARIADO
Em 2017, a Netflix lançou o documentário intimista Joan Didion: The Center Will not Hold. No filme, assinado pelo sobrinho da autora, Griffin Dunne, é possível ver e ouvir Didion, já com a saúde muito debilitada, falar sobre a sua longa carreira e os enormes desafios pessoais que atravessou.
Na última quinta-feira, a celebrada escritora norte-americana morreu aos 87 anos. Joan Didion, que também era jornalista, faleceu em casa, em Manhattan, nos Estados Unidos, vítima de complicações associadas à doença de Parkinson. A informação foi divulgada por The New York Times.
O primeiro domingo de 2022, dia 2 de janeiro, será marcado por um acontecimento social de grande charme. Trata-se da cerimônia de casamento, seguida de recepção no mesmo local, de Maria Luiza Seba Couto e Adalberto Mota dos Santos. Será às 16h, no Santorine Eventos, no Olho d´Água.
Ômicron. Eis o nome da maldição da vez. O que será que virá com ela, terá o mesmo perfil da variante Delta, que provocou imenso alarido e não causou mais que isso, ou vai ser o descendente do corona que vai quebrar o efeito da vacina e adubar a pandemia? É exatamente essa incerteza que dificulta a tomada de decisões, já complicadas com as más notícias vindas da Europa.
O certo é que ainda falta muito para que o coronavírus deixe de pautar a rotina dos brasileiros, e talvez jamais se volte à rotina anterior à Covid-19, mas 2021 está terminando mais parecido com a vida de sempre.
Na Noite de Natal, Silvia e Sergio Parente festejaram com uma reunião em família, num sofisticado restaurante de Gramados, na serra gaúcha, seus 40 anos de casados. De lá, seguem para Orlando, nos Estados Unidos, onde passam o Réveillon.
O cantor e compositor baiano Caetano Veloso e sua esposa Paula Lavigne testaram positivo para Covid-19. E como não poderia ser diferente, politizaram o fato e estão botando a culpa no Bolsonaro.
Desmond Tutu, arcebispo anglicano símbolo da luta contra o apartheid na África do Sul e ganhador do Nobel da Paz, morreu ontem, na Cidade do Cabo. O religioso tinha 90 anos.
“A morte do arcebispo emérito Desmond Tutu é outro capítulo de luto por nossa nação que se despede de uma geração de sul-africanos excepcionais que nos legou um país libertado”, afirmou o presidente da África do Sul.
“...É pouco, é muito pouco e é o bastante, para que esta paixão doida e constante dia após dia cresça com vigor! ...Vulcão que vai crescendo hora por hora...O meu amor, que imenso amor o meu!” Excerto de Florbela Espanca, poeta portuguesa.
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