Toda obra artística traz consigo partes do autor, umas mais do que outras ou de formas mais expressivas e explícitas. Dito isso, afirmo com segurança que Steven Spielberg deve ter enxergado a si próprio no reflexo distorcido daqueles espelhos de circos, que nos achatam, deformam e, neste caso particular, agigantam. Esta deve ser a explicação mais coerente por que o septuagenário diretor tenha insistido em reprisar grande parte de seu maior clássico infantil, E. T. – O Extraterreste, nesta adaptação da história de Roald Dahl (autor de A Fantástica Fábrica de Chocolates, Matilda e James e o Pêssego Gigante), intitulada, de modo bem cafona, O Bom Gigante Amigo, e que inclusive é assinada pela mesma Melissa Mathison, autora do roteiro de E. T..
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