Saúde

Mulheres têm sono mais agitado durante a TPM

Conclusão é de um estudo do Instituto do Sono, da Unifesp, feito com mais de 900 mulheres.

Revista Crescer, Simone Tinti

Atualizada em 27/03/2022 às 13h22

não bastassem os incômodos já conhecidos da TPM - como cólicas, dor de cabeça e inchaço -, pesquisadores do Instituto do Sono, da Unifesp, descobriram que as alterações hormonais durante o ciclo menstrual tornam o sono das mulheres mais agitado.

"É fato que elas têm mais insônia do que os homens. E com essa pesquisa, descobrimos que o quadro hormonal influencia bastante", diz a ginecologista Helena Hachul, uma das responsáveis pelo estudo. Ou seja, se você anda sofrendo com dificuldades para dormir, vale investigar com seu médico se essa questão é mais forte no período pré-menstrual. Talvez, a origem do seu problema pode estar nos hormônios.

Participaram do estudo 931 mulheres, com idade média de 38 anos. Destas, 524 estavam no período pré-menopausa e apresentavam alguma queixa em relação ao sono. Durante a pesquisa, elas responderam a um questionário ginecológico e passaram por um exame de polissonografia. Veja as principais conclusões do estudo:

-Mulheres com ciclo anormal (desregulado) tiveram duas vezes mais dificuldades para dormir;

-As mulheres que sofriam de TPM se queixaram de sono agitado e pernas inquietas, mas os dois fatores não se comprovaram com a polissonografia. "Provavelmente, essas sensações estavam mais relacionadas a aspectos psicológicos, como a irritação comum nesse período. Isso levou as mulheres a achar que não dormiam direito", explica Helena;

-As que tomavam pílula tiveram o sono menos agitado. Elas despertaram menos durante a noite, além de apresentaram menos ronco e menos apnéia.

Mulheres teriam mais pesadelos

Além do sono mais agitado, uma pesquisa da University of the West England, na Inglaterra, com 170 voluntários, sugeriu que as mulheres teriam mais pesadelos do que os homens: 30% delas, contra 19% deles. No entanto, em declaração à BBC, Chris Idzikowski, diretor do Centro de Sono de Edimburgo, contestou as conclusões do estudo. Ele disse que é difícil ter certeza se as mulheres realmente tiveram mais pesadelos ou, simplesmente, se elas se lembraram mais dos sonhos ruins.

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