BEATLES

Yoko Ono fala sobre o que sofreu após separação dos Beatles em novo documentário

O filme apresenta gravações de áudio dos anos 1970, período logo após a separação da icônica banda, onde Ono compartilha as experiências de assédio que enfrentou.

Na Mira, com informações da CNN

Atualizada em 11/04/2025 às 15h50
Yoko Ono abre coração em novo documentário sobre sua luta após a separação dos Beatles.
Yoko Ono abre coração em novo documentário sobre sua luta após a separação dos Beatles. (Reprodução/Youtube)

MUNDO - Yoko Ono, musicista, artista e ativista de 92 anos, viúva de John Lennon, foi uma das principais vítimas do ódio que cercou a separação dos Beatles em 1970. Detalhes de sua luta pessoal são revelados no novo documentário "One to One: John & Yoko", que estreou nesta sexta-feira, 11 de novembro, nos Estados Unidos.

O filme apresenta gravações de áudio dos anos 1970, período logo após a separação da icônica banda, onde Ono compartilha as experiências de assédio que enfrentou. Embora sua presença nas sessões de gravação dos Beatles tenha gerado tensão, Ono sempre negou ser a responsável pelo término do grupo. No documentário, ela recorda: “Supostamente sou a pessoa que acabou com os Beatles, sabe? Quando eu estava grávida, muitas pessoas me escreveram dizendo: ‘Espero que você e seu bebê morram’.”

Ono também relembra os abusos que sofria enquanto caminhava ao lado de Lennon, com pessoas insultando-a e agredindo-a fisicamente. Naquela época, enfrentou três abortos espontâneos. "One to One" narra o início da vida de Lennon e Ono na década de 1970, quando se mudaram para Nova York e se tornaram ativistas políticos, vivendo em um pequeno apartamento no Greenwich Village.

O documentário é uma combinação de telefonemas gravados por Lennon e Ono, além de trechos remasterizados do concerto beneficente "One to One", realizado em 1972, que foi o primeiro e único show completo de Lennon após o fim dos Beatles e antes de sua morte em 1980. Sean Lennon, filho do casal, atuou como produtor executivo e ajudou na remasterização das imagens do concerto.

Em um momento marcante do filme, Ono fala sobre sua participação na primeira Conferência Feminista Internacional na Universidade de Cambridge, onde discutiu sua experiência de "liberdade relativa como mulher" antes de sua relação com Lennon, que mudou tudo. Ela disse: "A sociedade de repente me tratou como uma mulher que pertencia a um homem que era uma das pessoas mais poderosas da nossa geração."

Ono também refletiu sobre os ataques que sofreu e como isso afetou sua autoconfiança. “Como toda a sociedade começou a me atacar e desejar minha morte, comecei a gaguejar… Se eu, sendo uma mulher forte, comecei a gaguejar, é um caminho muito difícil.” Em 2010, ela comentou sobre ser vista como um bode expiatório e destacou o sexismo e racismo que enfrentou.

Apesar das adversidades, Ono perseverou, impulsionada pelo amor que compartilhava com Lennon. “Era algo meio distante, de certa forma, porque John e eu éramos tão próximos. Estávamos totalmente envolvidos um com o outro e com nosso trabalho. Isso era muito mais emocionante.” O documentário, dirigido pelo vencedor do Oscar, Kevin Macdonald, ainda não tem data definida para lançamento no Brasil.

Confira trailer:

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