ESTADOS UNIDOS - O Sindicato dos Atores de Hollywood anunciou nesta quinta-feira (25) uma greve contra dez das maiores empresas de games dos Estados Unidos. A paralisação começará às 4h01 desta sexta-feira (26), após mais de dois anos de negociações coletivas que se concentraram no uso de inteligência artificial (IA) e 10 meses após uma votação que autorizava a medida.
Entre os alvos da greve estão grandes nomes da indústria dos games, como Activision, criadora da franquia "Call of Duty"; Electronic Arts, conhecida por suas séries de games esportivos como EA Sports FC; Epic Games, desenvolvedora de "Fortnite"; Insomniac, responsável por "Marvel's Spider-Man"; Take-Two, de "GTA"; e WB Games, de "Mortal Kombat 1".
A presidente do sindicato, a atriz Fran Drescher, declarou: "Não vamos concordar com um contrato que permite que empresas abusem da IA em detrimento de nossos membros. Já deu." Drescher enfatizou que o sindicato está pronto para negociar um acordo que permita aos membros viver e trabalhar dignamente.
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Esta é a segunda grande paralisação do sindicato em cerca de um ano. Em 2023, a entidade conduziu uma greve de quase quatro meses contra os estúdios de Hollywood, que resultou em aumentos salariais e limites para o uso de inteligência artificial em filmes e séries.
Um porta-voz das empresas de games expressou decepção com a decisão do sindicato. "Estamos decepcionados que o sindicato tenha escolhido por se retirar quando estávamos tão próximos de um acordo, e continuamos preparados para retornar às negociações", afirmou ao site Deadline. O porta-voz destacou que já haviam encontrado terreno comum em 24 de 25 propostas, incluindo aumentos salariais históricos e medidas adicionais de segurança. A oferta das empresas inclui proteções significativas contra o uso indevido de IA, exigindo consentimento e pagamento justo a todos os artistas.
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