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Piloto maranhense se destaca em campeonato mundial de automobilismo virtual: "era um sonho"

Marcelo Neiva, de 29 anos, competiu na ESL R1 pela FURIA, equipe brasileira de esports reconhecida mundialmente.

Fabiana Serra/Na Mira

Equipe da FURIA que disputou o campeonato europeu ESL R1.

O automobilismo é uma paixão do brasileiro. O país já tem uma história de longa data com o esporte, que movimenta uma multidão de entusiastas. Diante disso, não é de se espantar que o público também se voltasse para o automobilismo virtual com a mesma emoção.

A união entre videogame e esporte é o que atrai muitos, afinal, ela proporciona ao jogador a mesma sensação de estar nas pistas. Mas a modalidade não é apenas diversão.

Com a popularização dos esports, além da evolução dos jogos de corrida, as competições de automobilismo virtual se consolidaram nas últimas décadas, o que foi ainda mais acelerado durante a pandemia.

Um exemplo é a ESL R1, um campeonato internacional promovido pela principal organizadora de competições de esportes eletrônicos, em parceria com a plataforma de automobilismo virtual Rennsport. A corrida, cuja grande final será nos próximos dias 3 e 4 de junho, em Munique, na Alemanha, reuniu gigantes do primeiro escalão da Fórmula 1 e as maiores equipes de esports.

Marcelo Neiva, 29 anos, disputou o campeonato ESL R1 pela FURIA.

O Maranhão marcou presença no campeonato representado pelo piloto Marcelo Neiva, escalado pela FURIA, equipe brasileira de esports apontada, em 2022, como a quinta maior organização de esportes eletrônicos do mundo pelo portal norte-americano Nerd Street.

A história do analista de sistemas, de 29 anos, com o automobilismo virtual já vem de muito tempo, começando lá na sua infância. “Eu tenho paixão pelo automobilismo desde criança pelo fato do meu pai sempre gostar, assistia sempre Fórmula 1, corrida de kart, então desde os meus cinco anos, mais ou menos, eu já estava dentro do kartódromo, por exemplo, já sabia tudo de Fórmula 1”, conta Marcelo.

“Lá em meados de 2008 e 2009 foi quando eu comecei a conhecer simuladores de corrida, comecei jogando com o teclado, com o próprio mouse. Depois, lá pra 2011, eu ganhei meu primeiro volante e dei início a minha carreira no automobilismo virtual”, complementa o piloto.

Marcelo foi escalado pela equipe para substituir um dos pilotos que precisou se ausentar, faltando apenas duas etapas para a final. Mesmo chegando em cima da hora, o maranhense conquistou pontuação equivalente a de quem já disputava desde o início do campeonato.

Foi a primeira vez do piloto disputando uma competição de nível internacional. Ele conta que, por um tempo, manteve o automobilismo virtual apenas como um hobby, mas nunca perdeu a vontade de competir profissionalmente: “Era um sonho que eu tinha de ainda conseguir participar de um campeonato a nível mundial”, disse Marcelo.

Além da falta de tempo, outro empecilho era o alto valor dos equipamentos. “De 2010 pra cá, os equipamentos mudaram bastante. Então, para você hoje ser competitivo no cenário do automobilismo virtual, você precisa ter um equipamento bom. Estamos falando aí de 15 a 20 mil reais.”

Quando surgiu o convite para entrar na renomada equipe de esports FURIA, o maranhense não pensou duas vezes em seguir o sonho. “A gente aposta na segunda temporada para fazer um grande espetáculo.”

Ainda em 2023 será realizada a segunda temporada da ESL R1, cujo Major acontecerá na Suécia entre os dias 23 e 25 de novembro, com premiação de €500 mil (cerca de R$ 2,8 milhões).

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