Livros

Editora lança “Rio de Janeiro século XIX" do maranhense Pedro Fonseca

Obra apresenta uma visão conjunta do que foi o cotidiano oitocentista da cidade.

Na Mira, com informações da assessoria

Atualizada em 24/10/2024 às 11h10
Autor maranhense lança "Rio de Janeiro século XIX". (Foto: Divulgação)

MARANHÃO - A obra “Rio de Janeiro Século XIX”, do maranhense Pedro Fonseca, lançada pela Ibis Libris Editora é fruto de estudos que resultaram em textos publicados na imprensa e, agora, estão reunidos. O objetivo é dar uma visão de conjunto do que foi o cotidiano oitocentista da cidade, destacando cantos, recantos, encantos, problemas e mazelas. 

Como então capital do Brasil, o Rio de Janeiro representava uma verdadeira síntese do país e a porta de entrada para viajantes estrangeiros que aqui aportavam. Os forasteiros tinham um olhar diferente dos habitantes locais. Por isto, destacavam elementos que escapavam a estes por considerá-los banais. Uma visão de estranhamento nos mostra, muitas vezes, características não valorizadas, por considerá-las naturais no nosso cotidiano.

Século Carioca

O autor da obra é o maranhense Pedro Fonseca, natural da cidade de Cururupu. Fonseca chegou ao Rio em 20 de janeiro de 1982 para complementar sua formação médica. “Radiquei-me na cidade pela qual me apaixonei e comecei a estudar a sua História. Neste estudo, privilegiei o século XIX, por ele representar o seu apogeu, sendo este marcado como o Século Carioca”, destaca Pedro Fonseca.

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A expressão usada para se referir ao Rio, “Purgatório da Beleza e do Caos”, poderia ser usada já no século XIX. Um trecho do livro evidencia a afirmação. “A natureza exuberante, reunindo o mar, a montanha e a floresta, sob um céu tropical, deslumbrava os viajantes. Tal encantamento, entretanto, era, em grande parte, desfeito ao entrarem em contato com a cidade, que se apresentava com ruas estreitas, imundas e malcheirosas; arquitetura civil de gosto duvidoso, com exceção do Aqueduto da Lapa, cuja grandiosidade romana e útil finalidade era ressaltada por eles. Este aqueduto foi construído por ordem do Conde de Bobadela ainda no setecentos e tinha, por finalidade, abastecer os chafarizes da Carioca, do Terreiro do Paço, das Marrecas e do Largo do Moura, com a água captada das encostas do Corcovado”.

Sobre o autor: 

Fez o internato no Hospital Central da Aeronáutica e foi aluno da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Retornou a São Luís a fim de colar grau e voltou à cidade maravilhosa para um estágio no Hospital São Vicente de Paulo. Em seguida, iniciou suas atividades profissionais. Em 1994, ingressou no serviço público estadual por meio de concurso como clínico, onde está até hoje. Em 1997, participou da fundação da Sociedade Brasileira de História da Medicina, tornando-se membro fundador. 

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