
BRASIL - A Bienal do Livro do Rio, um dos maiores eventos literários da América Latina, continua a se destacar por abrir espaço para uma diversidade de vozes e narrativas plurais. Em 2025, o evento ocorrerá em junho, mês que celebra o orgulho LGBTQIAPN+, tornando a literatura representativa ainda mais relevante, com uma programação que inclui livros, painéis e atividades que homenageiam identidades, afetos e vivências. O evento acontece desta sexta-feira (13) a 22 de junho.
Autores como Vitor Martins, Tiago Valente, Nick Nagari e Clara Alves desempenham um papel fundamental nesse movimento, conquistando leitores com suas obras sensíveis e autênticas. Com estilos e abordagens diversos, eles constroem personagens queer complexos e reais, conectando o público jovem e adulto com as histórias que apresentam. Em uma conversa com o Gshow, os quatro autores compartilham como suas identidades influenciam suas escritas.
Vitor Martins, autor de "Quinze Dias", que será adaptado para o cinema com um elenco de destaque, expressa sua empolgação ao ver sua obra ganhar vida nas telonas. Ele compartilha que, embora tenha começado o processo com inseguranças, a resposta positiva dos leitores o fez perceber a importância de sua narrativa, que reflete experiências significativas para muitos. Além de "Quinze Dias", Vitor também é conhecido por "Um Milhão de Finais Felizes", "Se a Casa 8 Falasse" e "Mais ou Menos 9 Horas".
Tiago Valente, que acumula mais de 700 mil seguidores em suas redes sociais e é autor de "Espresso Fantasma", fala sobre a influência do TikTok em sua escrita. Ele menciona como obras de outros autores, que tratam de temas LGBTQIAPN+, o inspiraram a criar histórias que promovem um sentimento de pertencimento. Tiago se inspira em diversos escritores, incluindo Raphael Montes e Vitor Martins, e busca trazer personagens cativantes e universais em seus trabalhos.
Nick Nagari, graduado em Ciências Sociais e autor de "Essa História Não Termina Aqui", destaca como sua identidade não binária e bissexual molda sua escrita. Ele reflete sobre a falta de representatividade que encontrou na literatura durante sua adolescência e enfatiza a importância de mostrar que a bissexualidade abrange relacionamentos com pessoas de gêneros diferentes, ampliando a compreensão sobre a diversidade.
Por fim, Clara Alves, curadora da Bienal e autora do sucesso "Conectadas", traz uma proposta inovadora para o evento deste ano, com um formato de talk show que visa aproximar autores e leitores. Clara compartilha como escrever "Conectadas" foi um processo terapêutico que a ajudou a entender e aceitar sua sexualidade. Ela recebe com carinho o retorno de seus leitores, que frequentemente expressam como suas histórias ajudaram em suas próprias jornadas de autodescoberta e aceitação.
Esses autores, com suas vozes singulares e experiências diversas, contribuem para que a Bienal do Livro do Rio se torne um espaço de celebração e reflexão sobre a pluralidade da literatura e da vida.
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