Luto na TV brasileira

Morre Emiliano Queiroz, ator de "Alma Gêmea", aos 88 anos

Veterano das artes cênicas, ator teve uma carreira de mais de 70 anos no teatro, cinema e televisão, e estava se preparando para voltar aos palcos.

Na Mira

Atualizada em 04/10/2024 às 16h31
Morre Emiliano Queiroz, ator de Alma-Gêmea, aos 88 anos . (Foto: Divulgação)

BRASIL - O ator Emiliano Queiroz morreu nesta sexta-feira (4), aos 88 anos, em decorrência de uma parada cardíaca, conforme informou sua assessoria de imprensa. Emiliano, um dos grandes nomes da dramaturgia brasileira, estava internado há 10 dias na Clínica São Vicente da Gávea, no Rio de Janeiro, após passar por um procedimento para colocação de três stents no coração.

Após receber alta hospitalar na quinta-feira (3), Emiliano retornou para casa. No entanto, na madrugada desta sexta-feira, por volta das 4h30, ele acordou, tomou banho e mencionou que estava sentindo-se mal, dizendo que "estava morrendo". Pouco depois, às 6h, começou a passar mal, e uma ambulância foi acionada para levá-lo de volta ao hospital. Na emergência, sofreu uma parada cardíaca, foi entubado e reanimado, mas não resistiu e faleceu por volta das 10h.

Uma carreira marcante

Nascido em Aracati, no Ceará, Emiliano Queiroz teve uma carreira de mais de 70 anos no teatro, televisão e cinema. Sua estreia nos palcos aconteceu quando ele tinha apenas 15 anos. A partir da década de 1960, mudou-se para o Rio de Janeiro e se tornou uma figura frequente nas produções da TV Globo, onde participou de várias novelas de sucesso. Entre seus papéis mais memoráveis na televisão estão "O Bem-Amado" (1973), "Ti Ti Ti" (1985), "Hilda Furacão" (1998), "Chocolate Com Pimenta" (2003), "Alma Gêmea" (2005) e "Espelho da Vida" (2018). Mais recentemente, fez participações nas novelas "Éramos Seis" (2020) e "Além da Ilusão" (2022).

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No teatro, destacou-se por sua atuação em papéis marcantes, como a travesti Geni em "Ópera do Malandro" (1979) e Veludo em "A Navalha na Carne" (1969). Emiliano estava se preparando para retornar aos palcos em janeiro de 2024, com a peça A Vida Não é Justa.

Legado no cinema

Emiliano também teve uma carreira relevante no cinema brasileiro. Atuou em filmes como "Independência ou Morte" (1972), "O Grande Mentecapto" (1989), "Tiradentes" (1999) e "Stelinha" (1990), pelo qual recebeu o Kikito de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Gramado, mesmo com uma breve participação de apenas três minutos. Seu trabalho mais recente foi no filme "Avenida Beira Mar", em exibição no Festival do Rio.

Vida pessoal

Emiliano Queiroz era casado há 51 anos com Maria Letícia, advogada e atriz, com quem formava uma sólida união. Ao longo de sua vida, ele ajudou a criar 14 filhos, incluindo filhos biológicos e adotivos. 

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