Luto!

Atriz Nicette Bruno morre, aos 87 anos, vítima da Covid-19

A atriz estava na UTI da Casa de Saúde São José, na Zona Sul do Rio. Ele estava sedada e dependia de ventilação mecânica.

Na Mira

Atualizada em 27/03/2022 às 11h05
A notícia da morte de Nicette foi divulgada, por volta das 13h20, pela Casa de Saúde São José, a qual informou que a atriz havia morrido por "complicações decorrentes da Covid-19". (Foto: divulgação)

Morreu, na manhã deste domingo (20), aos 87 anos, a atriz Nicette Bruno. A veterana da TV brasileira foi mais uma vítima da Covid-19. A atriz estava sedada e dependia de ventilação mecânica.

Nicette estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio, lutando contra o novo coronavírus.

A notícia da morte de Nicette foi divulgada, por volta das 13h20, pela Casa de Saúde São José, a qual informou que a atriz havia morrido por "complicações decorrentes da Covid-19".

"A Casa de Saúde São José informa que a atriz Nicette Bruno, que estava internada no hospital desde 26 de novembro de 2020, faleceu hoje, às 11h40, devido a complicações decorrentes da Covid-19. O hospital se solidariza com a família neste momento", diz a nota de divulgação do hospital.

Trajetória de sucesso

Nicette Xavier Miessa nasceu em Niterói (RJ), no dia 7 de janeiro de 1933.

Começou a carreira com apenas 4 anos de idade, em um programa infantil na Rádio Guanabara.

Aos 9 anos, ela ingressou no grupo da Associação Cristã de Moços (ACM) e depois passou pelo Teatro Universitário e pelo Teatro do Estudante, criado pelo ator Paschoal Carlos Magno. Com 14 anos, Nicette já era atriz profissional na Companhia Dulcina-Odilon, da atriz Dulcina de Morais.

Aos 19 anos, a atriz conheceu Paulo Goulart, por que se apaixonou e se casou em 1954. Os atores tiveram quase 60 anos de casamento, que só terminou com a morte de Paulo, em 2014. O casal teve três filhos, que seguiram a carreira dos pais: Paulo Goulart Filho, Bárbara Bruno e Beth Goulart.

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O casal também fundou em 1953 a companhia Teatro Íntimo de Nicette Bruno, que teve participação de nome como Tônia Carrero e Walmor Chagas.

Em 1950, com a estreia da TV Tupi, ela participou de recitais e de teleteatros e atuou na primeira adaptação do "Sítio do Picapau Amarelo", exibida entre 1952 e 1962.

Entre 2001 e 2004, a atriz estrelou uma segunda versão da obra de Monteiro Lobato, produzida pela Globo, sendo a eterna Dona Benta.

Em 1967 ela estreou sua primeira novela com "Os fantoches", na TV Excelsior. Na TV Tupi atuou em grandes sucessos, como "Meu pé de laranja lima" (1970), "Éramos seis" (1977) e "Como salvar meu casamento" (1979) – inacabada, a novela foi a última da extinta emissora.

Em 1981, Nicette Bruno foi para a TV Globo onde atuou no seriado "Obrigado, doutor", atuou na novela "Sétimo Sentido" (1982), "Louco Amor" (1983), Selva de Pedra" (1986), "Rainha da Sucata" (1990) e "Mulheres de areia" (1993).

Em 1997, interpretou sua primeira vilã em novelas da Globo, a malvada Úrsula, em "O amor está no ar".

De 2001 a 2004 foi dona Benta no novo "Sítio do Picapau Amarelo". Depois, voltou a fazer novelas como "Alma Gêmea", "Sete pecados" (2007), "A vida da gente" (2011), "Salve Jorge" (2012), "Joia Rara" (2013), "I love Paraisópolis" (2015) e "Pega Pega" (2017).

Em 2020, foi homenageada na versão da Globo de "Éramos seis" ao interpretar madre Joana, uma freira que na reta final encontrava Lola (Gloria Pires), personagem que deu vida na original da TV Tupi.

Mesmo com o sucesso na televisão, a atriz nunca deixou o teatro, e integrou a maior parte dos principais grupos do país, recebeu prêmios e foi celebrada.

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