Normalmente, a vida reprodutiva da mulher encerra por volta dos 40 anos, quando ela chega à menopausa. Em vista da vida agitada e moderna que a maioria das mulheres vive, aproveitam para planejar a idade que desejam engravidar e quantos filhos terão. Entretanto, em alguns casos, elas veem seu cronograma modificar radicalmente devido a uma infinidade de questões – e uma delas é a menopausa precoce.
As causas são variadas e é importante saber distingui-las, pois, algumas vezes, é possível reverter o problema. Segundo o dr. Sérgio dos Passos Ramos, membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), o tipo irreversível é aquele que resulta na falência ovariana prematura (FOP), a perda definitiva da função gondonal (que produz hormônios) e pode atingir outras regiões, como a tireoide e a hipófise, por exemplo.
“Quando reversível, a menopausa precoce é causada por anemia, distúrbios alimentares (como anorexia e bulimia) ou pelo uso de anabólicos”, explica o médico. Nesses casos, o tratamento é direcionado à sua origem; ou seja, é essencial que a mulher volte a ter uma alimentação normal e saudável e/ou pare de consumir substâncias inapropriadas para o ganho de massa muscular.
Continua após a publicidade..
Dr. Sérgio comenta que a privação precoce de hormônios femininos resulta em diversos problemas para a saúde da mulher. “Isso acarreta em vários danos, como a osteoporose precoce e problemas relacionados ao colágeno, além de ter uma repercussão negativa sobre a vida sexual. Ou seja, ela sofrerá de um envelhecimento acentuado e acelerado”.
O tratamento vai depender das causas e dos sintomas. No caso da falência ovariana, é necessário se basear nas manifestações que a mulher apresenta, repondo os hormônios que ela deixou de produzir. Nos casos de FOP, é importante lembrar que a reposição não fará com que os óvulos voltem a funcionar.
Por fim, o especialista ressalta a importância de visitas regulares ao ginecologista. “A porta de entrada da mulher no sistema de saúde é por meio da consulta ao ginecologista, com o qual ela deve conversar não apenas sobre questões relacionadas ao sistema genital e sexualidade, mas também sobre tudo o que diz respeito à saúde. O profissional da ginecologia tem a capacidade de realizar o diagnóstico desses problemas e encaminhá-la para outros especialistas”, finaliza.
Saiba Mais
- Menopausa: apenas 50% das brasileiras fazem tratamento, aponta estudo
- Saúde da mulher: como a menopausa afeta a boca?
- Dia Mundial da Menopausa: que cuidados tomar para viver com mais qualidade nessa fase da vida?
- Gravidez pode acontecer na pré-menopausa, diz especialista
- Menopausa precoce: quando ela chega cedo sem avisar
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.