BRASIL - Ao engravidar, é colocada em prática a função biológica mais importante como fêmea. É a natureza agindo no corpo feminino. Talvez, por isso, todos os sentidos das mulheres fiquem mais aguçados com a maternidade.
É necessário ter olhos treinados para avistar, prontamente, as crianças entre outras mil que brincam no parque; ouvidos afiados para saber que tipo de choro chama a mamãe; tato rápido para evitar a queda; paladar que se adapte ao sabor do que é saudável. Até o olfato, nosso sentido mais primitivo, é capaz de sentir e reconhecer o cheiro único e mais gostoso do universo: o dos filhos.
As mulheres se tornam verdadeiras felinas, capazes de tudo para o bem-estar dos filhotes. E desenvolvem um sexto sentido: a intuição, que pode ser explicada pela ciência como uma integração dos cinco sentidos e a mente racional.
No cérebro, o hemisfério direito é responsável pelas emoções e o esquerdo, pelo racional. Porém, existe uma estrutura cerebral chamada de corpo caloso, onde ocorrem as trocas de informações desses dois hemisférios.
Por meio de estudos com ressonância magnética, os cientistas observaram que as mulheres têm maior número de transmissões no corpo caloso, favorecendo o cruzamento de informações emocionais e racionais.
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O resultado seria a capacidade de ter fortes sensações direcionadas a determinados assuntos ou pessoas, que normalmente se confirmam, provando que o cérebro captou mensagens subliminares que passam despercebidas racionalmente e vêm como intuições. As mulheres apresentariam essa habilidade mais pronunciada porque são capazes de entrar em contato com o lado emocional do cérebro mais facilmente, desde a infância. Dessa forma, têm uma sensibilidade maior a essas percepções.
Com a maternidade, além dos cinco sentidos se tornarem proeminentes, o sexto as torna aptas a perceber algo a mais, principalmente em relação aos filhos. Mesmo que a ciência não explicasse, elas saberiam que ele existe ao senti-lo pela primeira vez.
Parece divino e extraordinário a capacidade de pressentir uma situação, mesmo a distância. Muitas vezes, só o tom da voz ou a expressão do filho é o bastante para elas saberem como andam as coisas. Ao se tornarem mães, as mulheres, também, entram em contato com a suas emoções mais profundas e, desse mergulho, surge uma sensibilidade maior.
É necessário ter cuidado para não confundir o sexto sentido como medo irracional de que tragédias aconteçam. Isso não é intuição, é neurose. Geralmente, quem tem muito medo e tendência à superproteção é bastante ansioso. E a ansiedade não traz a calma necessária para a intuição surgir, pelo contrário, embaralha as informações.
Algumas técnicas de meditação e ioga ajudam na percepção das intuições, pois fazem com que nos voltemos para dentro. Outra opção é a natação, que traz um isolamento dentro da água, ajudando a colocar os pensamentos em ordem. Ter momentos de calma durante o dia também é fundamental.
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