Em Açailândia

Projeto cultural treina jovens em design de experiência e incentiva a formação de empreendedores locais

Açailândia é a última chance para que crianças e jovens do Maranhão possam conhecer o projeto que está ensinando sobre o patrimônio brasileiro por meio de experiências sensoriais.

Na Mira, com informações da assessoria

Atualizada em 29/08/2022 às 09h03
Os monitores, que acompanham os visitantes em todo o percurso, são jovens contratados das próprias regiões por onde a Caravana passa. (Foto: Divulgação)

AÇAILÂNDIA - A Caravana Cultural do Patrimônio Brasileiro faz sua última parada no Maranhão, na cidade de Açailândia, onde fica de 29 de agosto a 12 de setembro. Iniciada em 20 de junho no município de Pindaré Mirim, o projeto está ensinando crianças e jovens sobre este importante aspecto do país por meio de sete vivências criadas com recursos de design de experiência, usando a interatividade, a sensorialidade e a emocionalidade. Em paralelo, a Caravana, que até o fim do ano percorre terá percorrido diversas cidades do Maranhão e do Pará, está treinando jovens em design de experiência, incentivando o empreendedorismo local, fomentando a economia criativa e criando futuros mobilizadores culturais.

Os monitores, que acompanham os visitantes em todo o percurso, são jovens contratados das próprias regiões por onde a Caravana passa. A seleção a distância foi feita entre jovens de diferentes idades, perfis, formação e profissões. Eles enviaram currículo e um vídeo de apresentação. Os escolhidos foram treinados em design de experiência por Verônica Marques, responsável pela criação das vivências inéditas, modeladas especialmente para cada etapa do projeto. Eles receberam treinamento online e presencial numa habilidade considerada em alta no mercado. Verônica explica que o design de experiência pode ser aplicado praticamente em qualquer setor, uma vez que vende um produto, serviço ou ideia por meio de experiências cada vez mais impactantes, autênticas e originais.

“São jovens que aprenderam um pouco dessa habilidade e abriram a mente para uma nova forma de trabalho. Eles podem depois virar agentes de transformação, guardiões dos patrimônios, fomentadores da economia criativa e mobilizadores culturais da região”, explica Verônica, que é professora universitária de Design de Experiências, Criatividade, Inovação, Comunicação e Economia Criativa em cursos de graduação e pós-graduação no Rio de Janeiro, com quase 20 anos de atuação na realização de ações estratégicas para marcas e causas. 

Os cursos de Verônica são procurados por pessoas de vários estados interessados numa formação que, embora muito conhecida internacionalmente, principalmente nos Estados Unidos, ainda está ganhando espaço no Brasil.

“O que acho mais bacana nesse projeto da Caravana, usando esse método das experiências, é que permite crianças que não têm condições de sair daqui, fazer uma viagem a vários lugares, vivenciar tantas culturas num único espaço. É uma experiência transformadora. Quero usar isso envolvendo a cultura e educação dentro do atendimento de serviço social, faculdade que estou fazendo”, diz a monitora Ornileide Rei Silva, de 29 anos, moradora de Pindaré Mirim, no Maranhão, cidade de estreia da Caravana.

O produtor Luiz Prado, da LP Arte, curador do Projeto, diz que a ideia é também orientar esses jovens para que possam usar suas habilidades e tornar realidade seus projetos.

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“Muitos têm ótimas ideias, mas não sabem como conseguir patrocínios. E na região há muitas empresas ricas, com as do agronegócio, que podem ajudar. O que falta é mão de obra qualificada. Ensinar como fazer um projeto, apresentar uma proposta, ler um edital, participar de uma licitação, valor de investimentos, pode fazer toda a diferença para eles. É um legado que o nosso projeto cultural pode deixar”, explica Prado.

O monitor Tiago dos Anjos Matias, 33, natural de Salvador, morador de São Luís, conta que já tem um projeto cultural em mente. 

“A Caravana pode me ajudar com a expertise, os contatos e a experiência. Dessa vez quero aproveitar o que estou aprendendo e partir para a prática. Quero virar protagonista, ter independência e autonomia com o meu projeto, que pode ser realizado em qualquer lugar”, afirma Tiago. 

Sobre a Caravana

A Caravana do Patrimônio Cultural Brasileiro, produzida pela carioca LP Arte, é patrocinada pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e tem parceria das secretarias de educação das cidades visitadas. A atração é gratuita, aberta ao público em geral todos os dias, com acesso prioritário de grupos escolares agendados. Em um percurso de quase uma hora, aspectos do patrimônio material, imaterial, arqueológico e mundial são apresentados ao público por meio de vídeos, objetos, brincadeiras, danças, games, simulação de uma viagem de balão, uso de ferramentas de arqueologia, passagem por túnel, entre outros. 

O tempo médio em cada experiência é de 7 a 14 minutos. O projeto fica, em média, 15 dias em cada cidade, montada em um espaço de 520m². A Caravana tem capacidade para receber até 400 pessoas diariamente. Ao longo de sete meses, percorrendo oito municípios, o projeto pretende alcançar 40 mil pessoas abrangendo diretamente e no entorno um total de 30 cidades e mais de 120 escolas. No Maranhão, a Caravana já passou por Pindaré Mirim, Alto Alegre do Pindaré, Buriticupu, e agora em Açailândia. Já no Pará, as cidades contempladas serão Bom Jesus do Tocantins, Marabá, Parauapebas e Ourilândia do Norte.

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