
SÃO LUÍS – Durante o programa Atualidades desta segunda-feira (16), a Diretora Jurídica do Instituto Tukán, Isabella Pearce, e o Diretor Científico da Fapema, Cristiano Capovilla, detalharam como surgiu a iniciativa de criação da primeira Universidade Indígena do Brasil, localizada no Maranhão.
"Essa universidade foi uma demanda das próprias lideranças indígenas e ela está sendo feita de uma forma participativa, ouvindo os povos. A gente tem feito várias escutas nesse território que os povos indígenas tem nos dito: Queremos a universidade, porque queremos autonomia socioeconômica, queremos ter uma fonte de renda que nos garanta uma subsistência com mais dignidade, queremos ter mais conhecimento moderno aliados aos mais tradicionais, mais tecnologias. Então, tudo isso a universidade irá propiciar para os povos indígenas ali dentro", disse Isabella Pearce.
"A Fapema como órgão de fomento, ela entra justamente nesse papel de fomentar, dar aquele fermento inicial para o seu desenvolvimento. Não se trata de um auxílio para os indígenas, ela é estratégica, porque ela propõe dentro desse novo paradigma que nós estamos vivendo, ecológico, de fusão de visões de mundo, o encontro entre essa ciência tradicional, que a gente já faz dentro das universidades com esse saber que tá lá dos povos originários. Isso é a ponta de lança do que muita gente quer no mundo e não consegue. E nós temos isso aqui no Maranhão", disse Cristiano Capovilla.
Intitulado como Centro de Saberes Tentehar, o projeto está sendo desenvolvido em parceria com o Instituto Tukán e conta com o apoio do Governo do Estado do Maranhão. A FAPEMA tem um papel fundamental na elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da universidade, por meio de acordos de cooperação e financiamento de bolsas para pesquisadores e coordenadores do projeto.
É esperado que o PDI da universidade seja apresentado este ano, durante a COP30, em Belém. O projeto arquitetônico para a universidade já está pronto, foi elaborado pelo escritório BWM, com o projeto sob a direção do arquiteto Wellington Miranda.
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