SÃO LUÍS – Nesta quinta-feira (12), o idealizador do projeto Festival Bumba Meu Mapping, Rogério Pereira, a especialista em criação de conteúdo digital, videomapping e VJing, Carol Santana, e o arquiteto e artista digital, Rafael Cançado, foram os entrevistados da Mirante News FM no programa Atualidades.
Durante a entrevista, eles falaram sobre o Festival Bumba Meu Mapping. O evento funcionará como uma espécie de abertura para o São João do Maranhão.
“A gente já tinha o nome há mais de cinco anos, tentei inscrever duas vezes, mas acabou não dando certo, mas agora nesse governo deu tudo certo, eles abraçaram a história. A gente está entregando um festival com o que tem de melhor na cultura local, os bumba bois para assinar o festival. Nome Bumba Meu Mapping, tinha que ser o bumba boi, numa segunda ou terceira edição, a gente vai abraçar o resto da cultura também, vai trazer o cacuriá, os tambores, e o dia 13 foi escolhido, porque é o Dia de Santo Antônio, e meio que é a abertura do São João na cidade de São Luís, já que não rola muita coisa no começo de junho, já rola do meio para a frente. Tradicionalmente, no estado, é isso. E também é o dia do nascimento do meu pai também. Foi uma homenagem para ele e também um start para o São João do Maranhão, já que o do governo estadual começa no dia seguinte, no dia 14, no Ipem. Então a gente meio que vai abrir o evento”, destacou Rogério Pereira.
Um dos grandes objetivos do festival é entregar a cultura, a lenda e o folclore que estão tão presentes na cultura do São João maranhense.
“Estou maravilhada com a pesquisa. Cada hora eu descubro um novo mito, um novo conto, é uma cultura muito rica que pega o norte e o nordeste. Está sendo muito especial trazer isso para a narrativa visual, ver as obras e identificar a lenda, a cultura e o folclore. Estou gostando muito de fazer parte disso e conhecer mais”, disse Carol Santana.
O festival vai funcionar até mesmo como um tipo de ponte para outros tipos de artes que podem ser exploradas futuramente em outros eventos.
“É muito enriquecedor. É muito interessante que a gente vai vendo na prática, estando aqui in loco, no festival, porque até no próprio festival vai ter isso tudo. Então eu acho que o festival está abraçando a cultura, não só nos mappings, mas também nos acontecimentos, nos workshops, as pessoas estão dialogando com as pessoas daqui também e vendo o que os artistas, o que os grafiteiros, estão fazendo por aqui, por exemplo. Então, assim, no fundo, não é só a gente dialogando com a cultura daqui, é a gente conversando com as pessoas daqui, e abrindo até contatos para possíveis próximos trabalhos, trocando, vendo o que o pessoal tá fazendo, acho que isso é uma via de duas mãos. É bem legal”, afirmou Rafael Cançado.
A Praça Deodoro, mais especificamente a fachada da quase bicentenária Biblioteca Pública Benedito Leite — considerada por muitos historiadores como a segunda mais antiga do país — será palco, na sexta-feira, dia 13 de junho, a partir das 18h, de uma noite de luz, cultura, rima, arte digital e tradição. O espaço será transformado em um verdadeiro espetáculo com o “Festival Bumba Meu Mapping”.
Idealizado e produzido pela Acústica Produções Criativas, empresa genuinamente maranhense, o festival é uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Paulo Gustavo e do Governo Federal, com apoio da Secretaria de Cultura do Governo do Maranhão. O projeto valoriza a rica tradição cultural do Bumba Meu Boi — uma das manifestações mais emblemáticas do estado — por meio da tecnologia de projeção conhecida como vídeo mapping.
Utilizando projeções artísticas em fachadas de edifícios históricos de São Luís, o projeto busca recontar a história, a arte e a magia dessa manifestação cultural com o uso de recursos tecnológicos modernos.
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