SÃO LUÍS – Nesta terça-feira (10), a médica veterinária Valônia Garcia e a representante da ONG Dindas Formiguinhas, Maryanne Karinne, foram as entrevistadas da Mirante News FM no programa Atualidades. Durante a entrevista, elas falaram sobre os cuidados que os pets precisam ter na velhice.
A idade dos cães não se compara diretamente à dos humanos. A velocidade com que um cão envelhece depende da raça e do porte, sendo que raças grandes envelhecem mais rapidamente.
“Primeiro, a gente precisa saber o que é um pet idoso? Para cães de pequeno porte, a gente classifica um pet como idoso a partir de 7 anos e, já para animais de grande porte, a partir de 6 anos. A partir de 7 anos, o que a gente pode mudar? Mudar a alimentação, a ração, para uma ração sênior, por exemplo. Ter mais cuidado em relação aos passeios, eles têm menos energia, vamos dizer assim, não é uma regra, tem pets que são idosos e têm bastante energia. Adaptar em casa, porque com a humanização, os pets gostam de subir no sofá, na cama, e a gente precisa adaptar, colocar uma escadinha, emborrachar o piso, cuidados com o veterinário, pets idosos devem ser levados a cada seis meses no veterinário, para fazer um check-up ver se tá tudo bem, se não está com nenhuma doença crônica, eles são mais dispostos a terem doenças crônicas. E uma coisa muito importante, que a gente observa muito, são os cuidados com a vacinação. Geralmente, os pets, quando vão ficando idosos, o tutor deixa de levar para vacinar”, pontuou Valônia Garcia.
Outro problema que agrava muito os pets nessa idade é a disfunção cognitiva.
“Um dos problemas que vem com a velhice é a disfunção cognitiva, é comparado com o alzheimer. Então, o animal deixa de ter comportamentos que ele tinha antes, e começa a apresentar comportamentos diferentes, começa a latir sem ter um motivo aparente, começa a fazer as necessidades dentro de casa, que ele não fazia antes, então isso tudo vem com velhice. Assim, ao passo que a gente passeia lá em casa [eu e meu cachorro], deu o horário dele, eu tenho que parar de fazer tudo, deu o horário sagrado dele eu tenho que levar ele para passear na pracinha todo o santo dia. Outro dia me perguntaram: Mary você não tá levando ele ou só não tá postando? E eu, não gente, eu só não tô postando, porque se não passear ele a gente e os vizinhos tudo doido, mas é muito importante para parte mental deles. Para deixar eles mais tempo com a gente”, disse Maryanne Karinne.
Cães e gatos idosos tendem a ficar mais sensíveis, podendo apresentar alterações no apetite, mobilidade reduzida e doenças crônicas como artrite, problemas renais ou cardíacos.
É fundamental oferecer uma alimentação adequada para a idade, manter visitas regulares ao veterinário, garantir conforto térmico e evitar esforços excessivos. Além disso, o carinho, a paciência e a atenção dos tutores fazem toda a diferença para que os animais tenham uma velhice tranquila, saudável e feliz.
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