SÃO LUÍS - Nesta segunda-feira (19), as médicas Patrícia Curvina e Fúlvia Fechine foram as entrevistadas da Mirante News FM no programa Atualidades. Durante a entrevista, elas falaram sobre a gravidez aos 40 anos.
Antigamente, a gravidez era geralmente considerada tardia a partir dos 25 anos, mas hoje, com o aumento da expectativa de vida e a possibilidade de congelamento de óvulos, a gravidez após os 30 ou mesmo 40 anos é mais comum e aceita.
“A mulher, no contexto social, ela mudou, o papel dela mudou, e esse papel novo, uma das nuances dele é justamente esse, de se reafirmar como mulher no mercado de trabalho, competir ali de igual para igual com o homem, com o sexo masculino, e com isso a mulher realmente teve que começar a postergar um pouco a maternidade, é tanto que na época, por exemplo, da minha mãe, a janela, vamos dizer assim, para se ter filhos era entre os 20 e os 30 anos, 30 já estava velha para ter filhos, hoje em dia essa janela mudou completamente, e realmente a janela hoje em dia é entre os 30 e os 40, vamos dizer assim, a massa de mulheres que quer, que deseja engravidar está entre os 30 e 40”, afirmou Fúlvia Fechine.
Outro fator importante que tem colaborado para a gravidez nessa faixa etária é a idade biológica das mulheres.
“Dentro da longevidade, nós trabalhamos muito com idade biológica, que é diferente da cronológica. Então, uma mulher de 40 anos, ela pode ter uma idade biológica de 20, ela pode ter uma idade biológica de 70. Então, lá no consultório, a gente sempre avalia muito bem essa questão da idade biológica. Por quê? Porque isso faz diferença na questão reprodutiva da mulher. Então, ela vai ter ali toda a sua cadeia hormonal mais organizada, mais sincronizada, o ciclo dela é um ciclo mais regular, onde a possibilidade dessa mulher vir a engravidar naturalmente é muito maior. Como a Doutora Fúlvia estava comentando, de fato, as mulheres, elas tendem a querer se estabilizar mais hoje, por conta de maturidade, consciência, e isso faz com que a mulher atinja uma certa idade. Eu tive meu primeiro filho com 28 anos, e o meu último bebê, agora, eu tive aos 40. Mas o que eu posso dizer é que, aos 28 anos, eu, com certeza, tinha uma idade biológica muito maior do que a que eu tenho hoje. Inclusive, aos 34 anos, eu fiz um exame onde a gente consegue avaliar, a nível intracelular, o grau de estresse oxidativo e eu estava com 73 anos de idade biológica”, pontou Patrícia Curvina.
A gravidez aos 40 anos, que antes era considerada rara e arriscada, tornou-se cada vez mais comum graças aos avanços da medicina reprodutiva e à mudança nos projetos de vida das mulheres. Com o crescimento da fertilização in vitro e de tratamentos hormonais, muitas conseguem realizar o sonho da maternidade mesmo após os 40.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2010 e 2022, o número de mulheres que se tornaram mães com mais de 40 anos aumentou 65,7%, passando de 64 mil para 106,1 mil nascimentos.
Apesar disso, é importante lembrar que a gravidez nessa faixa etária requer acompanhamento médico rigoroso, pois os riscos de complicações, como pressão alta e diabetes gestacional, ainda são maiores.
Assista a entrevista:
Ouça a entrevista:
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